Um Crime Americano
Ellen Page e Catherine Keener: drama angustiante
Foto: Google Image
Quem achou chocante demais aquele caso da empresária goiana que torturava uma garota em seu apartamento, não deve se arriscar a alugar esse filme. Não que não seja bom. Na verdade, é ótimo. O “problema” (com aspas, claro) é que mergulha com tudo na psicopatia de uma mulher, mãe solteira de seis filhos, que faz de uma garota um saco de pancadas, o objeto em que despeja todas as suas frustrações.
Choca ainda mais saber que tudo aconteceu realmente, e há mais de 40 anos nos Estados Unidos. O título original do filme é o mesmo, An American Crime (EUA, 2007), e é dirigido com toda inspiração por Tommy O’Haver. No papel da psicopata, Gertude, uma grande atriz: Catherine Keener, que está soberba e transmite toda a maldade sem nenhum exagero. Ellen Page, a Juno, é inteiramente frágil no papel da menina que tem o azar de cruzar a vida da fera.
Tudo acontece quando um casal irresponsável, em viagem pelo país, deixa duas filhas para serem cuidadas por Gertrude durante a ausência. A megera logo implica com Silva (Ellen), que age passivamente. A violência vai crescendo até o limite do suportável, e toda num ponto crítico: como as crianças também são cruéis. Amarrada num porão, Silvia é agredida dia e noite, principalmente por um filho de Gertrude, com oito anos. A história é alternada com cenas do julgamento. No final a gente sabe o que aconteceu com os criminosos (e não apenas Gertude). E dá um alívio! (Ronaldo Victoria)
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