Os Estranhos
Scott Speedman e um assassino mascarado
Foto: Google Image
Parece implicância com os filmes de terror adolescentes, mas não é. Enquanto esse tipo de produção esbanja sangue e cabeças estourando, outros filmes de terror, digamos, mais adultos, não usam nada disso. Criam clima de terror. O que dá muito efeito e faz o espectador sentir muito mais medo.
É o que acontece com “Os Estranhos” (The Strangers, EUA, 2008), dirigido por Bryan Bertino, em cartaz no Shopping Piracicaba. No começo os letreiros contam que um casal de namorados saiu de uma festa de casamento e foi para uma casa, onde aconteceram “coisas”. Nada mais se diz. Depois, vemos Kristen (Liv Tyler) e Jack (Scott Speedman) num clima pesado. Durante a tal festa, ele a pediu em casamento e ela parece não ter topado.
Nada é muito explicado, o que reforça o clima de suspense. De repente, alguém bate à porta. É uma garota procurando uma tal de Tamara. Eles acham um pouco esquisito, claro, afinal, é madrugada. Mas, mesmo assim, Jack sai para comprar cigarros e deixa Kristen sozinha.
Aí é que começa o pesadelo. Os algozes (sabemos que são três adolescentes, duas meninas e um menino) usam máscaras e não têm o menor motivo para fazer o que fazem. Sabemos que uma chacina vai acontecer, os personagens não imaginam mas acompanhá-los até o pavor inevitável, dá uma angústia danada.
Enxuto, curto, sem nenhum tipo de enrolação e uma dose necessária de talento, “Os Estranhos” é uma boa surpresa. (Ronaldo Victoria)
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