Abraços Partidos
Penélope Cruz é a estrela do melodrama
Foto: Google Image
Quando foi lançado nos cinemas no final do ano passado, a crítica especializada decretou: é uma obra menor de Pedro Almodóvar. Pode até ser, mas também significa o seguinte: é bem melhor do que a maioria dos produtos que circulam por aí. Almodóvar pode até não atingir seu auge a cada filme (e por que cobrar isso dele?), mas jamais será medíocre. E esse roteiro, além de tudo, é uma bela homenagem ao cinema.
A história começa mostrando os caminhos de dois personagens. Matteo (Luis Llomar) é um cineasta que ficou cego e adotou o codinome de Harry. Atormentado, ele sabe casualmente da morte de um milionário, Ernesto (José Luis Goméz). Enquanto isso, conta-se a trajetória desse homem, que ajuda a bela secretária, Lena (Penélope Cruz), e ela se torna sua amante.
Então, as vidas dos dois se cruzam. Lena deseja ser atriz e vai trabalhar no filme de Matteo, que se apaixona por ela. O amante é o produtor e, corroído de ciúme, pede para ver as cópias e que uma leitora de lábios identifique o que Lena e Matteo falam. Vem aí uma cruel vingança. Um belo filme, digno da legítima tradição do melodrama. (Ronaldo Victoria)
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