domingo, 31 de janeiro de 2010

Acima das Estrelas

Barbara Hershey e Daniel Gillies: educação sentimental
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A estrela deste romance é Barbara Hershey, atriz que há alguns anos teve seu auge em produções de sucesso como Hannah e Suas Irmãs, de Woody Allen, ou A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorsese, em que viveu Maria Madalena. Agora cinquentona e visivelmente com excesso de botox, trabalha em produções modestas como essa. Mas continua boa atriz e o filme, apesar de não ser luxuoso, cumpre bem seu papel de emocionar o público mais maduro.
A história começa quando Troy (Daniel Gillies) acaba de perder a jovem esposa, Corrine (Bitsie Tulloch). A fim de melhorar a depressão, viaja até o deserto do Arizona para visitar sua tia favotira, Hilda (Barbara). Ela é um espírito livre e comanda um grupo de senhoras de terceira idade, animadas e divertidas.
Mas Hilda tem uma relação mal resolvida com Bobby (Ron Perlman). Ela conta que foi traída emocionalmente por ele e não o perdoou. A convivência pode ensinar mais para tia e sobrinho. O pessoal mais romântico vai curtir. (Ronaldo Victoria)

sábado, 30 de janeiro de 2010

Cavaleiro Solitário

Trama tem enredo clássico de western
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Feito para a televisão americana, traz de volta um gênero de enorme tradição no cinema americano, o western, mas que sempre passa por fases de altos e baixos. Nos últimos anos tem sido difícil aparecer alguma produção que lembre os bang-bang de antigamente.
Aqui o roteiro é mais clássico impossível. Sabe aquela velha história do mocinho que teve a família injustiçada e volta para a sua cidade a fim de vingança? Então, acredita que é isso mesmo? É o que se pode chamar de trama básica. O vingador no caso é Bobby Hattaway (vivido por Lou Diamond Phillips, que começou em La Bamba)
Quando ele retorna do serviço militar, descobre que seu antigo amigo de infância, Stu (Vincent Spano, que poderia ter sido galã mas virou canastrão). O cara se torna o poderoso do pedaço e, além de ter casado com a antiga namorada do amigo, quer controlar os negócios da família de forma desonesta. Falta originalidade, mas garante uma hora e meia agradável. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Luz da Cidade

Jared Padalecki em cena: vida e arte numa cidadezinha
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Eis um filme que merece ser descoberto nas locadoras. O que acontece atualmente é que, com tantos lançamentos, produções como essa, sem grandes atrativos populares e um título que não ajuda muito, correm o risco de passar despercebidas. Mas se trata de um drama interessante e com uma história tocante, em que a arte e a luta pela vida andam de mãos dadas. Ou seja, a apelação, tão comum nos dias de hoje, aqui passa batida.
O drama conta a história de um famoso artista plástico americano, Thomas Kinkade, cujo estilo de pintar é próximo do ultrarrealismo (seus quadros parecem fotografias) e a cor exala uma luz que deve ter inspirado o título brasileiro. Kinkade é mostrada na juventude, vivido por Jared Padalecki. O enredo começa quando ele e o irmão mais novo, Pat (Aaron Ashmore), vão passar o Natal na casa da mãe, Maryanne (a ótima Marcia Gay Harden) numa pequena cidade americana.
Chegando lá, descobrem que ela está em dificuldades financeiras e está ameaçada de perder a casa. Enquanto busca alternativa, Kinkade busca inspiração com o vizinho Glen (o grande Peter O’Toole) e aceita o desafio de pintar um mural que retrata a cidade. Humano e emocionante. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ritmo do Amor

Amy Smart e Tom Malloy se entendem na pista de dança
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Dança de salão rende tema tanto para programas de auditório (caso da Dança dos Famosos do Domingão do Faustão) quanto para comédias românticas (casos de produções com títulos parecidos, como Vem Dançar Comigo, Dança Comigo, Ela Dança Eu Danço e No Balanço do Amor). Este aqui não fez muito sucesso, passou batido pelos cinemas brasileiros e só chegou ao formato DVD, mas não é nada desprezível.
O roteiro fala sobre Jessica (Amy Smart, mais conhecida pelas comédias), uma professora de inglês desiludido com o estado em que anda sua vida. Por acaso ela conhece Jake Mitchell (Tom Malloy). Ele é astro dos torneios de dança e tem como característica sentir a música de outra forma, já que é deficiente auditivo. Uma conexão instantânea se forma entre eles, mas Jessica é noiva de Kent (Billy Zane), um cara viciado em trabalho.
Já Jake precisa lidar com Corinne (Nicola Royston), sua ex-parceira de dança e também ex-namorada. Mas o sentimento que nasce entre eles acaba se impondo e não demora para Jessica ser sua nova parceira. Fácil de assistir, e de esquecer. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Alvo

Cuba Gooding Jr. lidera missão arriscada
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Por culpa da falta de imaginação da distribuidora nacional, esta aventura ganhou o título igual ao de outra, e de grande sucesso, estrelada há mais de 10 anos. O nome original é bem mais soturno, The Devil’s Tomb, algo como a tumba do demônio, mas com este batismo brasileiro chocho não é de se admirar que tenha passado em brancas nuvens.
O tema do roteiro é a guerra e a loucura que provoca nos soldados. Fala sobre um grupo de mercenários que, sob o comando do veterano de batalhas Mack (Cuba Gooding Jr.), é contratado pela CIA com a missão de resgatar um cientista que trabalha numa descoberta arqueológica no Oriente Médio.
Depois de contar com a ajuda de um misterioso padre, Mack e seus companheiros acabam descobrindo os reais motivos da escavação, um segredo guardado há séculos. O esquema da história é aquele que se espera: ataques que vão eliminando os personagens um por um e explicação sobrenatural. Dois atores carismáticos, Ron Perlman e Ray Winstone, estão no elenco, mas tudo fica num nível mediano. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Space Buddies

Cãezinhos amestrados encaram viagem à Lua
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Há filmes infantis que os adultos podem aproveitar sem ter de dar muitas explicações. Porém, existem outras produções, como o desenho do Bob Esponja ou esta comédia, em que você precisa de uma criança como "desculpa". Ou seja, parece só ficar bem levando o filho no cinema ou dizendo que alugou o DVD para o sobrinho que veio visitá-lo.
Além de tudo, Space Buddies não é assim uma produção muito luxuosa, ao contrário às vezes parece meio pobrezina. Quem estrela são os simpáticos filhotes de cachorro falantes da Disney, os buddies do título original. Eles já ganharam um primeiro filme e esse segundo, claro, é uma aventura espacial. O roteiro mostra os cãezinhos —— são cinco, liderados por Spudnick e Gravity —— que entram por engano numa espaçonave e acabam indo para a Lua.
O treinamento dos "astros", os cachorrinhos amestrados, é bem feito e não deixa a desejar. O elenco que dubla os animais é todo formado por atores desconhecidos. E não custa também investir um pouco mais na originalidade na história. Ficou no médio. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Colinas de Sangue


Filme de terror investe no clima pesado e sombrio
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Filmes de terror atuais costumam seguir receitas que deram sucesso anteriormente. São raros os que conseguem injetar originalidade no estilo, como aconteceu com o recente Atividade Paranormal. Este aqui segue o caminho aberto com sucesso por A Bruxa de Blair mais de dez anos atrás. Mas fica sempre parecendo uma cópia apagada.
A história fala sobre um cinéfilo, Tyler (Tad Hilgenbrink), que fica obcecado por um misterioso filme de terror, que mal entrou nas salas teve as suas cópias retiradas e nunca mais se teve notícia. O que se sabe é que não existe mais nenhuma cópia. Então, apesar de todos os riscos evidentes, ele resolve ir até a floresta onde a produção foi rodada.
Lá ele e sua equipe descobrem que a história continua a ser rodada e que o perigo está cada vez maior. De tão absorvido, Tyler nem percebe que sua namorada transa com seu assistente. E tudo piora quando o cineasta, o pirado Concannon (William Sadler), sai da toca para apavorar. E a filha do cara, Alexa (Sophie Monk), que parecia ter sido abusada pelo pai, não é nem um pouco santinha. Enfim, pra quem gosta... um prato cheio. (Ronaldo Victoria)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Fugindo do Inferno

Josh Hartnett é policial angustiado em Hong Kong
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O título nacional não ajuda (houve pelo menos dois filmes no mercado com o mesmo nome), muito menos a capa borrada do DVD. Porém, o que mais incomoda nesse drama pesado dirigido pelo vietnamita Ang Hung Tran é que se trata daquele tipo de produção que não facilita em nada a vida do espectador. Sabe como é? Trama circular que vai e volta, enredo confuso, clima de quem quer chocar.
Quando dá certo, vira cult. Quando a receita desanda, se torna um porre. A trama é centrada em Kline (Josh Hartnett), policial que trabalhava em Los Angeles. Depois de virar detetive particular, ele vai para Hong Kong em busca de Shitao (Takya Kimura), filho desaparecido de um milionário chinês. Segue as pistas que o levam a um gansgter local.
Enquanto isso, tem pesadelos com os fatos que o levaram a deixar a polícia, ligados a um psicopata vivido por Elias Koteas. Como Hannibal Lecter, ele também é canibal mas não tem um décimo do charme cruel. Fica difícil chegar ao final. (Ronaldo Victoria)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Rastros de Vingança

Brian Cox interpreta um aposentado turrão
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Filmes sobre amor de humanos por cães andam cada vez mais em alta. As provas não são apenas o fenômeno Marley e Eu ou o recente sucesso Sempre ao Seu Lado —— em que um cãozinho espera o dono, vivido por Richard Gere, mesmo após a morte dele. Este drama mais modesto fala sobre o assunto, ainda que como ponto de partida.
O título original, simplesmente Red (ou vermelho) se refere a cor próxima do pelo do cachorro de Avery (Brian Cox), um viúvo ranzinza que tem o animal como única companhia atual. Dono de uma loja, ele tem como passatempo ir para a represa pescar, ao lado de Red. Um dia é abordado por três adolescentes arruaceiros, que fazem tortura psicológica com ele e matam o cachorro a tiros apenas por prazer.
Dois dos meninos são filhos do empresário McCormack (Tom Sizemore), que os trata com todos os mimos e esconde as falhas. Depois da morte cruel do cachorro, Avery encara uma cruzada contra os meninos. Ele não quer dinheiro nem nada, apenas que os garotos admitam que erraram. O que pode ser muito mais difícil do que ele imagina. Por vezes o personagem parece radical, mas o resultado é bastante interessante. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Chocolate

JeeJa Yanin em cena: garota boa de briga
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O título é um tanto enigmático, mas se trata de uma produção tailandesa, em que um drama humano se mistura às artes marciais. Filme de porrada, como dizem os rapazes? É sim, mas não apenas, já que a personagem principal é uma menina em tudo diferente dos personagens com que estamos acostumados nesse tipo de história.
Começa que Zen (JeeJa Yanin) é autista, vive num mundo todo próprio, do qual só sai quando ameaçada fisicamente. Aí se transforma numa leoa capaz de enfrentar sozinha um bando de marmanjos. O roteiro começa quando a mãe dela, Zin (Ammara Sinpong), integrante da máfia tailandesa, é expulsa da organização por ter se envolvido com um membro do alto escalão da Yakuza, a máfia japonesa.
Ao se descobrir grávida, Zin resolve se assumir como mãe solteira, longe da gangue. Anos depois, fica doente e deixa a garota sob os cuidados de Moon (Taphon Popwandee). Esperto, ele descobre um caderno com a anotação dos nomes de várias pessoas que deviam dinheiro a Zin. A partir daí, as brigas estão garantidas e ação não pára. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Rindo à Toa


Sophie Marceau e Christa Theret: mãe e filha em crise
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É de certa forma uma raridade do cinema francês, quase sempre tão intelectualizado e até verborrágico. Ou seja, trata-se de uma comédia adolescente, que fala de maneira leve sobre as delícias e os perigos dessa fase da vida. Mais perigos que delícias pois, apesar de não ser pesada, ainda é francesa... Dirigida por uma mulher, Lisa Azuelos, tem no universo feminino seu principal destaque, especificamente o embate entre mãe e filha.
A história fala sobre a adolescente Lola (Christa Theret), a Lol do título francês. Assim que retorna das férias escolares, ela tem a díficil missão de se separar de seu atual ficante e assumir que está apaixonada por um garoto que tem por ela amizade e é o melhor amigo de seu ex.
Enquanto isso, Anne (Sophie Marceau), a mãe, que tem mais dois filhos tão irritantes quanto Lola, esconde deles que está tendo um caso com o próprio ex-marido, de quem se separou há pouco. Os personagens adultos ajudam a ampliar a faixa do filme, que pode interessar também a educadores. O resultado é bem interessante. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes

Banda de sapos rappers procura uma vocalista
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Oito anos após a primeira aventura, o brasileiro Walbercy Ribas, que também fez Cassiopeia, produz essa animação, que deve ter maior efeito para as crianças menores. Na sua primeira investida, Ribas recebeu mais elogios pela persistência (e a coragem de encarar as dificuldades de fazer desenho animado no Brasil) do que pelo resultado. Por isso, a avaliação deste segundo trabalho tende a ser menos condescendente.
Desta vez o Grilo e a sua turma da floresta chegam à computação gráfica e à modernidade. O tema principal do roteiro é a música, misturada a enredos que falam sobre aceitação de diferenças, por exemplo. Os insetos gigantes do título, fósseis encontrados em dunas, viram atração para os personagens. Em paralelo, há a banda de rap dos sapos que tenta achar uma vocalista e o Grilo tentando se dar bem no mundo da música, apesar dos piratas.
O diretor não consegue misturar bem os assuntos na história, que evolui meio aos trancos e barrancos. Além do Grilo, os sapos que falam as gírias dos "manos" paulistas são os tipos mais bem resolvidos. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Passado de Horror

Clea DuVall entre a solidão e a paranóia
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O título brasileiro deixa claro que se trata de uma produção de terror. Bem mais explicíto aliás que o original, The Watch, ou seja, o observador. Os temas do filmes são os traumas que se acumulam do passado e o sadismo de quem deseja alimentá-los mais uma vez.
A personagem principal é Cassie (Clea DuVall), jovem que parece ter escolhido o curso de psicologia numa faculdade norte-americana apenas por um motivo egoísta e equivocado: entender melhor seus próprios problemas. Acontece que ela foi abusada e traumatizada e, 14 anos mais tarde, tenta exorcizar seus demônios. Para conseguir sossego para terminar sua tese de mestrado, aceita participar de um experimento arriscado. Vai ficar trancada durante três meses num posto de observação contra incêndios localizado numa floresta.
A partir daí, coisas estranhas começam a acontecer. Então descobre que pode estar sendo manipulada. O ritmo é um pouco lento e nem sempre a protagonista sustenta o longo tempo em que permanece sozinha em cena. Mas o resultado não chega a ser frustrante. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes

Jude Law e Robert Downey Jr.: o médico e o detetive
Foto: AllMovie Photo

Em tempos de cinema cada vez mais forte como indústria e a tecnologia imperando, não há mais muito espaço para o romantismo e o tradicionalismo em relação a grandes personagens do passado. Lembra como era retratado Sherlock Holmes, o detetive inglês mais famoso da história do cinema? Ele andava com um sobretudo xadrez, tinha grandes costeletas, usava um boné com abas laterais e não largava um cachimbo? Esqueça.
Nesta nova versão, dirigida por Guy Ritchie, Holmes ganha a pele de Robert Downey Jr., ator talentoso e carismático que injeta no personagem doses altas de simpatia e da ironia inteligente que são suas marcas registradas. Deu tão certo que Downey ganhou o Globo de Ouro de melhor ator de comédia e tem chances no Oscar. Seu Sherlock é um tipo aventureiro, atlético, que até participa de duelos de luta-livre. Reflexo dos dias de hoje, em que atitudes físicas que cerebrais? Elementar, meu caro Watson (frase que aliás não é dita em nenhum momento).
Jude Law, como o médico John Watson, deixa de lado o jeito de galã para entrar num tipo contido e intropestivo. A trama mostra os dois lutando contra uma seita comandada pelo sinistro Lord Blackwood (Mark Strong, ótimo). No resultado final, o filme agrada. (Ronaldo Victoria)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Pelas Garotas e pela Glória

Nicholas D'Agosto e Eric Christian Olsen: os caras atrás das minas
Foto: Google Image
Há um tipo de comédia americana, destinada ao público adolescente, em que o teor da produção e do roteiro poderia ser definido assim, do jeito como os jovens falam por aqui: os caras atrás das minas. Vêm na tradição de Porky’s, que fez enorme sucesso nos anos 1980, e de American Pie, um êxito mais atual que já chegou à sétima continuação.
Ou seja, falam de rapazes no auge da influência da testosterona e de outros hormônios, babando por garotas bonitas que nem sempre (aliás, quase nunca) dão bola para eles.
Aqui os dois heróis (?) são Shawn (Nicolas D’Agosto) e Nick (Eric Christian Olsen). A única diferença é que eles não são nerds virgens atrás do primeiro encontro. Ao contrário, são dois bonitões que jogam no time de futebol americano, galãs que colecionam namoradas. Porém, eles começam a achar a vida meio chata e decidem por uma mudança radical.
O que fazem? Entram numa espécie de curso que prepara animadores de torcidas. Embora o time que agite pompons seja quase todo formado por garotas, há alguns rapazes, sempre gays. Mesmo correndo o risco de ficar com a fama, eles se inscrevem apenas para faturar o maior número de meninas. Claro que é uma besteira, mas dá margem a uma risada ou outra. (Ronaldo Victoria)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Invasor de Mentes

Val Kilmer pega mico na pele do vilão da história
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Em matéria de aceitação popular, filmes de ficção científica correm tanto risco quanto às produções de terror. Um descuido na verossimilhança do roteiro, uma “viajada” na história e já começam as críticas. É o que acontece com esse filme, com orçamento claramente de segunda e um enredo bem difícil de engolir.
A trama fala sobre Luke Gibson (Cuba Gooding Jr). Um dia ele acorda no hospital e descobre que sua vida está à beira da destruição. Ele recebeu o implante de um microchip letal monitorado por um poderoso executivo. Assombrado por estranhas visões de um passado desconhecido, Luke percebe que sua única chance de liberdade é aliar-se a um grupo de hackers rebeldes antes que seja demais.
Na pele de herói, Gooding Jr. prova que há muito desistiu de fazer papéis interessantes para entrar na linha de montagem das produções de segunda linha. Mas Val Kilmer, outro antigo astro que caiu de posto, é quem paga o maior mico na pele do bandidão Virgil, com direito a peruca ridícula. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Guerreiro Rei

Drama aborda guerra entre Rússia e Suécia no século 18
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A originalidade é uma das maiores virtudes deste drama russo, uma raridade em nosso circuito comercial de cinema. A ação se transcorre em 1709 e faz menção a um fato histórico pouco conhecido. Tudo acontece no meio de uma guerra sangrenta entre a Rússia e a Suécia, num tempo em que se batalhava com canhões e navios.
O roteiro fala de algo que fica dificíl de entender, à primeira vista. Por conta da guerra entre os dois países, o rei da França exila dois guerreiros: um vai para o lado de César, da Rússia, enquanto o outro se bandeia para as hostes do rei da Suécia. Claro que o objetivo de ambos é agira como espiões.
As cenas de batalha são bem feitas, a produção é boa, mas é bastante provável que o público médio tenha dificuldade de entrar no clima. A história um tanto confusa, a dificuldade de distinguir alguns personagens, podem ser fatores desestimulantes. A longa duração (duas horas e dez minutos) também pode contribuir para essa sensação. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Prison Break - O Resgate Final

Elenco da série reunido no cenário principal
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Não é apenas a série Lost que tem seus fãs exaltados, e atualmente apreensivos quanto ao final. Prison Break conta com adeptos extremados, muitos aliás insatisfeitos com o encerramento anunciado na quarta temporada. Depois desse anúncio, surge esse episódio duplo para matar a saudade, e que saiu no formato DVD em todo o mundo.
Aqui o roteiro faz com que a história de certa forma volte ao começo, num estilo parecido ao da primeira temporada. Depois de conseguir escpar do inferno da máfia, os irmãos Michael Scoffield (Wenthworth Miller) e Lincoln Burrows (Dominic Purcell) estão decididos a buscar vingança contra a Companhia. O grupo criminoso foi o responsável por arruinar suas vidas, além de matar o grande amor da vida de Michael, a doutora Sara Tancredi (Sarah Wayne Callies). Durante a busca por desforra, a vida de Michael dá um giro quando descobre que Sara está viva, mas presa e com a vida marcada e uma grande soma destinada àquela que conseguir matá-la na cadeia. Para os não iniciados, é uma boa alternativa. Já os fãs da série, que acompanharam toda a saga, vão ficar com a sensação de que o filme não era necessário. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Filho de Rambow

Will Poulter e Bill Milner: coronel Trautman e Rambo infantis
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O título tem um dablio a mais, uma brincadeira com o nome original: é o Rambo mesmo, o guerreiro vivido por Sylvester Stallone, a que se refere. O personagem representa o alívio, a tábua de salvação para Will Proudfoot (Bill Milner), menino que vive numa pequena cidade inglesa.
Franzino e com uma família complicada, o garoto é saco de pancadas na escola e motivo de piadas. A fraqueza e a falta de visão faz com que acredite que a vida é uma porcaria. Até que seu caminho tromba (literalmente) com o de Lee Carter (Will Poulter), o valentão da escola. Entre os dois nasce uma amizade tanto imporvável quanto verdadeira.
A diversão principal dos moleques é imaginar cenas do filme de Stallone, em que Will encara um Rambo em miniatura, cuja única semelhança com o original é a fita na cabeça. Já Lee faz as vezes de Coronel Trautman, o mentor militar interpretado por Richard Crenna no cinema. Os dois filmam todas as suas aventuras, que chegam a ser exibidas no único cinema da cidade. É uma bela fábula sobre a imaginação infantil que merece ser descoberta. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Perfil.com

Janine Turner: esposa insatisfeita em perigo
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Esse suspense é mais uma prova de que relações pela internet não dão certo no cinema. A não ser num caso especial como Closer, em que um dos galãs se fingia passar como mulher para atrair o outro e o efeito foi ótimo. Ainda não conseguiram criar um filme que mostre duas pessoas se relacionando por chats ou redes sociais. Fica aquela coisa artificial, em que ou aparecem as mensagens na tela ou, pior ainda, a pessoa fica lendo em voz alta.
Aqui o pior é que o ponto de partida até que era interessante. A personagem principal é Jean (Janine Turner), escritora que é ignorada pelo marido, o poderoso executivo da indústria cinematográfica Chase (Costas Mandylor). Além de ter amantes, ele trata a mulher como propriedade, objeto sexual com quem mal conversa após 15 anos de casamento.
Um dia Jean se aventura por um site de relacionamentos e marca encontro com um médico bonitão. Se o roteiro contasse essa história, o que acontece e que problemas possam pintar num relacionamento assim, poderia ser interessante. Nada disso. Jean encontra, logo nas primeiras cenas, o cara morto. Segue uma série de crimes que não fazem muito sentido e envolvem até a psiquiatra da moça. É o samba do internauta doido. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Scooby Doo - O Mistério Começa

O cachorrão entre Robbie Amell e Nick Palatas: heróis jovens
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O que a gente tem para falar sobre um filme de Scooby Doo? Que é engraçado, fofinho, e que diverte tanto a molecada quanto os adultos nostálgicos que curtiam a série televisiva? É pouco. Talvez seja melhor dizer que colocar o espírito crítico em alta seja procurar chifre em cabeça de cavalo, afinal o objetivo do filme é a diversão sem compromisso.
O diferencial desta que é a terceira edição do seriado na telona é a busca por uma platéia mais adolescente, público que de fato garante a movimentação financeira do cinema. Por isso, os personagens que todo mundo conhece, o casal certinho Fred (Robbie Amell) e Daphne (Kate Melton), a nerd Velma (Hayley Kioko) e o diferentão Salsicha (Nick Palatas), que das outras vezes dava a entender como sendo adepto da "cannabis", são mostrados ainda no colégio.
Scooby mais uma vez é um bonecão que parece tão esquisito quanto o do desenho animado. A história é parecida: eles desvendam um mistério, claro, e o culpado é sempre alguém que parecia bonzinho mas que deseja expulsar as pessoas. Porém, os personagens fazem parte do imaginário infantil de cada um e é sempre bom revê-los. (Ronaldo Victoria)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Nem Parece Minha Irmã

Catherine Frot, Isabelle Hupert e Brigitte Catilon em cena
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Demorou cinco anos (a realização é de 2004) para chegar ao mercado de DVD brasileiro esta comédia dramática francesa que tem como principal característica a originalidade. Se é fácil para os franceses ficarem a um pé da pretensão e do intelectualismo, ao mesmo tempo eles conseguem evitar os lugares-comuns bem mais facilmente que americanos e brasileiros.
A trama é escrita e dirigida por uma mulher, Alexandra Léclere, e o mundo feminino domina cada cena. As duas irmãs da história são opostas, como anuncia o título nacional. Martine (a diva Isabelle Huppert) saiu do interior para vencer em Paris e quer esquecer o passado. Ela construiu para si uma personalidade chique mas insuportável. Uma mulher que detesta o marido, é traída pelas amigas e não sabe onde foi parar o amor em sua vida.
Um dia aparece para uma visita a irmão Louise (Catherine Frot), uma cabeleira algo simplória que está para lançar um livro de auto-ajuda que tem tudo para ser sucesso. Os mundos das duas se trombam e o filme acompanha tudo com classe. (Ronaldo Victoria)

sábado, 9 de janeiro de 2010

Juízo Final

Rhona Mitra (à direita) interpreta uma guerreira
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O pavor provocado por doenças mortais é um dos mais recorrentes hoje em dia na sociedade. Foi assim nos anos 80 com a aids, felizmente já controlada; nos anos 90 com o terrível Ebola, que nem foi tão ameaçador, e mais recentemente com o mal da vaca louca e a gripe suína. Usar máscaras e evitar contato humano são neuras cada vez mais atuais, que o diga o finado Michael Jackson.
Não é a toa que o tema não sai de moda no moderno cinema de terror. É o que conta essa produção bem feita e com roteiro atraente que explora o assunto. Fala sobre um vírus mortal (sempre ele!) que ataca a Inglaterra de um futuro recente (sempre se coloca que é ficção, mas pode acontecer depois de amanhã). Isso força o governo a isolar a praga, construindo um muro ao redor de uma cidade.
Trinta anos de isolamento depois, a ameaça se propaga novamente. Então é escolhida uma equipe de especialistas para localizar a cura. A novidade é que a chefe é uma mulher destemida, a major Éden Sinclair, vivida por Rhona Mitra, que também atuou em Anjos da Noite. Um grande ator, Bob Hoskins, também participa, mas o vilão é interpretado de forma afetada por Craig Conway. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ecos do Mal

Jesse Bradford fica entre a realidade e o delírio
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O terror japonês anda em alta no cinema americano por dois motivos, um bom e outro nem tanto. O positivo é o fato de que essas produções orientais realmente sabem criar um clima assustador sem necessidade de muitos gritos ou de litros de sangue. O lado mediano é que americano não gosta mesmo de ler legenda, o que pode ser até uma limitação intelectual, e quando faz uma "tradução" não capta o sentido da coisa.
É o que acontece com Ecos do Mal, dirigido pelo filipino radicado nos Estados Unidos Yam Laranas. A versão original, de 2004, teve direção de Shintato Shimosawa, que agora colabora com o roteiro. O herói é Bobby (Jesse Bradford), ex-presidiário que volta a morar na casa onde vivia antes com a mãe.
O problema é que a mulher morreu de forma misteriosa, provavelmente sendo instigada a se suicidar por vozes misteriosas. É o que Bobby passa a acreditar, cada vez mais envolvido com fatos estranhos e perdendo de vez a razão. Ele vê uma mãe e uma criança sendo ameçadas por um pai violento, mas deixa de saber o que é real e o que é delírio. O grande problema é que, por conta do investimento no clima de suspense, o final não tem uma explicação convincente. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Diamante 13

Olivier Marchal e Gérard Depardieu em lados opostos da lei
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Quantos filmes sobre as dificuldades de ser policial e a corrupção que rola nesses meios você assistiu? Certamente muitos. Porém, não é o fato de o tema ser um tanto desgastado que vai tornar o filme ruim. É o que prova o drama francês Diamante 13, com direção de Gilles Béhat. Não entrou em cartaz no circuito comercial brasileiro, pouco receptivo a produções francesas médias, e saiu direto em DVD.
Um dos diferenciais marcantes é a presença de Gérard Depardieu em cena. Gordo e envelhecido, ele continua ótimo ator na pele de Mat, agente da 13ª divisão da polícia parisiense. Desiludido e deprimido com seu cotidiano nas ruas da capital francesa (para ele sobram sempre os casos mais escabrosos), ele é um cinquentão amargurado e solitário quando não está trabalhando.
Tudo muda quando recebe uma ligação de seu velho amigo Frank (Olivier Marchal), que explica para ele um plano que tem o objetivo de conseguir dinheiro fácil. Na verdade, é "o plano", como diz Frank, e tem como senha o título do filme. A partir daí, o roteiro fala da divisão entre as duas bandas, a podre e a honesta, em que se divide a polícia, e como fica difícil caminhar entre uma e outra. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Street Fighter - A Lenda de Chun-Li

Kristin Kreuk interpreta a bela vingadora
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Os muito nerds que me perdoem, mas se existe um casamento que nunca deu certo é de videogames com cinema. Provas existem aos montes, e não só o público estranha. A crítica geralmente os trata como os vilões dos jogos, ou seja, a tapas. Exemplos existem aos montes, como Mortal Kombat, Terror em Silent Hill e Resident Evil, esse último um pouco menos desastroso.
Já Street Fighter teve uma produção que estreou nos anos 1990 com Jean Claude Van Damme, e que acabou fazendo sucesso pelo estilo trash e por virar comédia voluntária. Talvez por isso, essa nova produção investiu mais no lado sério, até demais, resultando pretensiosa. Se assume o lado pop, talvez desse mais certo.
Como o título deixa claro, elege a personagem Chun-Li como principal. Para justificar a escolha de Kristin Kreuk (atriz da série Smallville), ela é mostrada como americana de raízes orientais. Depois de ter o pai sequestrado por Bison (Neal McDonough) e Balrog (Michael Clarke Duncan), vai à China em busca de vingança e é lá que a pancadaria começa. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A Última Casa

Garret Dillahunt e Sara Paxton: aula de sadismo
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O que se pode dizer de concreto sobre esse filme é que se trata de uma refilmagem do original feito em 1972 por Wes Craven, mestre do terror sanguinolento. De artístico há que se dizer que é uma das obras mais podres dos últimos tempos, no sentido de utilizar a violência sem limites, de flertar descaradamente com o sadismo.
Para pessoas mais sensíveis, é uma tortura e algo que pode mexer com o emocional de maneira perigosa. Apesar disso, boa parte da crítica elogiou, por entender nesse jeito algo transgressor. O roteiro é um tratado sobre a maldade sem limites. Aborda a vida de um casal, John (Tony Goodwin) e Emma (Monica Potter), traumatizado por terem perdido um filho.
Um dia a filha deles, Mari (Sara Paxton), e a amiga Paige (Martha MacIsaac) convidam um garoto, Justin (Stephen Clark), para tomar umas cervejas e fumar uns baseados no quarto de motel onde ele está com a família. Logo aparece o tio sádico do garoto, Krug (Garrett Dillahunt), com dois comparsas, um homem e uma mulher. Violentam e matam as duas garotas e vão para a casa de Mari atrás dos pais. O que acontece depois? Descubra se tiver coragem. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Adrenalina 2: Alta Voltagem

Jason Statham procura seu coração verdadeiro
Foto: AllMovie Photo

A primeira versão de Adrenalina surgiu em 2006 e provocou divisão entre público e crítica. Exatamente por ser uma produção ousada e original. Começa que não deveria ser classificada como aventura e sim como comédia de humor negro. O herói, Chev (Jason Statham, astro inglês do gênero) tinha a tal substância injetada no coração e não poderia ficar parado sob pena de morrer.
Ou seja, uma metáfora e também uma crítica aos filmes em que a ação naõ dá fôlego ao espectador. Agora, na segunda parte, o cara tem um coração artificial movido a bateria e precisa correr atrás co coração de verdade, implantado no peito de um chefão da Tríade, a máfia chinesa.
Com isso, acaba se envolvendo em um mundo barra-pesada cheio de malandros, bandidões, cafetões e prostitutas. E se atola também no machismo, já que todas as mulheres, com exceção da namorada do mocinho, Eve (Amy Smart), têm essa profissão. Ela, porém, não escapa de uma cena grotesca de sexo público, num hipódromo. Tudo bem que é assumidamente para não ser levado a sério, mas um pouco de bom gosto não faria mal. (Ronaldo Victoria)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Meu Trabalho é um Parto

Lindsay Lohan em cena da comédia: história fraca
Foto: Google Image
Dizem que o título do filme poderia ser aplicado aos paparazzi que tentam acompanhar as baladas da atriz principal, Lindsay Lohan. Parece moralismo, mas o fato é que depois que resolveu abraçar “la vida loca”, a carreira de Lindsay foi ladeira abaixo. Se como pessoa ela ficou até mais interessante (e corajosa), como atriz a coisa foi de mal a pior.
Está certo que essa comédia dirigida por Lara Shapiro, comparada com seu filme anterior, o tenebroso Eu Sei quem me Matou, que há dois anos ganhou todos os Framboesa de Ouro (um Oscar do mal, para os piores filmes), é até razoável. Mas é pouco para quem, além de bad girl, quer ser good actress.
A história fala sobre Thea, assistente de um editor carrasco que odeia seu emprego. É o que o chefe a faz de capacho, a obriga até a servir cafezinho e não aceita nenhuma sugestão dele. Porém, como pior que um emprego chato é o desemprego, um belo dia ela inventa que está grávida para não parar no olho da rua. O roteiro é esse, gira apenas em torno disso, como ela fará para sustentar a farsa. É pouco, não? (Ronaldo Victoria)

sábado, 2 de janeiro de 2010

12 Rounds

John Cena no filme: brucutu da nova geração
Foto: Google Image

A linha de produção de brucutus para filmes de ação em Hollywood anda em crise. Com Schwarzenegger bancando político (é governador da Califórnia), Stallone fazendo filme de segunda no Brasil e não pagando as dívidas e Van Damme em crise existencial, sobraram poucas opções de fortões para injetar adrenalina nas telas. Até porque Vin Diesel anda querendo ser visto como ator sério (santa pretensão!) e The Rock, agora com o nome Dwayne Johnson, quer ser astro de comédias infantis.
A aposta então recai sobre John Cena, que antes foi astro de luta e de vale-tudo nos Estados Unidos. Ele tem a vantagem de ser bonitão, sem aquelas feições toscas dos outros bombadões, mas no que se refere a interpretação, é o mesmo de sempre. Ou seja, tem a expressividade de um pitbull. Aqui o filme é dirigido por Renny Harlin, que em tempos áureos fez filmes como Duro de Matar.
A história é conhecida. Cena vive o detetive Danny Fisher, que frustra os planos de um ladrão após assalto milionário. Por isso, o bandidão seqüestra sua namorada e coloca um desafio para Fischer. Igual aos 12 trabalhos de Hércules, ele terá de desvendar 12 pistas até conseguir libertar a garota. Pode não acrescentar nada, mas é fácil de ver e o tempo passa rapidinho. Precisa mais? (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

G.I. Joe - A Origem de Cobra

Channing Tatum e Marlon Wayans: soldados em ação
Foto: Google Image

No Brasil a série de televisão fez grande sucesso nos anos 1980 com o nome de Comandos em Ação. Rendeu muita venda de bonecos, principalmente o clássico Falcon, aquele soldado que parecia ter barba de Bom Bril. Chegou às telas no ano passado quase ao mesmo tempo em que a segunda aventura de Transformers invadia os cinemas com estardalhaço.
A competição e o medo das críticas fizeram com que nem fossem realizadas sessões prévias para os jornalistas. O filme estreou em clima de suspense. Pois a maioria das reações, incluindo deste que vos escreve, foi a seguinte: nossa, até que não é tão ruim! Claro que isso não significa qualidade, mas mostra que a produção, além dos bons efeitos especiais (item obrigatório), não aborrece o espectador.
A direção ficou a cargo de Stephen Sommers, responsável pela série A Múmia, que conseguiu dar ao roteiro um toque necessário de humor, sem o qual o texto ficaria ridículo. A história é de um grupo armado que tenta impedir um maluco de dominar o mundo, ou seja, o clichê de sempre. O elenco funciona, com Channing Tatum com o galã e Marlon Wayans na pele do amigo engraçado. Sienna Miller, de peruca preta, convence como a vilã amargurada que ama o mocinho. (Ronaldo Victoria)