Salve Geral
Andréa Beltrão e Lee Thalor: mãe e filho numa história equivocada
Filme: Google Image
Lançado com estardalhaço há 10 dias e tentando capitalizar em cima do fato de ser o indicado brasileiro ao Oscar de filme estrangeiro, nem assim o drama de Sérgio Rezende se segurou e de uma semana para outra murchou nas bilheterias. Sinal de que o público sabe o que quer. Primeiro, uma pergunta: alguém ainda agüenta filmes sobre cadeia, bandidos, violência? Pior ainda quando a questão é discutida de forma até irresponsável.
Teoricamente o roteiro fala sobre aquele triste feriado de Dia das Mães de 2006, em que bandidos ligados ao PCC aterrorizaram não só São Paulo, mas todo o Estado. O filme não tem a coragem de dar nome aos bois e chama a facção criminosa de “partido”, como se eles tivessem alguma motivação política. Essa mania de dar um verniz simpático a bandidos, francamente, já cansou.
Para complicar, não existe para quem torcer. Lúcia, a personagem de Andréa Beltrão, parece boba. Defende com unhas e dentes o filho inútil, Rafa (Lee Thalor), que matou uma menina da idade dele. Para a mamãe, ele é um pobrezinho. Feito uma barata tonta, ela se presta a servir de moleca de recados para Ruiva (Denise Wainberg), advogada dos presos. Porém, quando aparece um bandido bonitão, a “mater dolorosa” se esfrega com ele e esquece o pimpolho. Assim, de equívoco em equívoco, o roteiro prossegue até um final chocho. Resumindo: não há nada que se salve. (Ronaldo Victoria)
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