sexta-feira, 31 de julho de 2009

A Tribo

Jewel Staite e Justin Baldoni: aventura perigosa
Foto: Google Image
Há um lado involuntariamente cômico em quase todo filme de terror destinado a adolescentes. As interpretações fracas, os roteiros pífios feitos como pretexto para as mocinhas darem seus gritinhos, tudo isso leva a gente a dar mais risada que levar susto. E os vilões, então, quando aparecem, só fazem a coisa desandar ainda mais.
Portanto, se você tem mais de 15 anos, não reclame e encare este filme dirigido por Jorg Ihle (The Forgotten Ones, EUA, 2009) como uma comédia. E morra de rir com a total falta de noção. O roteiro fala sobre uma turma de jovens que vai encarar um passeio diferente (pode ser mais clichê o início?). Liz (Jewel Staite) e Peter (Justin Baldoni) são namorados. Jake (Kellan Lutz) gosta de Lauren (Nikki Griffin), mas ela o trocou por um gordinho milionário, Ira (Marc Bacher).
Eles vão de barco para uma ilha paradisíaca, mas uma pane no motor faz com que desembarquem em outra, dominada por criaturas estranhas. Aí que o filme cai de vez na palhaçada. A dancinha da tribo é de chorar de rir. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Primavera Maluca

Parker Posey, Amy Poehler e Rachel Dratch: nerds de saias
Foto: AllMovie Photo
É a prova de que existem versões femininas para aquelas comédias americanas sobre caras que são um fracasso social, os tais nerds que têm aparecido tanto no cinema ultimamente. O filme tem direção de Ryan Shiraki e roteiro de Raquel Dratch, que vive uma das três heroínas, Judi. As outras são Gayle (Amy Poehler) e Becky (Parker Posey).
A primeira cena mostra o trio se apresentando na festa de formatura e cantando “True Colors”, de Cyndi Lauper, como gralhas desafinadas. Levam uma tremenda vaia da platéia. Aí aparece o letreiro “quinze anos depois” e o espectador chega a pensar: será que elas deram uma virada e são trintonas vitoriosas?
Nada disso. Têm empregos que detestam, não deram certo no amor, mas têm uma vantagem: não viraram amargas. Vão ajudar a filha da patroa de Becky, que está numa praia badalada. Lá, em contato com a moçada, podem mudar de vida. Nada especial, mas rende uma risada ou outra. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Segurança de Shopping

Kevin James interpreta policial frustrado na comédia
Foto: AllMovie Photo
Esta comédia dirigida por Steve Carr (Paul Blart: Mall Cop, EUA, 2009) mostra bem a diferença de mercado cinematográfico entre os Estados Unidos e o Brasil. Ainda bem que ainda existem certas diferenças, aliás. Lá fez o maior sucesso e arrecadou mais de 100 milhões de dólares nas bilheterias logo nos primeiros dias. Aqui passou despercebido nos cinemas e só deve fazer sucesso (se fizer) nas locadoras.
As razões do sucesso americano se explicam pelo fato de eles adorarem comédias leves (quase bobas, eu diria) e pelo carisma do ator principal, Kevin James, e do produtor, Adam Sandler. Eles contracenaram em “Eu os Declaro Marido e Larry” e são grandes amigos.
Aqui James vive Paul Blart, que sonha em ser patrulheiro da polícia mas só consegue o emprego expresso no título. Ele leva uma vida sem graça e todo mundo o acha bom e bobo. Tudo muda quando uma quadrilha invade o shopping e ele vira herói. Relata bem a ambigüidade da cultura americana: ao mesmo tempo em que parece ter compaixão pelos perdedores, acha que eles só merecem ser notados quando fazem algo grandioso. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 28 de julho de 2009

Bela Noite para Voar

Mariana Ximenes e José de Abreu: o presidente e sua amante
Foto: Google Image
A produção nacional comandada por Zelito Viana foi fracasso nos cinemas e não fica difícil de entender por que. Primeiro porque fala sobre a vida do presidente Juscelino Kubitscheck (interpretado por José de Abreu), bem na época em que ele foi retratado com muito mais charme na minissérie da Globo. E depois porque revela os maiores problemas do cinema nacional.
Uma dificuldade é o roteiro, apesar de contar com o apoio do diretor teatral Augusto Boal, recentemente falecido, e do irmão do diretor, o humorista Chico Anysio. Os personagens parecem rasos, as falas têm a impressão de ser discursos e há aquela mania de retratar os supostos vilões de forma caricata.
Tudo se passa numa noite na vida de JK, em que alguns militares de direita planejam um atentado a sua vida. Abreu ainda se segura no papel, mas a interpretação apática de Marcos Palmeira (filho do diretor) nem de longe lembra o que imaginamos de Carlos Lacerda e Mariana Ximenes pouco tem a fazer na pele da amante do presidente. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ruas de Sangue

Brian Presley e Michael Biehn: drama escuro e violento
Foto: AllMovie Photo
O título deste drama policial (Streets of Blood, EUA, 2009) faz jus ao que aparece na tela, já que a violência toma conta da história a maior parte do tempo, com tiros a valer. Aliás, quando aparece, já que a fotografia é bastante escura. Parece mesmo ter sido feito em produção alternativa, já que saiu diretamente em DVD, tanto aqui quanto nos Estados Unidos.
O que o diretor Charles Winkler (filho do famoso produtor Irwin Winkler) conta é algo que infelizmente tem ficado cada vez mais clichê nas grandes cidades. Ele relata a promiscuidade cada vez maior entre policiais corruptos e integrantes de gangues violentas, a ponto de não se saber quem é pior.
A dupla de policiais é formada por Val Kilmer (cada vez mais gordo e menos galã) e o rapper 50 Cent, que se assina como Curtis Jackson (péssimo como ator, só consegue fazer pose de mal encarado). A história é cortada pelos depoimentos à psicóloga interpretada por Sharon Stone, também bastante envelhecida. Brian Presley e Michael Biehn (outro ex-galã, dos filme de James Cameron como “Segredo do Abismo” e “Exterminador do Futuro”) também participam, mas o resultado é fraco. (Ronaldo Victoria)

domingo, 26 de julho de 2009

Inimigos Públicos

Johnny Depp em cena como o bandido John Dillinger
Foto: AllMovie Photo
Sabe aquelas vezes em que você sai do cinema e comenta com seu acompanhante (ou pensa, se foi sozinho): filmão, hein? É bem esse o caso desse drama vigoroso (Public Enemies, EUA, 2009) dirigido por Michael Mann, o mesmo de “O Informante”, “Colateral” e “Fogo Contra Fogo”, entre outros sucessos. Pelo currículo do cara, não há surpresa com o fato de ser bem dirigido.
Mas também tem ótimo roteiro, uma direção de arte luxuosa que recria a Chicago dos anos 30 com brilhantismo, e belamente interpretado. Afinal, Johnny Depp esbanja carisma na pele de John Dillinger, a francesa Marion Cottilard (após o Oscar por “Piaf”) brilha como Billie, a namorada do bandido; e Christian Bale (o novo Batman) faz o contraponto perfeito sendo Melvin Purvis, o agente da lei.
O filme conta a história de uma vida tornada lenda, a de Dillinger, que assim como outros bandidos da época (o casal Bonnie e Clyde, por exemplo), fez do crime a alternativa na época da Grande Depressão. Então, já sabe: não perca! (Ronaldo Victoria)

sábado, 25 de julho de 2009

Arn - Cavaleiro Templário

Joakim Natterqvist interpreta o grande herói sueco
Foto: Google Image
Em alguns casos, vale fazer uma aposta arriscada nas locadoras. É o caso deste filme que parece mais um entre outros a falar de batalhas medievais e não tem nomes conhecidos no elenco. Além disso, é uma produção realizada na Suécia (“Arn- Tempelridarren”, 2007) e do cinema deste país, fora os dramas pesados do genial Ingmar Bergman, a gente conhece pouca coisa.
A história se passa no século 12, em pleno negror da Idade Média, onde a parte setentrional da Europa onde hoje está a Suécia era dividida entre clãs rivais. Surge o amor desesperado entre o corajoso Arn Magnusson (Joakim Natterqvist) e a bela Cecília Algotsdotter (Sofia Helin). Porém, feito Romeu e Julieta nórdicos, eles são de grupos inimigos.
A moça é levada para um convento governado por uma madre superiora cruel, que arranca o filho de seus braços minutos depois de nascer, mostrando como a Igreja Católica se aliou ao poder nesta época. Já Arn é enviado para as Cruzadas e consegue a pacificação. O personagem é real e considerado um dos maiores heróis da história sueca. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Lição de Amor

Raoul Bova e Michela Quattrochiocche: casal diferente
Foto: Google Image
O título já foi usado para vários filmes, incluindo o brasileiro dos anos 70 baseado no livro de Mário de Andrade. Esse é italiano e se chama originalmente “Scusa ma te chiamo amore”, ou seja, desculpe mas te chamo amor. O tema é a atração entre um homem mais velho e uma adolescente, algo que foi famoso no Brasil com aquela propaganda do tio Sukita (alguém se lembra?) e depois numa novela de Glória Perez (seria “América”?) em que Cléo Pires chamava Edson Celulari de “tio”.
A comparação até tem a ver, porque o roteiro do filme dirigido por Federico Moccia tem um estilo bem leve, não faz drama. Tudo começa com um acidente de trânsito entre o carrão do publicitário Alex (o galã Raoul Bova) e a motinha da estudante Niki (Michela Quattochioche).
Ele acabou de levar um fora da noiva e se deixa levar pela impetuosidade da menina. E a novidade de se envolver com um homem 20 anos mais velho rende pontos entre a turma da garota. Descartável e simpático. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Milagre em Santa Anna

Omar Miller e Michael Ealy com o garoto italiano Matteo Sciabordi
Foto: AllMovie Photo
É um filme dirigido por Spike Lee, o cineasta que teve seu auge nos anos 90, quando provocava discussões com obras como “Faça a Coisa Certa” e dirigia clipe de Michael Jackson no Pelourinho. A fase de maior sucesso passou, mas Lee não deixou de ser um cineasta provocador.
Depois fazer o belo e eficiente filme de ladrões “Um Plano Perfeito”, ele volta com uma produção de guerra. Porém, em se tratando dele, nunca é uma história comum. Fala dos Buffalo Soldiers, batalhão de negros americanos, em que quatro deles se perdem e acabam chegando numa pequena aldeia da Toscana, a Santa Anna do título, durante a Segunda Guerra Mundial.
No vilarejo se cruzam os conflitos dos dois povos. Os negros não sabem responder uma pergunta que não quer calar: por que eles defendem um país onde são discriminados e nem considerados como cidadãos? E os italianos questionam a aliança com Hitler. Há uma impressionante cena de massacre na praça, mas Lee se perde um pouco no sentimentalismo e na duração excessiva, que dispersa o interesse. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Frost/Nixon

Michael Sheen e Frank Langella: duelo de titãs
Foto: AllMovie Photo
Este filme fascinante, dirigido por Ron Howard, o mesmo de “Uma Mente Brilhante” e outros sucessos, poderia ser tema nos cursos de jornalismo. Sem contar que aborda muito bem o universo da política. O roteiro é do inglês Peter Morgan, baseado em peça de autoria. Autor de “A Rainha” e “A Outra”, Morgan é mestre na difícil arte de retratar pessoas reais sem parecer chapa-branca ou desrespeitoso.
A história começa nos anos 70, quando Richard Nixon (Frank Langella, que foi candidato ao Oscar) renunciou à presidência americana logo após o escândalo Watergate. Toda a imprensa queria uma entrevista exclusiva, mas quem consegue a honra é David Frost (Michael Sheen), apresentador inglês de programas de auditório.
Pouca gente entende, mas Nixon certamente pensava “engolir” o entrevistador. É o que acontece nas duas primeiras sessões, em que ele mal dá tempo de Frost fazer perguntas. Transforma o encontro em monólogo. Porém, contra todas as expectativas, o inglês vira o jogo de forma brilhante, assim como o resultado do filme. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom

Isla Fisher em cena com seus objetos de desejo
Foto: AllMovie Photo
Becky Bloom é uma espécie de Bridget Jones com cartão de crédito. Seu problema não é o excesso das calorias, mas sim de exagero nas compras, algo explícito no título original do filme dirigido por P. J. Hogan, o mesmo de “O Casamento do Meu Melhor Amigo”: Confessions of a Shopaholic, ou seja, Confissões de uma Viciada em Compras.
O roteiro fala sobre Rebecca, a Becky, interpretada por Isla Fisher, uma jornalista que trabalha numa revista que detesta e vive com as faturas do cartão de crédito estouradas. Um dia ela tenta uma vaga numa revista de moda, mas acaba numa publicação de economia, dirigida pelo bonitão Luke (Hugh Dancy).
Parece uma ironia, mas logo ela publica uma coluna, com sua forma peculiar de encarar as finanças, assinada como Moça da Echarpe Verde (peça caríssima que comprou para ir à entrevista) e faz o maior sucesso. Mas o cobrador que a persegue pode fazer tudo isso ruir. O resultado é engraçado, mas poderia ser ainda mais se os personagens fossem retratados de forma menos infantil. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Daniel Radcliffe e Michael Gambon em cena do sexto filme da série
Foto: AllMovie Photo
Quem comparar este que é o sexto filme da série (Harry Potter and the Half-Blood Prince, Inglaterra, 2009) com aquele que deu origem, lançado há oito anos, quase não encontra pontos em comum. A fantasia juvenil e tornou uma produção adulta, o que demonstra uma notável evolução. E a qualidade, o que é melhor, cresceu bastante.
Desta vez Harry (Daniel Radcliffe) está às voltas com a gênese do mal, marcada pela história de Lord Voldemort, desde quando era um garoto órfão e problemático chamado Tom Riddle. Quem serve de guia a esse lado escuro é o diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore (Michael Gambom), e o professor Horace Slughorn (Jim Broadbent).
O diretor David Yates descreve essa jornada com tons sombrios e sem dar fôlego ao espectador. As histórias juvenis, como a de Hermione (Emma Watson) tendo de assumir que é apaixonada por Ronny (Rupert Grint) e Harry beijando Ginny (Bonnie Wright), irmã de Ronny, ficam secundárias. Mas ninguém tem do que reclamar. (Ronaldo Victoria)

domingo, 19 de julho de 2009

Círculo do Pânico

Amber Tamblyn e Joel Moore: esquizofrenia e solidão
Foto: AllMovie Photo
Um mergulho nos mistérios de uma mente perturbada é o que oferece ao espectador esse drama (Spiral, EUA, 2007), dirigido por Adam Green e Joel Moore, este último também um dos autores do roteiro e ator principal. Aliás, bom ator, e que ajuda muito ao personagem por ter um jeito estranho e uma cara de quem acabou de chupar limão.
Por isso, Moore convence demais na pele de Mason, um cara que trabalha numa função burocrática num escritório e é daqueles que não chama a atenção de ninguém, tendo a esquisitice e a solidão como marcas.
O único que preocupa com ele é o amigo descolado, Berkeley (Zacahary Levi), mas até dele Mason esconde o fato de que gosta de pintar quadros com garotas nuas. A próxima convidada é Amber (Amber Tamblyn), nova estagiária com quem faz amizade. Mas ficam no ar várias perguntas: Amber realmente existe ou é uma alucinação? E as garotas dos quadros? Mason é um serial killer? Assista e responda. (Ronaldo Victoria)

sábado, 18 de julho de 2009

Sex Drive

Josh Zuckermann banca a rosquinha no shopping
Foto: AllMovie Photo
Assistir a esta comédia mostra como não é bom tirar conclusões precipitadas. Tudo porque o DVD começa com uma apresentação, a cargo do diretor Sean Anders e do roteirista John Morris. A coisa é tão tosca e sem graça, que dá vontade de dizer: nossa, que porcaria que deve vir por aí! As primeiras cenas até confirmam essa previsão, já que são centradas em Ian (Josh Zuckerman), rapaz de 18 anos e sua obsessão em perder a virgindade.
O garoto tem um irmão mais velho metido a machão, Rex (James Marsden), um amigo mais descolado, Lance (Clark Duke), e ama secretamente a amiga, Felícia (Amanda Crew). Mas combina de viajar com uma gata que conheceu pela internet para ter a primeira experiência.
O clima parece o mesmo de tantas comédias adolescentes, com piadas pesadas, mas lá pela metade se percebe que é de fato engraçado, com cenas hilárias como a da rosquinha no shopping e a da comunidade amish. E o final é mais avançado do que se pensa. Boa surpresa. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Às Margens de um Crime

Tommy Lee Jones surge mais uma vez na pele de um tira durão
Foto: AllMovie Photo
Um dos maiores problemas deste drama dirigido pelo francês radicado na América Bertrand Tavernier (In The Electric Mist, EUA, 2009) é a sua pretensão de contar várias histórias que não se juntam muito bem e acabam confundindo o espectador. A trama se passa em New Orleans, quando a cidade havia acabado de ser arrasada pelo furacão Katrina.
Neste cenário o detetive Dave (Tommy Lee Jones) encontra uma garota morta e suspeita de um serial killer. Ao mesmo tempo tenta achar a resolução de um crime ocorrido nos anos 60, época do racismo explícito. Como se não bastasse, tem de agüentar os chiliques de um astro de cinema, Elrod (Peter Sarsgaard), que vem filmar na cidade, financiado pelo mafioso Julie (John Goodman).
E precisa resolver problemas familiares, pois a esposa Bootsie (Mary Steenburger) reclama mais atenção. Não parece muita coisa para um homem só? Também parece para a gente acompanhar. E Lee Jones encara novamente o tipo durão. Não se pode dizer que seja uma decepção, mas deixa no ar uma sensação frustrante. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Casamento de Rachel

Anne Hathaway: orgulho de ser a ovelha negra da família
Foto: AllMovie Photo
Anne Hathaway foi candidata ao Oscar por seu desempenho no filme (Rachel Getting Married, EUA, 2008) dirigido por Jonathan Demme, o mesmo de “O Silêncio dos Inocentes”. A intensidade com que se entrega a sua personagem, Kim, marca sua entrada para o rol das atrizes adultas.
As primeiras cenas mostram Kim na porta da clínica de reabilitação em que está internada e sairá para o casamento da irmã, Rachel (Rosemary DeWitt). Sua chegada provoca crises e remove sujeiras convenientemente jogadas para debaixo do tapete familiar. Kim é abusada, irritante, e demonstra a toda hora ter orgulho de ser a “maluca beleza”, a “ovelha negra” da família, sem perceber que são tristes clichês egocêntricos que só afastam quem ama.
A cena do discurso na reunião é sintomática, assim como o olhar de dor e raiva que provoca na irmã “certinha”. Rachel a acusa de roubar dos pais toda a atenção que não teve apenas por ser “normal”. Já a mãe, vivida por Debra Winger, não superou a dor de uma perda que rachou o núcleo familiar. É um filme adulto, intenso, e exige bastante do espectador, pela forma intimista com que Demme dirige. Mas vale demais a pena. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

The Spirit

Gabriel Macht encarna o detetive com fraco por mulheres bonitas
Foto: AllMovie Photo
Um dos maiores problemas dos filmes baseados em histórias em quadrinhos é fazer com que soem verdadeiros. No caso deste, dirigido por Frank Miller, o mesmo que assinou “Sin City” ao lado de Robert Rodriguez, realmente é um problemão. E parece assumido, já que Miller se demonstra pretensioso a ponto de fazer com que a produção tenha apenas seu estilo e nem lembre o de Will Eisner, que criou o personagem nos anos 40.
É tudo estilizado, com detalhes como a gravata vermelha do personagem voando sobre um cenário que tem essa cor em destaque, aliado ao preto e ao branco, com detalhes em cinza. Tudo muito plástico, mas sem alma. Pena. A história fala sobre o detetive Denis Colt (Gabriel Macht), que recebe o apelido depois que o vilão Octopus (Samuel L. Jackson) o ressuscita com uma substância misteriosa.
Octopus procura uma substância numa garrafa que o tornará imortal. E para conseguir conta com aliadas lindas e perigosas, já que o fraco de Spirit são as mulheres bonitas. Por isso o elenco feminino é atraente, com Eva Mendes, Scarlet Johansson, Paz Vega, Sarah Paulson e outras. O pior é que os atores soam exagerados e caricatos. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Menina no País das Maravilhas

Elle Fanning vive garota com problemas psiquiátricos
Foto: AllMovie Photo
É um drama emocionante, comovente e muito triste, característica que não deve afugentar o público de bom gosto. O filme dirigido por Daniel Barnz (Phoebe in Wonderland, EUA, 2008) fala de um fato que muita gente já viveu, aqui pintado com tintas fortes: uma criança que não consegue se adaptar ao seu meio.
Ela é a Phoebe do título original, vivida por Elle Fanning (irmã caçula de Dakota e tão intensa quanto). A menina tem tiques, manias que não consegue largar, algo como TOC (transtorno obsessivo compulsivo), mas que é diagnosticado como síndrome de Gilles de La Tourette, um distúrbio real que começa na infância e que também inclui déficit de atenção entre os sintomas.
A história de Alice no País das Maravilhas é seu refúgio e, quando a nova professora de teatro da escola vai encenar o texto, vira uma obsessão para Phoebe. Já a família (pai, mãe e irmã menor) tenta se adaptar. Duas grandes atrizes, Felicity Huffman como a mãe e Patrícia Clarkson na pele da professora, também têm desempenhos marcantes. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quarentena

Jennifer Carpenter em cena de terror "traduzido"
Foto: AllMovie Photo
Não seria o caso de se chamar esse filme de produção, mas sim de tradução. Afinal, o terror assinado por John Erick Doodle (Quarantine, EUA, 2008) nada mais é que uma transposição para o inglês do espanhol REC (comentado nesse blog no dia 25 de março).
Até mesmo o nome da heroína é o mesmo, Angela Vidal, que por isso é retratada como uma latina interpretada aqui por Jennifer Carpenter. Ela também é uma repórter de televisão que apresenta um programa no qual retrata o dia de trabalho de uma determinada profissão.
Nesse caso são os bombeiros, e tem como guias Jake (Jay Hernandez) e Fletcher (Jonaton Schaech). Atendem a um chamado num prédio antigo e aí o terror começa. O clima é tão opressivo quanto o do original, mas qual a vantagem? Afinal, é uma cópia. Não há razão para se assistir aos dois. Se for o caso de escolher, eu ficaria com o espanhol. Já é que sempre melhor um produto original... (Ronaldo Victoria)

domingo, 12 de julho de 2009

Angel-A

Jamel Debouzze e Rie Rasmussen: casal diferente em sintonia
Foto: Google Image
Luc Besson é considerado, por admiradores e detratores, como “o mais americano dos diretores franceses”. Quem gosta dele diz que Besson é um dos poucos que evita a insuportável pretensão do cinema da França. Já os críticos o consideram apenas um imitador, o que mostrou em produções como “Táxi”, “O Quinto Elemento” e “Carga Explosiva”.
Nesta comédia romântica Besson se mostra bem mais europeu, até mesmo com um toque de “Asas do Desejo”, o clássico do alemão Win Wenders. Em Angel-A (França, 2005), o personagem principal é André, um pobre coitado vivido pelo baixinho Jamel Debbouze, coadjuvante em vários filmes e aqui em sua primeira oportunidade como astro.
O cara vive sendo ameaçado por bandidos para quem deve dinheiro. Até que um dia aparece Angela (a modelo dinamarquesa Rie Rasmussen), que se joga no rio Sena e ele a salva. Mas logo se descobre que o anjo da guarda é a moça. Apesar das diferenças estéticas (ela é pelo menos 15 centímetros maior que ele), o casal central combina muito. Outro ponto alto é a fotografia em preto-e-branco, que mostra paisagens lindíssimas da capital francesa. (Ronaldo Victoria)

sábado, 11 de julho de 2009

Harold

Spencer Breslin e Nikki Blonsky: aventuras do garoto careca
Foto: AllMovie Photo

Imagine um garoto de 12 anos... careca. Este é o drama do personagem principal desta comédia com toques melancólicos ("Harold", EUA, 2008), dirigida por Sean Shannon. Quem vive o garoto é Spencer Breslin, irmão de Abigail Breslin, atriz mirim que conseguiu grande destaque em "Pequena Miss Sunshine". Ele tem bom desempenho e segura o interesse da história.
Acontece que Harold não consegue se encaixar. Os adultos pensam que se trata de alguém maduro, enquanto as crianças do colégio o tomam como uma aberração. E todo mundo sabe como os pré-adolescentes costumam ser cruéis.
A mãe de Harold, Maureen (Ally Sheedy), não encara o problema de frente. Apenas o faxineiro da escola, Cromer (Cuba Gooding Jr), e a gordinha Rhonda (Nikki Blonsky) se esforçam por entendê-lo. Se está longe de ser um filme marcante, não aborrece ninguém. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Justiceiro em Zona de Guerra

Ray Stevenson encarna o herói violento demais
Foto: AllMovie Photo
É mais um filme baseado em história em quadrinhos adulta, o que provoca euforia numa parte do público e tédio na maioria. Em quatro anos, é a segunda vez que o personagem, Frank Castle, ganha as telas. Anteriormente, Thomas Jane viveu o herói e John Travolta foi o vilão, numa produção de resultados mornos.
Desta vez quem encarna o papel é o irlandês Ray Stevenson, ator talentoso mas que não tem maiores chances de brilhar. Na história, ele vê a família ser massacrada e passa a vestir o traje de vingador para dar o troco em várias famílias mafiosas de Nova York. O vilão principal tem o rosto desfigurado e passa a se chamar Retalho (Dominic West). Já é caricato, mas tem um irmão ainda mais palhaço, Loony (Doug Hutchinson).
O problema maior para o espectador é entrar nesse clima irreal demais. Para complicar, a trama é muito violenta para o gosto médio. Quem dirige é uma mulher, a alemã Lexi Alexander, a mesma de “Hooligans”. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Dia dos Namorados Macabro

Kerr Smith e Jaime King entram no clima trash
Foto: AllMovie Photo
A maior atração deste terror, refilmagem de uma produção canadense dos anos 80, em sua exibição nos cinemas, foi a projeção no sistema 3D, a terceira dimensão. Fora isso, porém, principalmente para quem vai à locadora, o filme dirigido por Justin Lussier (My Bloody Valentine, EUA, 2009) tem pouco a oferecer.
A história é clichê: grupo de jovens é atacado por psicopata mascarado, que os elimina das formas mais sangrentas possíveis (aliás, ‘bloody”, do título original, é sangrento). Tudo começa com um massacre durante o Dia dos Namorados na mina de uma pequena cidade. Sarah (Jaime King) e seu namorado Tom (Jensen Ackles) escapam, assim como o casal Axel (Kerr Smith) e Irene (Betsy Rue).
Algum tempo depois, Sarah está casada com Axel e Irene transa com caminhoneiros num motel à beira da estrada (as cenas são engraçadas). E Tom retorna para fechar a mina. É o tipo de filme que os jovens adoram, para dar risada. Os mais velhos torcem o nariz. Será que não é uma boa dica entrar no espírito trash? (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Fazendeiro e Deus

Frank Rautenbach tem interpretação vigorosa
Foto: AllMovie Photo
A palavra fé aparece com destaque no título original do filme, Faith Like Potatoes, ou fé assim como batatas, duas coisas que o personagem principal resolve plantar na África. O roteiro do drama, dirigido pelo sul-africano Regardt van der Bergh, é baseado na vida real do escocês Angus Buchan, vivido com intensidade por Frank Rautenbach.
O começo da história o mostra na Zâmbia, enfrentando todo tipo de dificuldades e já com três filhos. A personalidade do fazendeiro é retratada nessa fase como um misto de prepotência e arrogância, e a forma como trata os colonos negros da fazenda faz lembrar um forte tom de racismo.
Depois ele se muda para a África do Sul, onde recomeça do zero e passa a se entender com os nativos, da tribo zulu. Descobre a importância da fé, e chega a pregar no maior estádio de sua cidade para os fazendeiros em crise. Uma tragédia familiar também o abate, e provoca lágrimas no espectador. É uma produção que não disfarça um objetivo para além do cinema: o de mostrar a importância de ter uma religião. Talvez quem seja mais cético reclame, mas é melhor deixar o preconceito de lado. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Passageiros

Anne Hathaway e Patrick Wilson: amor e suspense
Foto: AllMovie Photo
Foi fracasso nos cinemas, mas merece ser descoberto nas locadoras esse suspense dirigido pelo colombiano radicado nos Estados Unidos Rodrigo García, filho do famoso escritor Gabriel García Marquéz. É uma produção pequena, um filme B como se diz, e que traz no elenco a atriz da moda (Anne Hathaway) e um galã promissor (Patrick Wilson).
O tema é assustador, ainda mais depois da tragédia do vôo 447 da Air France: um desastre de avião. Começa quando a terapeuta Claire (Anne) é chamada para cuidar dos cinco sobreviventes de uma grande tragédia aérea. Um deles, o charmoso artista Eric (Wilson) a atrai, o que preocupa uma espécie de mentor da moça, Eric (Andre Braugher).
Ao mesmo tempo ela enfrenta Arkin (David Morse), representante da companhia aérea.
Porém, começam a aparecer personagens misteriosos e uma dúvida se instala na cabeça do espectador. A charada tem influência de um filme muito famoso, mas é melhor não dizer qual é para não estragar a surpresa. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Persépolis

Marjani anda de carro com um amigo pelas ruas de Viena
Foto: AllMovie Photo
Você assistiria um desenho-animado de temática adulta, em que a técnica não é o mais importante, em preto-e-branco e falado em francês? Não? Pois não sabe o que está perdendo. Persépolis (idem, França, 2007), que foi candidato ao Oscar de animação, é uma excelente opção e merece ser descoberto nas locadoras.
Os diretores são Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi, ela uma iraniana radicada na França que conta sua própria vida. A história fica ainda mais atual no momento em que a vitória de Ahmadinejad nas eleições presidenciais iranianas é questionada e uma moça, estudante universitária como Marjane, foi morta durante os protestos.
A situação da mulher frente ao opressivo regime é o tema principal, mas sempre abordado com humor. A história aborda desde a época do Xá, o monarca tirano, e os aiatolás que mandaram as mulheres se cobrir. Filha de intelectuais, Marjani é mandada à Europa para ter liberdade, mas as coisas não são tão simples. Catherine Deneuve dupla a mãe de Marjani, que tem a voz de sua filha, Chiaria Mastroianni. (Ronaldo Victoria)

domingo, 5 de julho de 2009

O Último Trem

Bradley Cooper encara aventuras radicais no metrô
Foto: AllMovie Photo
É forte candidato ao título de filme mais “doente” da temporada, fruto da imaginação delirante do escritor Clive Barker, o mesmo autor de “Hellraiser”, que aqui se supera nas esquisitices. Com direção do japonês Ryuhei Kitamura, tem como personagem principal Leon (Bradley Cooper, ator em ascensão no momento), um fotógrafo em crise no casamento e na profissão.
Depois de conhecer uma poderosa executiva, Susan (Brooke Shields, hoje uma quarentona atraente), que o aconselha a deixar sua arte mais agressiva, passa a percorrer a cidade em busca de personagens diferentes para suas fotos. No metrô, cruza com Mahogany (o inglês Vinnie Jones), um tipo mudo que fica no último trem da noite com uma maleta preta.
De lá ele tira um instrumento que parece um martelo, com o qual bate sem piedade nas vítimas. Depois de mortas, as pessoas são abertas e penduradas como bois no açougue, que é a parada final. Sentiu o clima? É um mergulho exagerado no lado sombrio da alma humana, não indicado para pessoas mais sensíveis. (Ronaldo Victoria)

sábado, 4 de julho de 2009

Vítimas da Guerra

Vera Farmiga e John Malkovich: drama polêmico
Foto: Google Image
É curioso ver o que acontece neste drama (In Tranzit, EUA, 2008) dirigido por Tom Roberts. O roteiro é situado em 1946, ou seja, um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas de caçadores passaram a ser caçados. A história, segundo a produção baseada em fatos reais, mostra um grupo de oficiais alemães mandados por engano para um campo comandado por mulheres da ex-União Soviética.
A chegada faz com que ocorra essa curiosa situação: ver os alemães na posição de coitadinhos, o que é também polêmico. Como as duas nações foram grandes inimigas durante o conflito, a convivência provoca reações extremas, como a da moça que se mostra sádica, mas depois se descobre que é judia e foi torturada pelos nazistas.
O elenco talentoso segura as pontas de um drama que não alcança bom resultado final. Se John Malkovich abusa do ar de cínico, Vera Farmiga tem bom momento como a médica idealista. Mas dois ótimos atores alemães, Thomas Kretschmann e Daniel Bruhl, têm os melhores desempenhos. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Efeito da Fúria

Josh Hutcherson e Dakota Fanning: vidas partidas
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O drama dirigido por Rowan Woods (Winged Creatures, EUA, 2008) tem um clima pesado, mas a história pede. O roteiro fala de um acontecimento trágico que interfere na vida de uma série de pessoas reunidas por acaso. É algo não raro nos Estados Unidos: a chegada de um maluco armado que passa a atirar a esmo.
Ele aparece numa lanchonete e provoca um estrago, quase terminando com a vida também daqueles que sobreviveram. O texto não fala do louco, que nem é identificado, mas sim das pessoas que estavam lá. Há a garçonete com problemas amorosos (Kate Beckinsale), o desempregado viciado em jogos (Forest Whitaker), o médico estressado (Guy Pearce), o adolescente que fica mudo depois da tragédia (Josh Hutcherson) e a garota que perde o pai (Dakota Fanning).
Como se pode ver, o elenco é bastante charmoso e atraente. Se você não se incomoda com filmes muito dramáticos, terá uma boa opção. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Verônica

Andréa Beltrão, em cena com Matheus de Sá, tem atuação brilhante
Foto: Google Image
A inspiração num clássico americano dos anos 80, “Gloria”, em que Gena Rowlands vivia uma mulher que desafiava a máfia para salvar uma criança, é evidente. Porém, o filme de Maurício Farias, feito para sua mulher, Andréa Beltrão (curioso que o diretor John Cassavetes também fez para a esposa, Gena), é uma surpresa boa que merece ser descoberta nas locadoras.
Primeiro porque Andréa se mostra uma atriz completa e segura o filme do início ao fim, explorando o lado dramático e nem tanto a comediante talentosa que conhecemos da televisão. Verônica, sua personagem, pode ser definida como uma mulher desiludida. Com a profissão de professora, que a faz enfrentar crianças malcriadas que esconde durante os tiroteios na favela vizinha, com o ex-marido, o policial corrupto Paulo (Marco Ricca), e a falta de condições de apoiar os pais idosos.
Um dia, toma conta de um menino, Leandro (Matheus de Sá), cujos pais foram mortos por traficantes, acaba caindo numa aventura sem fim para defender a criança e parece descobrir um sentido na vida. Há algumas passagens inverossímeis, mas que não prejudicam o resultado final. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cadillac Records

Beyoncé Knowles interpreta Etta James, diva do blues
Foto: AllMovie Photo
Ninguém duvida da força da música negra americana, especialmente num momento em que se fala até a exaustão sobre a perda de Michael Jackson. Neste filme dirigido por Darnell Martin (mulher e branca), a black music é o tema principal. O título se refere a como ficou conhecida a Chess Records, gravadora que, antes da mítica Motown, dava chance a talentos ascendentes.
Dirigida por Leonard Chess (Adrien Brody), começou descobrindo o blueseiro vigoroso Muddy Waters (Jeffrey Wright). Entre outros artistas lançados pela gravadora, tem destaque o roqueiro Chuck Berry (vivido pelo rapper Mos Def), retratado como um cara com enorme apetite sexual e que reclamava ter sido desprezado em favor de Elvis Presley.
Outra estrela é a sensacional Etta James, até hoje em atividade. Quem a interpreta é Beyoncé Knowles, que canta com sua própria voz e não imita a diva. É um filme charmoso, que serve para as novas gerações conhecerem grandes nomes daquela época. (Ronaldo Victoria)