quinta-feira, 31 de março de 2011

Minhas Mães e Meu Pai

Annette Benning e Juliane Moore são casadas há 20 anos
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Embora esta comédia desperte grande simpatia, é inevitável dizer que é mais importante para a discussão de comportamentos do que para o cinema. Até porque está longe de ser uma obra-prima. O que o filme dirigido por Lisa Cholodenko, que entende do assunto pois foi diretora da série L World, tem de bom é fazer uma certa parcela do público ainda refratária a mudanças, perceber que o mundo mudou.
E a família também. Tanto que se trata de um núcleo com duas mães, Nic (Annette Bening) e Jules (Juliane Moore). Casadas há 20 anos, elas conseguiram um doador de esperma, e cada uma engravidou em uma época. Nic teve Joni (Mia Wasikovska, a Alice de Tim Burton) e Jules deu à luz a Laser (Josh Hutecherson).
Como Joni fez 18 anos, tem direito de saber a verdade. Então os dois irmãos conhecem Paul (Mark Ruffalo), o pai biológico. A novidade faz a família tremer. O elenco, claro, é ótimo e segura todas as pontas. Não chega a brilhar, mas mostra que gays tem os mesmos dramas que qualquer pessoa. O que reforça a primeira frase desse comentário. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Poder do Ritmo 2

Galera da universidade encara disputa musical
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A continuação do musical que fez grande sucesso em 2007 não conseguiu a mesma repercussão. Primeiro pela falta de um bom roteiro, que não parecesse ter sido escrito apenas para dar continuidade e tentar ganhar mais uma graninha. Depois porque os personagens ficam sempre parecendo estereótipos, figuras sem nenhuma profundidade.
Além do ritmo, a produção mostra o poder dos afrodescendentes na indústria de entretenimento americana. Eles já ditam os padrões da música pop, em que qualquer loira aguada tenta dar uma de black. No cinema também existe um nicho e neste aqui absolutamente todos os atores são negros. Até em cenas de multidão isso acontece.
A história mostra a reta final de uma competição de dança numa universidade, competição que envolve dois grupos reais. Os Theta Nus querem revanche e contam com Chance (Collis Pennie), mas ele tem outros problemas. Destaque é que, apesar de se passar num ambiente universitário, não se vê nenhum aluno pegando num livro, apenas pensando no tal festival. O que seria cômico se não fosse sério. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 29 de março de 2011

Morte Negra

Sean Bean à frente de seu exército de desesperados
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A maioria dos filmes ambientados na Idade Média, como O Nome da Rosa ou O Feitiço de Áquila, ou fala de grandes amores ou destaca o ambiente escuro (em todos os sentidos) em que se vivia naquela época. De preferência, mostram bruxas queimadas ou gente morrendo aos montes por causa de alguma praga. Nicolas Cage recorreu ao estilo recentemente com Caça às Bruxas. Mas não fez tanto sucesso, assim como boa parte do estilo. Será praga?
Este filme se passa na Inglaterra devastada pela peste negra. Ulrich (Sean Bean) é o cavaleiro que atravessa várias terras para encontrar o necromante, feiticeiro das trevas, responsável pela maldição.
Com a ajuda de Osmund (Eddie Redmayne), ele chega até Langiva (Carice Van Hauten), considerada bruxa por ter feito pacto com o diabo e ressuscitar os mortos. O roteiro é caprichado e o resultado fica satisfatório. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Batalha pelo Império

Chow Yun-Fat interpreta o sábio chinês Confúcio
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Não dá para entender por que o título nacional deste filme não foi esse: Confúcio. Simples assim, e não o nome bobo que esscolheram. E o espectador nem fica sabendo que a produção fala sobre o mestre chinês que é tão conchecido que até Didi Mocó falava dele em Os Trapalhões.
Confúcio é considerado um sábio até hoje, por sua filosofia que atravessou séculos. São deles frases citadas até hoje como "Não corrigir as próprias falhas é a pior falha que se pode cometer" ou "Sonhar com o impossível é o primeiro passo para torná-lo possível". Uma espécie de antepassado do Osho.
Aqui quem o vive é Chow Yun-Fat. Na trama, Confúcio é um poderoso ministro no império da China antiga. Mas seu poder e influência despertam muitos inimigos. Não tarda para ser injustamente deposto de seu cargo e mandado para o exílio. (Ronaldo Victoria)

domingo, 27 de março de 2011

O Lobo do Mar

Tim Roth encara Sebastian Koch em alto-mar
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Este é um filme que guarda um sabor antigo e legal. Começa que é uma minissérie feita para a televisão inglesa, com três horas de duração e dividida em duas partes. Depois, é ambientada num livro de Jack London, autor do século 19 especialista em aventuras marinhas.
E fala portanto de algo impensável hoje em dia: barcos que caçam focas, atividade condenada em todo o mundo. Mas é com esse modo de vida que se dedicam dois irmãos, atualmente inimigos. Wolf Larsen (o gala alemão de A Espiã e A Vida dos Outros) é tal lobo do mar, que comanda seu navio, Ghost, com mão de ferro. Death (Tim Roth) é dono do Macedônia.
Um dia ele recolhe do mar o escritor Humphrey (Stephen Moore) e o força a trabalhar com marujo, e a chicotadas. A coisa se complica ainda mais quando surge Maud (Neve Campbell), sobrinha dele, que foge do Macedônia. Indicado para nostálgicos. (Ronaldo Victoria)

sábado, 26 de março de 2011

Ela Dança Eu Danço 2

Robert Hoffman e Briana Evigan: nos passos da paixão
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Tudo que é bom dura pouco? Nem sempre. No cinema o ditado não vale muito. Afinal, tem séries que nem são tão interessantes e se prolongam. É o caso dessa, que já tem até uma terceira edição. Óbvio que gosto é relativo, mas ninguém vai achar que um filme como esse seja uma obra-prima.
O mérito foi mais de mercado, já que eles descobriram um filão que tem tudo a ver com seu público-alvo: ligar a dança como expressão de rebeldia. Sempre são jovens que não se enquadram, massacrados pelas convenções sociais, considerados perdedores, mas encontram a redenção.
Agora é uma menina, Andie (Briana Evigan), que consegue uma bolsa na tradicional Escola de Artes de Maryland. Claro que nos primeiros dias é esnobada pelas patricinhas, mas logo encontra em Chase (Robert Hoffmann), irmão do dono, o parceiro que procurava. Diversão sem compromisso. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Espíritos Condenados

Emanuelle Bèar e o exército de pequenos selvagens
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Mesmo antes de acontecer novamente este ano no Japão (ainda que em menor escala), o fenômeno do tsunami, que assolou o Sudeste Asiático no dia 26 de dezembro de 2004, apareceu com destaque nas telas. O novo filme de Clint Eastwood, Além da Vida, tem cenas impressionantes da tragédia. Este drama é mais modesto e tem foco nas perdas familiares.
Os personagens principais são o casal Paul (Rufus Sewell) e Jeanne (Emanuelle Bèart), que perde o filho quando estava passando férias no local. Enquanto ele tenta se reerguer e prosseguir com a vida, ela não consegue (como dizem ser a natureza materna) e fica aprisionada em sua dor. Um dia, Jeanne assiste a um documentário rodado na Birmânia, sobre crianças órfãs, e pensa ter visto o filho.
Mesmo preocupado, o marido aceita apenas para que ela tire isso da cabeça. Chegando lá, a realidade é ainda mais chocante, com traficantes de crianças e um exército de pequenos selvagens. Pode chocar os mais sensíveis. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar

O menino encontra a sua peixinha dourada
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Num tempo em que os desenhos animados andam cada vez mais em alta, a indústria americana não pára de supreender com novas aventuras e um investimento maçico na nova técnica do 3D, que nem é mais tão novidade assim. Pois existe uma alternativa, vem do Japão e seu nome é Hayo Myazaki. Ele tem 70 anos, já realizou 23 animações e faz tudo sem uso de computador, de forma quase totalmente artesanal.
Seu maior sucesso no Brasil e no mundo é A Viagem de Chihiro, que ganhou o Oscar, superando o poderio americano no setor. Outras características de Myazaki também estão presentes nessa obra: o lirismo e a forma idealizada com que retrata a infância. Embora algumas passagens possam assustar o olhar ocidental.
A história fala sobre Souki, um menino que vive quase sempre apenas com a mãe, porque o pai é capitão de um navio. Por isso eles vivem numa cidade litorânea. Um dia, brincando na praia, ele salva a peixinha dourada Ponyo, que estava com a cabeça presa num pote de geléia. Os dois ficam amigos. Mas o feiticeiro do fundo do mar, Fujimoto, que já foi humano, exige que Ponyo volte. Então ela resolve se tornar humana. O resultado é encantador. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Malone - Puxando o Gatilho

Thomas Jane interpreta o ex-detetive durão
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Alguns rapazes que não engolem comédia romântica dizem que filme água-com-açúcar é sempre a mesma coisa. Pode até ser, mas seria o caso de se dizer que as aventuras de detetive duração são quase todas muito parecidas. Ou não? Há códigos que se repetem, como o fato de o cara ser durão, encarar o assédio da mulherada, ter problemas em família e ser estressado.
As tramas também não mudam muito, geralmente parecem meio difíceis de entender, e tem um vilão que se revela na última cena. Esta aventura vai pelo caminho básico. Malone (Thomas Jane) é um ex-detetive definido como durão (não falei?), que se torna matador de aluguel depois de assistir o assassinato de sua família.
Quando recebe uma missão de um chefão do crime, descobre que caiu numa roubada. E precisa encarar um time da pesada: Evelyn (Elsa Pataky), garota tão bonita quanto suspeita; o capanga Boulder (Ving Rhames) e um piromaníaco. Pode não ser original, mas é bem divertido. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 22 de março de 2011

Os Vampiros que se Mordam

Jenn Proske e Matt Lanter: Bella e Edward em caricatura
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O chato de falar mal de uma comédia é que logo vem a crítica sem sentido: ah, ele deve ser mal humorado. Se for comédia adolescente então, pior ainda: também, já é velho. Mas vamos arriscar: Os Vampiros que Se Mordam é muito ruim. É o que se pode chamar de filme parasita, ou seja, só vive às custas de outro.
Os diretores, Jason Friedberg e Aaron Seltzer, são especialistas no estilo e já assinaram coisas como Espartalhões, Deu a Louca em Hollywood e Super Heróis - Liga da Injustiça. É tudo muito simples, basta escolher uma "vítima" e fazer paródia de cada cena. Algo como as novelinhas do felizmente engavetado Casseta & Planeta.
E você pagaria para assistir aquilo? Então. Aqui eles pegam para Cristo a saga Crepúsculo, com um Edward (Matt Lanter) e uma Bella (Jenn Proske) esquisitos. As piadas são do nível do Pânico. Mas tem quem goste... (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Elvis e Anabelle

Max Minghella e Blake Lively: opostos se atraem
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Casais esquisitos, ou que ninguém espera que fiquem juntos, fazem a base de vários filmes românticos desde Romeu e Julieta, passando por A Dama e o Vagabundo, e centenas de outros. Mas nada tira o brilho e o interesse dessa produção independente que consegue cativar os românticos com sua história simples e eficiente.
O roteiro conta a história de amor entre uma miss e um coveiro. Anabelle (Blake Lively) tem uma mãe obcecada (vivida por Mary Steenburgen) em fazer com que a filha loira se torne Miss América. Ela acaba vencendo o concurso de Miss Texas, mas, ao fazer o discurso de agradecimento, cai dura no palco.
Dada como morta, é levada para a autópsia conduzida por Elvis (Max Minghella), que tem nome de cantor e profissão de papa-defunto. Ele odeia o ofício herdado do pai, Charlie (Joe Mantegna), que tem doença mental. Pois bem, no exato instante em que elvis vai cortá-la, Anabelle ressuscita. Nasce assim um romance diferente. (Ronaldo Victoria)

domingo, 20 de março de 2011

Perigo em Alto-mar

Produção australiana foi quase toda rodada no mar
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Pegue cinco jovens bonitos e dourados. Coloque-os num barco em alto-mar. De repente, o barco vira e eles precisam lutar pela sobrevivência. Como toque final, acrescente um tubarão assassino (e faminto) rodando o lugar. Está pronta a receita de um filme de terror que prende a atenção, faz o povo torcer e vira uma atração certeira, principalmente para os adolescentes.
É claro que não acrescenta nada, mas nem era essa a intenção. Toda rodada na Austrália, com atores bonitos mas pouco conhecidos, o filme acabou sendo uma dica de boca a boca entre a moçada.
Fica um clima clássico dos filmes do tipo, e a pergunta que não quer calar, a todo momento, é a seguinte: quem será o próximo que o tubarão vai comer? E também, será que alguém vai sobrar para contar outra história? Destaque para a última das mortes, que chega a doer o coração de pena da pobre vítima. Indicado tanto para medrosos quanto para sádicos. (Ronaldo Victoria)

sábado, 19 de março de 2011

Jogos Mortais 7

Sétima edição foi anunciada como encerramento da saga de terror
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Nos cinemas também foi acrescentada a frase O Final para vender melhor essa sétima edião da franquia de terror. Será? Tomara que seja verdade, mas o fato é que tinha sido assim na sexta vez e voltou para tirar mais uma lasquinha. A única coisa boa da série é que Jogos Mortais surgiu há dez anos como um terrorzinho modesto, mas que caiu na graça dos adolescentes. Ou seja, seu sucesso começou de baixo pra cima.
Porém, com o tempo os produtores foram tentando cada vez mais tirar mais um pouco de sangue (literalmente) da saga. Aqui se adicionou o efeito 3D para chamar ainda mais a atenção, como se as mortes absurdas (em algumas a moçada cai na risada) não fossem suficientes.
Também foram convocados atores que participaram de outros filmes, como Cary Elwes (do primeiro) e Costas Mandylor. E Sean Patrick Flannery faz Bob, o novo escudeiro do mal de Jigsaw (Tbobin Bell), o moribundo que não morre. E as cenas são sempre do pior moralismo possível, na linha justiceiro. Já vai tarde! Xô! (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Em Busca de uma Nova Chance

Susan Sarandon fica trancada em sua dor
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O tema desse drama é muito pesado, o trauma causado pela morte de um filho, e talvez por isso a distribuidora nacional preferiu colocar esse título insosso e a foto de um casal charmoso de meia idade (Pierce Brosnan e Susan Sarandon). Porém, está o mais distante possível de uma comédia romântica.
As primeiras cenas mostram como o jovem Bennett (Aaron Johnson) morre por causa de um acidente sem sentido, quando estava no acostamento de uma estrada, no carro com a namorada. A perda, claro, destrói os pais. Allen (Brosnan) ainda tenta segurar as pontas, mas Grace (Susan) fica isolada dentro da dor. Em certo momento da trama, a gente chega até a ter raiva de sua determinação em não querer que ninguém da família volte a ser feliz.
Tudo se complica ainda mais quando aparece Rose (Carey Mulligan, de Educação), que chega com a notícia de que haverá continuidade. E o filho mais novo, Johnny (Ryan Brewer), não consegue preencher a vaga do queridinho da mamãe. Emociona. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Os Coletores

Jude Law e Forest Whitaker: paga ou morre!
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É mais um exemplo de produção que retrata o futuro de uma forma bastante preocupante. Ou melhor, profundamente desumana. E temos motivos para ser otimista? Deixando a filosofia de lado, consegue fazer refletir e ao mesmo tempo é uma boa diversão. O roteiro tem como ponto central os avanços da medicina, para o bem ou para o mal.
Trocando em miudos: os coletores do título são funcionários encarregados de pegar de volta os órgãos de quem não conseguiu pagar pela cirurgia a que se submeteu. Isso mesmo, num tempo em que os transplantes estão muito avançados, e controlados por uma grande corporação, quem não paga tem um pedaço do corpo arrancado a sangue frio, seja qual for.
Um dos coletores mais experientes é Remy (Jude Law, o inglês que se esbaldou no Carnaval e deu selinho na Hebe). Mas ele passa para outro lado quando sofre um infarto e precisa contar com o apoio do amigo Jake (Forest Whitaker) para não dançar. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Cela 211

Luis Tosar comanda a cadeia espanhola
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O gênero filme de cadeia (sim, já se pode falar assim) tem muitos pontos em comum, seja no Brasil, nos Estados Unidos ou na Espanha, que é onde se passa este. Há também varios clichês, como o rapaz novinho que é abusado e vira fera, o chefão que controla tudo, o delator que paga com a vida. Mas é o caso de se perguntar: serão lugares-comuns no cinema ou o retrato de uma situação que não muda?
Sem entrar no mérito sociológico, Cela 211 consegue chamar a atenção porque conta pelo menos com um ponto de partida diferente. Mostra nas primeiras cenas a vida de Juan (o argentino Alberto Amman), que vai atuar como carceireiro e decide, um dia antes, conhecer seu ambiente de trabalho.
Acontece que é surpreendido por uma rebelião e deixado inconsciente em frente à cela com o número do título. Então, resolve se passar por presidiário, já que certamente seria morto se contasse sua real profissão. Precisa lidar com Malamadre (Luis Tósar), o xerife do pedaço, e com muitas outras situações até conseguir sair. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 15 de março de 2011

Dupla Identidade

Val Kilmer é médico perseguido pela máfia russa
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Já comentei sobre a decadência artística de Val Kilmer, ator que já foi astro de filmes como The Doors (em que viveu Jim Morrison) e hoje faz qualquer coisa. O problema é que ele alia a baixa qualidade de seus novos trabalhos com a grande quantidade de novos projetos. Só em 2011, ele deve atuar em mais oito filmes, e nenhum de grande expressão.
Este suspense é daqueles que passa batido e dificilmente se guarda alguma coisa após a projeção. Kilmer interpreta o doutor Nicholas Pinter, que trabalha para a organização Médicos sem Fronteiras no Leste Europeu. O problema é que ele é confundido pela máfia russa com um agente secreto.
A história é basicamente essa perseguição. O roteiro, que já não é interessante, se perde ainda mais com a mania de tentar o tal "final surpresa", que resulta inconsistente e forçado. A bela Izabella Miko convence como mocinha, mas quem paga mico é o espectador. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Missão Secreta

David A. R. White: religioso enfrenta a realidade
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Quem foi que disse que o cinema cristão apresenta apenas aqueles dramas edificiantes, de preferência de pessoas doentes ou viciadas que se salvam graças à fé? Este aqui é diferente, por ter um tom cômico. Se bem que o estilo é parecida com o dos programas humorísticos ingênuos do passado. Ou seja, o herói é uma espécie de Chaves ou Didi Mocó que leu a Bíblia.
Ele é Roy (David A. R. White, mais conhecido por filmes de ação como Segredos e O Arrebatamento). É um rapaz que vive numa comunidade amish, aquele povo que vive como se ainda fosse o século 19 e que ficou famosa no filme A Testemunha. Há alguns detalhes diferentes, como a barba falsa do chefe e a existência de malabaristas nos sinais para as carroças.
Um dia ele vai à Holllywood numa missão especial e acaba se perdendo. Faz o papel de Satanás num filme, participa de um reality show e se envolve com uma estrela de cinema temperamental. Será que ele volta ao caminho? Às vezes é meio bobo, em outras divertido. (Ronaldo Victoria)

domingo, 13 de março de 2011

Submersos

Olivia Williams é mulher em perigo a bordo
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Esta aventura, com toques de suspense, demorou para encontrar espaço em DVD, já que foi produzida em 2002. Tem como lado o curioso o fato de apresentar como um dos roteiristas Daren Aronofsky, hoje um astro indicado ao Oscar por seu sensacional trabalho em Cisne Negro. Ele iria dirigir esse filme, mas preferiu encarar o pesado Requiém para um Sonho e deixou a tarefa para David Twohy.
O título já diz tudo e se passa no Oceano Atlântico, durante a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1943. Para resgatar sobreviventes de batalha, o submarino USS Tiger Shark recebe ordem de sair de sua rota.
Só três pessoas são salvas e entre elas está Claire (Olivia Williams), mas os marinheiros encaram o fato com superstição: para eles, ter mulher a bordo é sinal de azar. Não é uma obra-prima, nem se pretende, mas traz resultado competente. O resto do elenco também ajuda, com destaques para Bruce Greenwood e Matt Davis. (Ronaldo Victoria)

sábado, 12 de março de 2011

Conduta Criminosa

Crystal Bernard fica entre o crime e a ética
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Não espere desse suspense nada além de um passatempo rápido. É feito para a televisão americana, com um elenco formado por atores que já passaram por fases melhores, e um enredo que não prima pela originalidade. É bom avisar que se deve baixar o nível de exigência, se não quiser ficar frustrado.
O tema, apesar de tudo, até que fica interessante. Conta a história de uma escritora, Julia London (Crystal Bernard), que está prestes a assinar um contrato milionário de renovação com sua editora. O problema é que ela está em crise criativa e não consegue escrever uma linha.
Até que uma amiga de Julia morre misteriosamente. Mexendo em seus guardados, ela descobre um manuscrito que julga ser uma obra-prima. Publica como se fosse seu e faz o maior sucesso. O problema é que a falecida falou de criminosos que estão muito vivos e eles passam a perseguir Julia. Pena que o final, que envolve o bonitão Trent (Vincent Spano), soe meio forçado. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Abismo do Medo 2

Shauna McDonald tenta sobreviver
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O primeiro terror inglês, que mostrava cinco jovens inglesas encarando arrepios de morte numa caverna da região dos Apalaches, foi polêmico. Se a trama agradava à maioria pelo suspense crescente, por outro lado a explicação para aqueles seres sem luz, que atacam tudo o que viam, para alguns resultou forçada demais.
Aqui a continuação mostra Sarah Carter (Shauna McDonald), a única sobrevivente, ainda abalada pelo que aconteceu. Mas o xerife Redmond Vaines (Gavin O'Herlihy) quer a sua ajuda para tentar encontrar possíveis sobreviventes.
A história volta à caverna do primeiro filme, tentanto entender o que aconteceu, já que as meninas tinham câmeras de vídeo que são acionadas para entender o que rolou. Os sustos são garantidos e prende a atenção. Até quem não viu o primeiro entende, o que é uma vantagem. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Insolação

Simone Spoladore e Paulo José: no reino da pretensão
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Você gosta de filme de arte? Certamente a maioria do público vai se arrepiar com a pergunta, já que o rótulo que ficou foi de filme pretensioso, sem história linear e de difícil compreensão. Mas há outra pergunta: será, que no tempo deles, Bergman ou Fellini diziam: vou fazer um filme de arte, que vai dar um nó na cabeça desse povo? Claro que não, pois arte para eles era algo natural.
Muito diferente deste produto que marca a estreia de Felipe Hisrsch, renomado diretor teatral (no palco ele é bom...), ao lado de Daniela Thomas, parceira habitual de Walter Salles e Gerald Thomas (ou seja, tem phD de chatice...).
Tudo se passa numa cidade domada pelo sol, como diz o título. Não é situada, mas tudo foi rodado em Brasília. A intenção foi mostrar um pouco do clima da literatura russa, mas e daí? Chato é ver atores ótimos como Paulo José, Simone Spoladore, Leonardo Medeiros e Maria Luiza Mendonça recitando textos "profundos". Para resumir: insuportável. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Maldição da Sétima Lua

Amy Smart enfrenta zumbis chineses
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É preciso um bocado de paciência, e de boa vontade, para "engolir" a trama desse filme que se pretende assustador. Olha só o ponto de partida: de acordo com um antigo mito chinês, na lua cheia do sétimo mês lunar, as portas do inferno se abrem e os mortos são libertados e começam a passear entre os vivos. Sério! E tudo é levado muito a sério.
E as vítimas acabam sendo um jovem casal. Ele é Yul (Tim Chiou), chinês que se radicou nos Estados Unidos e se casou com uma loira americana, Melissa (Amy Smart, mais conhecida pelas comédias e que mudou o registro). Ela vem conhecer a pátria do marido e termina por cair nesse conto sobrenatural mal contado.
A grande questão entre os filmes de terror é embarcar na ficção, mas manter um pé na realidade, o que provoca o susto. É uma equação básica, pois se o público não "compra" a história, os arrepios dão lugar a risadas. Curioso é o fato de o diretor sero cubano Eduardo Sanchéz, um dos autores de A Bruxa de Blair, que revolucionou o gênero há 10 anos. Aliás, depois daquele filme ele nunca mais acertou a mão. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 8 de março de 2011

Armazém 13

Eddie McClintock e Joanne Kelly: agentes secretos
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É o piloto de uma série americana que tem feito sucesso nos Estados Unidos, e atingido alguma repercussão por aqui. Mas que ninguém espere originalidade. A trama central fala sobre um museu, o tal armazém onde são reunidas provas de acontecimentos estranhos, a maioria de origem sobrenatural ou não-explicada. Ou seja, algo como Arquivo X.
Para continuar o deja vu, os dois agentes principais são totalmente diferentes entre si, bem na linha Mulder e Scully. Ele, Pete Lattimer (Eddie McClintock) é irresponsável, mulherengo, e com um senso de humor todo particular. Enquanto isso, Myka (Joanne Kelly) faz a linha durona. Claro que existe uma atração mal resolvida entre os dois também.
O piloto fala sobre um homem que sofre um acidente no local (corta o dedo num artefato de cabeça de pedra) e a partir daí passa a se comportar como um zumbi com a missão de matar o presidente americano. Se não é original, resulta divertido. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Em Seus Passos o que Faria Jesus?

John Schneider é o viajante que modifica uma cidade
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Só de ler o título a gente sabe do que se trata: um exemplar do cinema cristão. Nada mais explícito, aliás. O grande problema nestes casos é uma confusão entre arte e religião. Acontece que se o filme serve para transmitir mensagens edificantes para quem é religioso ou está pensando em se converter, como produto cinematográfico é bem pobre. Mas vá dizer isso para os fervorosos!
Deve ser por isso que a crítica, de maneira geral, evita comentá-los. E eles ficam restritos a um nicho específico. Enfim, vamos lá. Tudo se passa numa pequena cidade da Califórnia, em 2005. Um pastor, Henry Waxwell (Jim Gleason), perde a família num acidente de carro e também deixa a fé de lado. Enquando isso, Alex York (Mark Arnold), o prefeito ambicioso, quer trazer um cassino para a cidade.
Tudo muda quando aparece um estranho viajante (John Schneider), que chega sem aviso e aos poucos consegue mudar a situação. Emociona sim os cristãos convictos, mas as interpretações e o roteiro esquemático não são lá essas coisas. (Ronaldo Victoria)

domingo, 6 de março de 2011

Almas Penadas

Jakob Cedergren enfrenta assombrações
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Se você espera originalidade dos filmes que escolhe, é melhor passar longe desse suspense. Afinal, o título já demonstra que não é esse o forte. E a história não fica atrás: fala sobre um casal da cidade grande que, estressado e cansado da loucura da metrópole, se muda para um lugar pequeno com a filha. Mas não demora para descobrirem que as coisas não são bem assim.
O único ponto diferente é o fato de ser uma produção dinamarquesa mediana, e não daqueles filmes de arte feitos por lá (este ano o país ganhou o Oscar de filme estrangeiro).
O roteiro está centrado em Signe (Anne Brigitte Lund) e Tommy )Jakob Cedergren). Da alegria por viver uma nova vida, eles passam ao terror quando, na nova casa, a comida apodrece sem motivo, riscos aparecem na parede e um gato surge do nada. E o novo amigo, David (o sensual croata Dejan Cukic) pode ter tudo a ver com o mistério. (Ronaldo Victoria)

sábado, 5 de março de 2011

Augustine

Franco Nero vive o santo italiano
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É provável que este drama histórico (na verdade uma produçãp feita para a televisão italiana) tivesse mais sorte no Brasil se adotasse no título o nome de seu retratado: Santo Agostinho. E o pior é que o nome em italiano é Sant'Agostino. Então, Augustine pra que? Vá entender a lógica das distribuidoras nacionais...
O roteiro faz uma biografia reverente (não tinha muito como ser diferente, afinal trata-se de um santo). Mas Agostinho é um santo que ficou marcado até hoje como intelectual, como um homem que refletiu a respeito dos mistérios da fé e da filosofia, sendo até hoje citado por intelectuais.
O filme o mostra em dois momentos, e o lendário Franco Nero o interpreta na maturidade.
Antes ele é retratado como um jovem impetuoso, que fazia parte da guarda romana, até que foi convertido ao catolicismo pela mãe. Então, vai estudar em Cartago, na época o templo da sabedoria, e vira um exemplo de oratória. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Os Demônios de Dorothy Mills

Jenn Murray encarna a menina perturbada
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Os demônios que perturbam Dorothy Mills não são tão literais como vende (enganosamente) a capa do DVD, anunciando que se trata de uma nova versão de O Exorcista. São bem menos explícitos, e talvez por isso o resultado real seja bem mais interessante do que uma cópia da história de uma garota endemoniada.
Tudo acontece quando uma psiquiatra, Jane Van Dopp (a holandesa Carice Van Houten, de A Espiã e Operação Valquíria), em depressão após a morte do marido e do irmão, aceita retornar à carreira cuidando do caso de Dorothy (Jenn Murray), adolescente que passa a ter um comportamente suspeito e tenta esganar um bebê.
Ao chegar no local, uma pequena cidade litorânea da Irlanda, Jane vê que, além do fato de qualquer forasteiro ser mal recebido, que existe algo estranho no local. A investigação acaba descobrindo que os demônios estão espalhados e não apenas no corpo da garota. O resultado é interessante ao mostrar uma comunidade que age de maneira doentia. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Grande Mestre

Donnie Yen interpreta o astro das artes marciais
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O melhor elogio que se pode fazer a essa produção chinesa é que trata-se de um filme de artes marciais que pode ser apreciado até mesmo por quem não suporta... artes marciais. Por que não investe na violência, nem na coreografia dos golpes, como boa parte deles. Ao contrário, conta a vida de um homem que acreditava na defesa e não no ataque.
O título O Grande Mestre vem do fato de ter sido professor de Bruce Lee, que virou lenda no cinema. Ip Man, vivido com intensidade por Donnie Yen, é um gênio do wushu, artes marciais da China.
Ele cresceu num país despedaçado pelo ódio racial, o radicialismo nacionalista e a guerra. Mas ressurge graças a seu talento, enfrentando vários adversários e sendo considerado um ícone em seu país. É fácil de assistir e bem movimentado. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Conexão Jamaica

Drama embarca no submundo do crime
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Não tinha como esse drama urbano ser exibido no Brasil com seu título original, que é Shottas. Isso mesmo, na Jamaica a expressão é usada para se referir a marginais, bandidos. O estilo é parecido com o de Cidade de Deus e nem tem como dizer que é plágio, já que foi rodado na mesma época e demorou a chegar aqui. A história toda se passa em subúrbios de Kingston, a capital jamaicana, com destaque para Trenchtown (aquela de que fala Alagados, música dos Paralamas).
A história é centrada na vida de dois amigos, Biggs (Kimani Marley) e Wayne (Spragga Benz), criados nas ruas. Eles resolvem assumir a vida de gângster, ou seja, viram shottas.
Logo acham que a Jamaica é pequena demais para sua ambição, e resolvem se mudar para os Estados Unidos. Então encaram a prova de se manterem unidos ou se deixarem seduzir por carrões e mulheres sedutoras. A quantidade de tiros disparada durante a trama é de fazer perder a conta. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 1 de março de 2011

Legião do Mal

Policial corrupto se alia a criaturas sinistras
Google Image
Há um ponto em que a violência, as imagens sensacionalistas, esgotam o espectador. Claro que depende do gosto ou do perfil de cada um, e para alguns nem exista esse ponto de saturação. A reflexão vem em mente quando se assiste a essa mistura de drama e terror, exagerada em todos os sentidos. Nem parece que se trata de uma produção da França, país para a gente identificado com roteiros intelectuais. Pois é, francês também sabe ser trash!
A história se passa no norte de Paris, onde um grupo de policiais corruptos vai a um prédio à procura de um gângster. Eles pensam em vingar a morte de um companheiro, e chegam ao local com tudo. No meio da briga, acontece o inesperado: surge uma turma de criaturas sangrentas e canibais, que toma conta do prédio.
A partir daí, começa o salve-se quem puder, com litros e litros de sangue rolando dos dois lados. E fica uma coisa estranha, já que os dois lados são do mal. Ou seja, você vai torcer para quem? Se quiser testar, veja até que ponto você aguenta. (Ronaldo Victoria)