terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eclipse

Robert Pattinson e Kristen Stewart: caninos escondidos
Foto: AllMovie Photo
Chega às locadoras a terceira parte da saga Crepúsculo, disposta a bater recordes. E já que o capítulo final teve cenas gravadas no Brasil, como você sabe (não sabe? andou meio desligado esses meses?), já se sabe que o encerramento vai provocar lágrimas nas meninas. A série provoca sentimentos estranhos: de começo, quando parecia meia-boca, a crítica não quis chutar canino morto. Agora que é essa explosão, todo mundo adora falar mal, né?
O fato é que merece mesmo as críticas. Os filmes parecem uma versão em cinema das letras de música daqueles emos torturados. Há Bella (Kristen Stewart), uma mocinha indecisa entre um vmapiro sem sangue nas veias, Edward (Robert Pattinson), e Jacob (Taylor Lautner), o lobisomem bombado e camarada.
No fundo, o que a história criada por Stephenie Meyer, mórmom americana, trata é da necessidade de não ceder ao sexo antes de se entregar ao amor. Por isso é tão bem vista. Além disso, esse terceiro episódio é dos mais chochos, só segurando o meio de campo para o final. Mas vá falar isso para as adolescentes? (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Ema Watson: cerimônia de adeus
Foto: AllMovie Photo
É um filme de Harry Potter em que não aparece em nenhum momento a escola Hogwarts, não se fala das quatro casas (Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa), muito menos se joga quadribol. Ou seja, comparando esse encerramento da saga com o começo, lançado há 10 anos, parece a diferença de uma comédia infantil para um drama adulto.
Sinal que a série evoluiu e acompanhou o crescimento de seu público. Vai deixar saudade? Provável, para os aficionados. Afinal, por mais que seja legal, é um produto da indústria cultural. As primeiras cenas mostram a reunião dos Comensais da Morte, liderados por Voldemort (Ralph Fiennes) em clima sombiro.
Logo se mostra o trio Harry (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Ron (Rupert Grint) recebendo as tais relíquias da morte, ou seja, as armas que Dumbledore deixou após ser eliminado. O clima entre eles chega a pesar, com Ron se deixando levar pelo ciúme. Mas a despedida só acontece em julho do ano que vem, com a parte final. (Ronaldo Victoria)

domingo, 28 de novembro de 2010

Cartas para Julieta

Amanda Seyfried: amor por escrito
Foto: AllMovie Photo
Quando um filme assume exatamente o seu estilo e que público quer agradar, ele se torna, além de muito mais simpático, bem-resolvido. É o caso dessa comédia romântica que não esconde em nenhum momento o fato de ser "filme de menina". Ao contrário, tem orgulho disso. Por isso, os meninos também podem apreciar, desde que não tenham preconceito.
A história fala sobre uma escritora frustrada, Sophie (Amanda Seyfried, que cresceu na carreira após Mama Mia), que trabalha como checadora em uma revista. Ela é noiva de um chef de cozinha, Victor (Gael Garcia Bernal), que há algum tempo não inclui romance na receita da relação.
Sophie vai para a Itália sozinha e descobre em Verona (cidade onde Shakespeare ambientou Romeu e Julieta) um grupo de mulheres que lê as cartas deixada por outras no suposto muro do balcão da personagem. Ela se interessa pela história de uma inglesa setentona, Claire (Vanessa Redgrave), que teve um amor de juventude com um italiano. Decide ajudá-la a achar o príncipe do passado. Mas o neto de Claire, Charlie (Christopher Egan), talvez a ajude a repensar sua vida morna. (Ronaldo Victoria)

sábado, 27 de novembro de 2010

Código de Sangue

Amigos reunidos: lealdade e vingança
Foto: Google Image
A velha e boa (às vezes nem tanto assim) lealdade masculina é o tema central deste discreto drama inglês, que não teve muito sucesso apesar do ótimo elenco. A seu favor existe a tradição de excelentes interpretações britânicas e um texto afiado. Mas pesa contra o fato de ter pouca gente no elenco e ter um clima mais fechado, teatral mesmo. Quem só gosta de filme agitado, logo sapeca o rótulo de "parado".
Parado? Talvez contemplativo. O que acontece é o abalo provocado em uma turma antiga de amigos quando um deles, Colin (Ray Winstone), descobre que está sendo traído. A esposa, Liz (Joanne Whaley) é fogosa e o amante, Mal (Stephen Dillane) é mais novo.
A união deles não significa que todos compartilham o mesmo estilo de vida, tanto que Meredith (Ian McShane) é um homossexual que coleciona rapazes. O roteiro é interessante, mas apenas o público que não espere adrenalina na tela vai curtir. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Construindo um Sonho

Irlan Santos: da favela para o mundo da dança
Foto: Google Image
Não estranhe se for difícil encontrar esse belo documentário nas locadoras. Problema de título. Acontece que ele foi lançado primeiramente com o mesmo nome que depois ganhou um quadro do programa de Gugu. Por isso acabou relançado como Só Quando eu Danço, tradução literal do original em inglês. Mas vale a pena a descoberta.
O filme realizado pela inglesa Beadie Finzi, e que foi exibido este ano no circuito comercial de Nova York, retrata a dura luta de jovens que sonham em sair dos morros cariocas para ser bailarinos. Centra na figura de Irlan, morador do Complexo do Alemão, uma das mais violentas favelas do Rio de Janeiro, e quer levar os pais junto com eles.
Também mostra Isabela, que frequenta as aulas do Centro de Dança e encara até o preconceito da professora, que diz ser difícil a vida de uma negra no balé clássico. No final, Irlan acaba enconrando o sucesso de forma mais rápida, e Isabela mostra seu lado guerreiro. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amigos para Sempre

Michael Flynn muda de vida por causa de um animal
Foto: Google Image
Este drama bem que poderia ser adotado e usado como exemplo pelas Sociedades Protetoras de Animais. Porque mostra uma pessoa mudando de vida (ou se permitindo mudar) por causa do amor a um animal, no caso uma loba com seus filhotes.
O ser humano em questão é o advogado Jim Crawford (Michael Flynn), poderoso advogado que sempre teve tudo na vida. Até que enfrenta a primeira rasteira do destino com a morte repentina da esposa. Então, sai da cidade grande e vai morar numa fazenda, perto de uma floresta.
É lá que descobre a loba com sua cria. Logo os filhotes ficam sozinhos, pois o terreno era ambicionado por uma grande imobiliária, e Jim, sem nenhum preparo, decide sem nenhum preparo levar os bichinhos para casa. Claro que sua vida muda. Como mensagem, a nota 10, como filme bem menos, mas acaba ficando com boa média. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Detonando Mussolini

Conrad Pla interpreta gângster em crise
Foto: Google Image
Este é um filme de orçamento baixo, um tanto alternativo, e que reúne no elenco Conrad Pla e
David Zayas. Os dois fazem geralmente papéis secundários em filmes de grande produção, como 16 Quadras, e atuam em séries como Law and Order, Dexter e CSI Miami. Fazem sempre ou bandidos ou tiras da pesada. E quando se uniram, Pla na direção e Zayas no elenco, fizeram um filme... de gângster, claro.
O personagem principal é Paul Choquino (Pla), ex-boxeador que decide financiar seu casamento tendo a péssima ideia de roubar um mafioso, Benito Bonacci, que tem o apelido de Mussolini (vem daí o título). Claro que dá tudo errado e quatro pessoas morrem.
E os bandidos começam a ir atrás dele, com destaque para Hector (Zayas), tipo bem sanguinário. Paul não sabe se é a máfia atacando ou se alguém de sua quadrilha o traiu, mas não quer pagar pra ver. Diversão rasteira. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Os Perdedores

Jeffrey Dean Morgan é o chefe da turma da pesada
Foto: AllMovie Photo
O maior erro dos produtores dessa aventura movimentada foi ter feito o lançamento quase simultâneo ao de Esquadrão Classe A, com quem guarda grandes semelhanças. Olha só a sinopse: trata-se de um integrante de uma força de elite das forças armadas americanas. Eles são mandados em missão secreta na Bolívia, mas lá são traídos por um vilão de quem só sabem o nome: max.
Sentiu as coincidências? Esse tipo de coisa vez por outra acontece em Hollywood e parece que só sobra espaço para um. No caso infelizmente aconteceu com o filme o que seu título previa. O que é um injustiça, já que faz uma mistura bem dosada de ação e comédia.
O elenco é muito bem escolhido com destaque para Jeffrey Dean Morgan como o chefe, Chris Evans na pele de um galão cômico e Jason Patric jogando a favor com sua canastrice para ser o vilão. Zoe Saldana, a mocinha de Avatar, vive com Morgan um casal em que se pode dizer que vive literalmente entre tapas e beijos. Descubra. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Barão Vermelho

Tomás Koutnik interpreta o jovem herói de guerra alemão
Foto: Google Image
O nome do Barão Vermelho virou lenda que permanece até hoje, tanto que foi personagem do desenho animado Corrida Maluca e banda de rock liderada por Cazuza. Mas pouca gente deve saber realmente quem foi esse jovem, para alguns um heroi para outros um vilão. Por isso vale a pena conhecer esse filme alemão, que conta com produção luxuosa.
Para começar, ele foi um aristocrata que lutou na Primeira Guerra Mundial e que tinha como nome verdadeiro Manfred von Richthofen. Notou a estranha coincidência? Nome idêntico ao do engenheiro assassinado a mando da filha Suzane. Convocado pela Força Aérea Alemã, ele logo marca presença pelo avião vermelho, pela ousadia e pelas baixas que impõe aos inimigos.
Porém, para o jovem tudo parecia um show de acrobacias, um número de circo. Logo ele cai na real ao ser ferido e ver a face verdadeira da batalha. Na fase adulta, é vivido por Mathias Scheighöfer. Joseph Fiennes faz participação como um capitão inglês. (Ronaldo Victoria)

domingo, 21 de novembro de 2010

O Guerreiro Silencioso

Mads Mikelsen: gigante de um olho só
Foto: Google Image
É um épico viking, ligado à mitologia do norte europeu. Só por aí já se vê que não é destinado a todos os públicos. É mais curtido pelos aficionados em produções como Matrix ou que aparentam ter uma mensagem bem mais profunda do que o real. Ou seja, misturam doses iguais de pretensão e aborrecimento.
Tanto que em fóruns sobre o filme pela internet, não houve meio-termo. Quem gostou, adorou. Já os outros não perdoam e malham sem dó. Tanto que não foi para as salas de cinema e saiu direto em DVD. Tudo se passa no norte da Europa mil anos antes de Cristo.
O personagem principal é One Eye (o dinamarquês Mads Mikelsen, que fez Igor Stravinski no filme sobre Chanel), um gigante de olho só e força descomunal. Ele é mantido preso até que ajudado por um menino, mata seu opressor e foge para um mundo novo. O problema é que, no final, fica difícil entender a mensagem. (Ronaldo Victoria)

sábado, 20 de novembro de 2010

Maré de Azar

Ben Affleck e Jason Bateman: vidinhas mais ou menos
Foto: AllMovie Photo
O título nacional dá bem a ideia do que acontece na vida do protagonista, o industrial Joel (Jason Bateman). Tudo de ruim acontece com o cara, que tenta se entender e achar uma saída, mas parece difícil. É o tipo de personagem tão azarado que chega a dar raiva no espectador. E, para piorar um pouco, o diretor, Mike judge, é criador de Beavis e Butt Head, informação que explica muita coisa: ou seja, ele não livra a cara de manés.
Além de enfrentar problemas na empresa de extratos vegetais (um funcionário está prestes a ganhar uma bolada de indenização), sua mulher entediada, Suzie (Kristen Wiig), tem um caso com Brad (Dustin Milligan), um gigolô estúpido que se disfarça de limpador de piscinas.
Acha pouco? Ele acaba se atraindo por Cindy (Mila Kunis), uma trambiqueira, e seu melhor amigo, Dean (Ben Affleck) é um barman chapado que parece não ter voltado ainda de Woodstock. Mas parece que essa desgraça tanta resulta numa bobagem. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Impacto Mortal

Sean Patrick Flannery: tira perseguido
Foto: Google Image
Até que ponto criatividade e imaginação são questões a serem levadas em conta pelo público que curte aventuras como essa? Parece que nem tanto. Há pessoas que gostam dessa zona de conforto cinematográfica, com produções que já parecem ter sido vistas antes e que não acrescentam muita coisa. Questão de gosto.
Veja só a sinopse. A vida do policial Thomas Armstrong (Sean Patrick Flannery), um cara intransigente com os outros e consigo mesmo, entra em crise quando ele se torna alvo de um assassino em série. E tudo se complica quando o bandidão volta para assombrar a vida da cidade onde o tira trabalha.
Na pele do serial killer, Joe Pantoliano faz pela enésima vez caras e bocas de perturbadão. É tudo previsível, mas talvez seja isso que atraia, vá saber. De qualquer maneira, dificilmente alguma cena marcará depois do tempo de projeção. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sede de Sangue

Ok-Bin Kim e Kang-ho Song: vidas atormentadas
Foto: Google Image
Você assistiria a um filme sobre um padre coreano que vira vampiro? Proposta quase indecente, nesses tempos que o hype é ver Edward e Bella sofrendo por amor (e sem fazer sexo). Para começar, é preciso ter passado há muito da adolescência, pois essa é uma produção adulta e que chega a perturbar.
O responsável é Park Chan-wook, criativo cineasta e autor de filmes como os que ele mesmo chamou de trilogia da vingança: Old Boy (magnífico), Mister Vingança e Lady Vingança. Aqui o tema parece mais ser a culpa e não a propósito, o personagem principal, Sang-hyeon (Kang-ho Song), e católico, e ainda mais, padre.
Um dia ele torna-se voluntário de um projeto científico, para ajudar a criar vacinas a um vírus mortal. Mas morre e ressuscita como vampiro, assim que recebe uma tranfusão de sangue. Sua nova vida então se cruza com a de Tae-ju (Ok-bin Kim) e vira um carrossel de emoções. Mas não é para todos os públicos. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Uma Socialite em Apuros

Sarah Chalke (a segunda) interpreta a heroína
Foto: Google Image
Ninguém vai achar ruim se a gente disser que esse produto é um típico filhote da série Sex and the City. Parece, e muito, pois as personagens são todas na faixa dos 30, doidas para arrumar um homem sério e encher o armário de roupas e sapatos. A coincidência é até numérica, já que são quatro amigas.
A protagonista é Clarissa (Sarah Chalke), que entra em crise quando completa 32 anos, apesar de jurar ter apenas 28. Ela é cerimonialista, conhece todo o mundo fashion de Los Angeles, mas ainda vive às custas do papai. Até que decide encontrar a salvação para sua vida: um marido, claro.
Acontece que o eleito, Aaron (Philip Winchester), não é bem aquilo que ela esperava. Claro que no final a moça amadurece à força e deixa de lado o jeito fútil de ser. É bastante agradável, apesar da longa duração (três horas), já que se trata de uma minissérie de dois capítulos. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Red - Aposentados e Perigosos

Helen Mirren e John Malkovich: coroas bom de briga
Foto: AllMovie Photo
O título em inglês é na verdade uma sigla para Retired Extremely Dangerous. Ou seja, a trama reúne agentes da CIA aposentados que ainda não se acostumaram com o pijama. E que voltam à ativa com tudo se percebem que a nova situação da agência de espionagem está passando dos limites.
É o que com Frank Moses (Bruce Willis), cuja distração única tem sido conversar pelo telefone com Sarah (Mary-Louise Parker), agente do INSS americano que cuidaria de sua situação. Mas ele precisa entrar em contato com armas e o instinto briguento quando descobre uma conspiração ligada à atuação na América Central nos anos 80 e chega até o vice-presidente.
Também entram em ação Marvin (John Malkovich), Joe (Morgan Freeman) e Victoria (Helen Mirren). A direção e o roteiro entram num ótimo clima de cinismo inteligente e a classe do elenco ajudam ainda mais. O resultado é uma diversão adulta e de classe, raridade no circuito comercial. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Muita Calma Nessa Hora

Débora, Fernanda, Giane e Andréa: amigas unidas
Foto: Google Image
Não espere muita sutileza dessa comédia produzida por Bruno Mazzeo, filho de Chico Anysio que anda cada vez mais em alta. Aliás, não aguarde nenhuma, a ponto de ver cenas como aquela em que os equipamentos ficam cobertos de "vumito". A propósito, a discussão sobre a submissão do cinema comercial brasileiro à estética televisiva, depois dessa, caducou. Quer dizer, a televisão ganhou.
Somente quem se dispuzer a deixar de lado essas implicâncias vai curtir. E até ver que o texto é leve e divertido e, apesar dos exageros, não ofende ninguém. A história está centrada na busca de quatro amigas para se acertar no amor. Tita (Andréa Horta) acabou de ser traída, Mari (Giane Albertone) cansou de ser cantada e Aninha (Fernanda Souza) não sabe bem o que quer da vida.
O trio resolve aproveitar uma casa em Búzios, que seria usada para a lua-de-mel de Tita, e no caminho cruza com Estrela (Débora Lamm), hippie que vive carregando uma samambaia. Não lhe acrescenta nada, mas também não rouba uma hora e meia à toa. (Ronaldo Victoria)

domingo, 14 de novembro de 2010

O Sabor de uma Paixão

Brittany Murphy entra na cultura oriental
Foto: Google Image
Com a morte prematura (aos 32 anos) da atriz Brittany Murphy, muitas distribuidoras de DVD nacionais entraram numa disputa algo macabra para anunciar que seria "o último filme" da atriz. Pela cronologia do IMDB (Internet Movie Database), maior site mundial especializado em cinema, este aqui, realizado em 2008, não seria.
O fato, porém, é que é uma comédia agradável, sem muitos atrativos além do fato de ser quase totalmente rodada em Tóquio. A personagem de Brittany é Abby, que vai para o Japão mas é abruptamente abandonada pelo namorado numa terra distante.
Em depressão e sem saber o que fazer, começa a prestar atenção num restaurante vizinho de sua casa. Pensa em se tornar uma chef especialista em ramen, o macarrão japonês. Oferece-se para trabalhar de graça, mas precisa aguentar o mau humor do dono, com quem no final aprende mais sobre a vida. Deixa um sabor triste pelo que aconteceu com a jovem atriz. (Ronaldo Victoria)

sábado, 13 de novembro de 2010

As Gatinhas do Sul

Anna Faris em cena: ô vidinha besta!
Foto: Google Image
Demorou para chegar ao mercado de DVD brasileiro (a realização é de 2005) esta comédia americana que retrata, com olhar bem crítico, um certo jeito sulista de ser naquele país. A demora talvez se justifique porque o humor é aquele tipicamente americano, em que a visão para os "perdedores" no fundo é um pouco ácida. E a produção é bem modesta, o que talvez não agrade gente que adora desperdício de efeitos em cena.
As gatinhas do título são Belle (Anna Faris, boa atriz que ficou especialista em viver loiras sem noção em comédias como Todo Mundo em Pânico) e Bell (Laura Breckenridge, que ficou mais em seriados para a TV americana). Elas moram numa pequena cidade na Geórgia, numa área de trailers.
Trabalham como balconistas e, nas horas de folga, além de beber cerveja, sonham com o dia em que irão para Atlanta. Enquanto isso, aturam os namorados broncos e se envolvem com um policial galã chamado Rhett Butler (Justin Chambers) que, para quem não sabe era o nome do personagem masculino de E o Vento Levou. Para risos esparsos. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Astro Boy

Garoto surge para substituir filho de cientista
Foto: Google Image
A realização do desenho animado é americana, mas seu conceito e origem são totalmente japoneses. Astro Boy é um mangá (espécie de gibi oriental) criado em 1952 por Osamu Tezuka. Ganhou status de cult em 1963, quando virou desenho para a televisão, mais ou menos na mesma época que Nacional Kid.
A história já falava naquele tempo de respeitar o planeta e tentar entender as nossas diferenças. Tanto que o personagem principal, o cientista Doutor Tenma, vive como todos numa nuvem em cima da Terra, que foi explorada como nunca e teve seus recursos esgotados.
O conflito principal, porém, é a perda do filho ainda criança. Utilizando todo seu conhecimento, ele cria uma cópia do menino, o tal Astro Boy, mas logo percebe que ele nunca conseguirá substituir o afeto humano. A missão de Astro Boy é triste, recuperar o amor que a criatura sente pelo seu criador. Na versão original, Nicolas Cage dubla o cientista e Freddie Highmore é o menino. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A Filha do Pastor

Letoya Luckett interpreta jovem sonhadora
Foto: Google Image
Se você não gosta do estilo gospel e não suporta aquelas músicas um tanto gritadas que falam sobre religião, por que diabos (opa, desculpa!) iria alugar esse filme, não? Até pelo título, é uma produção que não esconde nada do que deseja transmitir. O roteiro, aliás, parece a enésima versão da fábula do filho pródigo e mostra que "nada vale o lar da gente".
A menina do pastor evangélico é Angie (Letoya Luckett, que participou da primeira formação do Destiny Child ao lado de Beyoncé). Cansada de ser a queridinha do papai e fazer sucesso apenas na igreja batista da cidade, um dia ela resolve se aventurar.
Vai para uma cidade maior, onde assiste a um show e se apaixona por Devlin (Thank), um cantor evangélico que tem bela voz mas é mais cafajeste que um gangasta rapper. Ao lado dele, Angie (notou a mensagem do nome?) vive um inferno e perde a auto-estima. O final, claro, você já adivinha. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Para Sempre Vencedor

Sean Faris entre o esporte e a cadeia
Foto: AllMovie Photo
Este é o tipo do filme fácil de agradar. Nos comentários de leitores em sites sobre cinema, ele tem "bombado", recebendo quase unanimimante a cotação "ótimo". O segredo? Além do fato de ser simples e direto, o roteiro usa o esporte (apesar de ser o rugby, modalidade não muito apreciada por aqui) para falar de superação e vontade de vencer. Soa irresistível.
A história fala sobre Rick (Sean Faris), jogador que é igual dentro ou fora do campo: ou seja, briguento, arrojado, quase autodestrutivo. Talvez por isso, se envolve num acidente e vai parar na cadeia. Lá conhece Marcus Tate (Sean Astin), que lhe oferece a chance de jogar pelo seu antigo time rival.
De volta mas em baixa, ele precisa aprender várias lições. Uma delas é saber lidar com os companheiros, nem todos de boa índole. A outra é coneseguir reconquistar o apoio do pai, treinador da outra equipe e agora seu adversário. Quem gosta de esporte ou curte histórias "motivacionais", aquelas que nos dão toques para controlar as emoções, tem tudo para virar fã. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um Parto de Viagem

Robert Downey Jr. e Zach Galifianakis: dupla hilariante
Foto: AllMovie Photo
Duas questões podem ser discutidas a respeito deste filme: originalidade e fórmula. Vamos explicar. A primeira se deve ao fato de a sinopse e o estilo lembrar muito a comédia dos anos 80, Antes só que Mal Acompanhado, em que um cara certinho (Steve Martin) precisava aturar um malucão (John Candy) durante uma viagem. A segunda é que fica claro que o diretor, Todd Philips, quis continuar o sucesso que conseguiu com Se Beber não Case.
Resposta para as duas: e daí? E daí se o resultado é ótimo, se a comédia consegue fazer com que o público ria o tempo todo, sem cair na vulgaridade. Isso apesar de um personagem gostar muito e ter um cachorro que também curte masturbação. Pode?
Tudo começa quando o estressado executivo Pete (Robert Downey Jr.) precisa voltar para casa, já que sua mulher está prestes a dar à luz (vem daí o título brasileiro). Mas ele tem o azar de cruzar com o atarantado Ethan (Zach Galifianakis), que torna a viagem uma sucessão de loucuras. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Juntos pelo Acaso

Katherine Heigl e Josh Duhamel com o pequeno presente
Foto: AllMovie Photo
A fórmula das comédias românticas continua funcionando no cinema americano, mas com variações em volta do mesmo tema básico. Sempre há um casal que não se suporta no início e que, claro, se apaixona no final. Senão, que graça teria? É o tipo de atração que todo mundo sabe como termina. E tudo bem, caso contrário, vamos ver um suspense, não?
Dentro da linhagem, a loira Katherine Heigl vem disputando com Jennifer Aniston o título de nova Meg Ryan do estilo. Ela alterna parcerias ótimas (com Gerard Butler em A Verdade Nua e Crua) e equivocadas (com Ashton Kutcher em Par Perfeito). Essa, com Josh Duhamel (que veio ao Brasil acompanhar a mulher, Fergie), fica no meio termo.
Eles são os melhores amigos de um casal que tenta uni-los, mas a experiência é frustrante. Quando a dupla morre, vem a surpresa: o testamento dos pais indica que eles terão de cuidar juntos de uma menina recém-nascida. Vale pelos momentos "fofinhos". (Ronaldo Victoria)

domingo, 7 de novembro de 2010

Tiras em Apuros

Tracy Morgan e Bruce Willis: policiais em crise
Foto: AllMovie Photo
É uma comédia dirigida por Kevin Smith, diretor que recentemente se envolveu em algo chato nos Estados Unidos: ele foi barrado por uma companhia aérea por ser gordo. Pior que foi real, algo que ele nunca usaria em filmes seus como O Balconista, Menina dos Olhos e Pagando Bem, Quem Mal Tem?
Smith apareceu nos anos 90 com um tipo de produção barata, com atores que fazem parte de sua turma e um humor com um pé na acidez. Aqui ele revisita o velho estilo da dupla de policiais que encara um crime da pesada. Fiel ao jeito masculino de encarar o mundo, o motivo do crime está ligado a uma velha figurinha de beisebol de 1952.
A dupla é interpretada por Tracy Morgan, considerado revelação cômica americana, e por bRuce Willis, que faz mais uma vez uma autoparódia do tipo que o consagrou. As piadas estão mais ligadas à rotina e ao medo do policial mais jovem de ser traído. O título original era A Couple Of Dicks, que poderia ser no figurado dupla de idiotas ou no literal dupla de pênis. Mas a Warner mandou trocar. Aqui ficou o básico "em apuros". (Ronaldo Victoria)

sábado, 6 de novembro de 2010

Max Manus, o Homem da Guerra

Aksel Hennie em cena: luta com sentido
Foto: Google Image
É sintomático a gente observar como os filmes de guerra que retratam conflitos atuais (especialmente no Iraque) não conseguem seduzir o público, enquanto a velha (e não vamos cometer a besteira de dizer "boa") Segunda Guerra Mundial chama a atenção. Elementar, meus caros: havia antes algum sentido (se é que guerra tem sentido, mas isso é outra discussão). Mas era fácil identificar quem era o mocinho, quem era o bandido.
Por isso esse filme norueguês soa tão bacana e faz com que a gente fique preso a cada minuo. Max Manus, interpretado por Aksel Hennie, é de fato o homem da guerra que o identifica o título. Primeiro ele luta contra os comunistas na Finlândia, depois enfrenta os nazistas na Segunda Guerra.
Esta parte, aliás, é a que gera cenas mais empolgantes, mostrando como ele perde a maioria dos amigos mas não desiste. Para ser descoberto. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Grande Dia

Casamento islandês termina em barraco
Foto: Google Image
O que você conhece da Islândia, além da cantora Bjork e daquele vulcão de nome impronunciável? Então dê-se ao luxo de descobrir essa comédia muito divertida. O tema, claro, é o casamento, e toda a sua ligação com a família. O resultado fica num nível próximo a de filmes que investem na sátira corrosiva como o italiano Parente é Serpente, de Mario Monicelli, e o americano Cerimônia de Casamento, de Robert Altman.
O início é tranquilo, mostrando os preparativos para a união de Inga (Nanna Kristin Magnunsdottir) e Badir (Björn Hlynur Haraldsson). A noiva queria uma cerimônia charmosa, então escolheu uma pequena igreja rural. Com isso, saem dois ônibus, cada um para uma família. Só que parece que apenas a família do noivo guardou o caminho.
Enquanto os dois veículos se perdem e não acertam, as famílias começam a lavar toda a roupa suja guardada, por conta do estresse. Brigas viram guerras, casais não se entendem, gays saem dos armários, filhos se revoltam com os pais... Enfim, quem diria que num lugar frio como aquele (aliás, as paisagem são bens bonitas) os barracos não são quentes? (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vírus

Lou Taylor Pucci e Chris Pine: fuga apocalítpica
Foto: AllMovie Photo
Já existe, dentro do gênero terror adolescente, um subgênero que pode ser chamar filme de vírus, de doença mortal, de praga que vai destruir toda a humanidade e não sobrar ninguém para a contar a história. O resumo já mostra bem o que os roteiros contam, com pequenas ou grandes variações.
Este aqui fala de um vírus bem mortal, daqueles que se transmite pelo ar e de contágio bastante forte. O mundo ficou de cabeça para baixo e quem não está infectado tenta encontrar um lugar seguro (e sem contato humano). A história mostra quatro jovens em retirada: os irmãos Brian (Chris Pine) e Danny (Lou Taylor Pucci) e as respectivas namoradas Bobby (Piper Perabo) e Katy (Emily Van Camp).
O que o resultado tem de diferente dos meros filminhos de susto é que aborda também questões profundas como a ética e a solidariedade. Afinal, quem se contaminou é abandonado. E há também um toque de humor nos desenhos das máscaras. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um Conto de Natal

Mathieu Amalric e Catherine Deneuve: parente é serpente
Foto: Google Image
Não se deixe enganar pelo título aparentemente meigo desse drama francês. Tudo se passa às vésperas do Natal, mas o encontro familiar gera muito mais farpa e veneno que amor. Coisa do diretor Arnaud Desplechin que, em sua obra anterior, Reis e Rainha, falava de um pai que confessava sinceramente odiar a filha.
Aqui a mãe ferina é Catherine Deneuve, que destila frigidez em cena. Ela ama o filho mais velho, que adoece de leucemia e ninguém da família é compatível. Então, gera um caçula apenas para salvar o adorado da mamãe. Só que ele não é compatível e o primogênito morre.
Para a mãe, Henri (Mathieu Amalric) se torna um fardo, uma pessoa que nunca conseguiu amar. Por uma ironia da vida, ela adoece e a única pessoa compatível é justamente Henri. Começa um amargo acerto de contas, com fel para todos os lados. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Bela Junie

Louis Garrel e Lea Seydoux: relação conturbada
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Existem personagens femininas que despertam sentimentos conflitantes, caso da Capitu de Machado de Assis ou da Madame Bovary de Gustave Flaubert. Este filme francês tem como heroína alguém assim, do livro La Belle Personne, de Christopher Honoré. Ela é a Junie, vivida por Lea Seydoux, que parece passear pelo mundo sem perceber o mal que às vezes provoca. Tem horas que dá uma raiva!
Junie perde a mãe e vai estudar no mesmo colégio em que está o primo Matthias (Estevan Carvajal-Alegria). Logo chama a atenção de toda a classe, especialmente do belo e tímido Otto (Gregóire Leprine-Ringuet). Mas também desperta a atenção do professor de italiano, Nemours (Louis Garrel).
O final é trágico, o que levanta algumas questões. Será que Junie é apenas uma sonsa dissimulada que gosta de fazer sofrer os homens, ou ela não tem culpa de que o gênero masculino insiste em possuir o que ama? Bom tema para uma discussão a dois. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma Canção de Amor

Lizzie Brochère e Olympie Borval: mundos oprimidos
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Falar da opressão à mulher nos países de maioria islâmica pode parecer lugar-comum, mas sempre rende drama. Neste caso deu origem a uma história bastante sensível, que retrata duas amigas justamente na passagem pelo momento mais crítico, que é o fim da adolescência para a chegada na idade madura.
São duas garotas de 16 anos - Nour (Olympie Borval) e Myrim (Lizzie Brochère) - que vivem na Tunísia em 1942 numa modesta vizinhança onde judeus e muçulmanos ainda vivem em perfeita harmonia. Acontece que secretamente uma deseja a vida da outra.
Enquanto Nour lamenta não poder ir para a escola, Myriam inveja o relacionamento da amiga com Khaled (Nagib Oudguri). Acontece que a mãe de Myriam, endividada, é obrigada a dar a mão da filha para um rico médico quarentão, Tita (Karim Albou). Ou seja, de qualquer forma, a vida das moças nunca é fácil. (Ronaldo Victoria)