quarta-feira, 31 de março de 2010

Virgem em Apuros

Jenna Dewan: garota à beira de um ataque de nervos
Foto: Google Image

O título, a temática e a presença no elenco de Rob Schneider (que trabalhou em "coisas" como Gigolô por Acidente e O Animal), tudo isso faz prever que se trata daquelas comédias em que o mau gosto domina da primeira à última cena. Nem tanto. Está certo que não é nenhuma beleza, mas até que permite pensar em algumas coisas importantes.
Desta vez Schneider não "atrapalha" tanto porque nem é o ator principal. Ele vive um tipo com o qual está acostumado, um produtor de filmes eróticos chamado Ed Curtzmann, que tem obsessão por seios grandes (típico americano médio). A história central é mesmo de Priscila (Jenna Dewan), garota que entra num daqueles grupos comuns no interior americano em que os adolescentes proclamam a decisão de só transar depois do casamento.
Há boas cenas daqueles bailes em que as garotas renovam os votos de, ao lado de papai, se manterem castas até o altar. O que é real e tristemente engraçado. Até que, ao entrar na faculdade, Priscila descobre que é tudo uma farsa e que seu futuro marido (que, claro, jurou a mesma coisa) é um galinha. Aí ela decide recuperar o tempo perdido. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 30 de março de 2010

Tsunami - A Fúria do Oceano

Disaster movie relata tragédia em cidade do litoral tailandês
Foto: Google Image

Opção das mais curiosas nas locadoras de DVD, é um disaster movie realizado na Tailândia. O roteiro não pretende ser uma adaptação fiel do cataclisma que vitimou o sudeste asiático no dia 26 de dezembro de 2004. Ao contrário, a história é bem fantasiosa e tem até uma característica interessante: tem estilos diferentes em cada parte.
O início parece comédia, e prova que os tailandeses, especialmente as mulheres, são orientais de sangue quente. É uma gente agitada, que fala mais que a boca e sempre pronta a aprontar um barraco. Há várias histórias que se cruzam, como a do casal que não se sente (ele é pescador, ela é dona de restaurante), a mãe brava que não aceita a passividade do filho, e o chefe de segurança que mal conhece a filha.
Lá pela metade, aparecem as ondas gigantes na cidade costeira. Elas surgem a partir do litoral do Japão, mas as autoridades —— como é clichê nos filmes ocidentais e se repete aqui —— não dão a menor confiança. Quando o desastre acontece, os efeitos especiais não deixam a desejar. Dá para se divertir sem compromisso. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Prisioneiros da Magia

David Kross interpreta o herói aprisionado
Foto: Google Image

Opção diferente nas locadoras, é uma aventura alemã ambientada na Idade Média, com bons atores e clima interessante. O título original é Krabat, nome do herói adolescente vivido com intensidade por David Kross. Mas o nome nacional é bem fiel ao espírito da história, o que é uma novidade.
As primeiras cenas mostram Krabat e seus irmãos menores perambulando pela Alemanha em busca de comida e de sobrevivência. Até que o rapaz ouve um chamado e vê criaturas que o convidam para um moinho. Deixa suas companhias e vai em busca do lugar. É um território em que vivem apenas rapazes, 12 no total, comandado com mão de ferro pelo Mestre (Christian Redl).
Não tarda para Krabat descobrir que eles estão enclausurados num lugar de onde não podem fugir. Pior, os prisioneiros ficam brigando entre eles para ver quem será "o próximo", como dizem. É que quando o feiticeiro do mal começa a dar sinais de envelhecimento, um deles morre para que ele retorne remoçado. No elenco, Daniel Brühl, o ator alemão mais famoso do momento, tem destaque como Tonda, o amigo de Krabat. A descobrir. (Ronaldo Victoria)

domingo, 28 de março de 2010

Mergulho Radical 2

Chris Carmack, Laura Vandervoort, David Anders e Marsha Tomason
Foto: AllMovie Photo
Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar (de novo) seu valor? Quase, nessa segunda vez eles continuam desfilando mesmo a grande beleza e o talento bem menor. A primeira aventura, lançada há quatro anos, trazia Paul Walker e Jessica Alba. Esta tem Chris Carmack e Laura Vandervoort, que não ficam a dever nada em termos de estampa, o que acontece em carisma.
De qualquer maneira, quem aluga um filme como esse quer ver gente bonita e lindas tomadas submarinas, o que tem de sobra. Os personagens principais não são os mesmos da aventura anterior. Sebastian e Dani vivem como mergulhadores no Havaí, mas o grande sonho é encontrar restos de um navio naufragado no século 16. Enquanto isso não acontece, aceitam encomendas.
Até que aparece um misterioso casal, Carlton (David Anders) e Azra (Masha Tomason, de Lost). Eles parecem gente boa, tudo corre normalmente, quase acontece um swing, mas o que a dupla quer mesmo é bem mais pesado do que supunham. Para ver numa tarde chuvosa. (Ronaldo Victoria)

sábado, 27 de março de 2010

Faces da Verdade

Kate Beckinsale entre o poder e a responsabilidade da imprensa
Foto: AllMovie Photo
É um drama político vigoroso e que faz uma reflexão, ao mesmo tempo dura e amarga, sobre o poder e a responsabilidade da mídia. A heroína, vivida por Kate Beckinsale, é Rachel Armstrong, uma jornalista que vai para a cadeia ao se recusar a tornar público, em tribunal, a fonte de uma matéria importante que abalou a política americana. Ou seja, ela não contou quem foi a pessoa que lhe repassou as informações que foram publicadas.
É uma questão bastante séria, e a forma como o roteiro coloca, por conta da intransigência de um promotor, Patton Dubois (Matt Dillon), fica evidente o abuso e o uso da força para conter a liberdade da imprensa. Ao mesmo tempo, o filme conta ponto por relatar também como a denúncia mudou a vida da acusada, Erica Van Doren (Vera Farmiga, candidata ao Oscar este ano por Amor sem Escalas), acusada de ser espiã da CIA em caso internacional.
Sem esquecer de contar como o ano em que passa na cadeia, junto com presas comuns, faz com que a vida de Rachel vire de pernas para o ar, até com o abandono do marido, Ray (David Schwimmer, o Ross de Friends). No final, a revelação de quem era a “fonte” tem tudo para surpeender. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pacto Secreto

Turma de patricinhas tenta acobertar crime
Foto: Google Image
Os filmes de terror para adolescentes continuam sendo realizados aos montes, mas a criatividade dos roteiros, ó, sumiu faz tempo. Pode-se apelidar alugumas dessas produções como Eu Copiei o que Vocês Fizeram na Temporada Passada. Nada se cria, tudo se copia. É o caso desse terror B todo centrado no universo feminino, mais especificamente no mundo de meninas de uma daquelas fraternidades das universidades americanas de elite. Ou seja, patricinhas em fúria.
A história começa com uma brincadeira em que uma das garotas quer se vingar do rapaz que lhe deu o fora. Durante uma sessão de sexo, filmada por quatro amigas, ela finge que morreu para dar um susto no cara. Porém, o idiota acaba matando a menina de verdade. Para não terem problema, as "amigas" (mui amigas!) enterram o corpo. Mas logo a falecida começa a dar toques e promover matança. Parece ou não Eu Vi o que Vocês Fizeram no Verão Passado?
Entre as garotas, há a loira falsa metida a chefona, Jessica (Leah Pipes); a mocinha que tenta consertar o estrago, Cassidy (Briana Evigan); e a excluída e virgem, Ellie (Rummer Willis, a filha sem graça de Demi Moore e Bruce Willis). Porém, se você tiver mais de 15 anos, dificilmente achará muita graça. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Matadores de Vampiras Lésbicas

Matthew Horne e James Corden: cuidado com os pescocinhos
Foto: Google Image

Com um título como esse, você vai esperar o quê do filme? Se alugar o DVD pensando em algo que tenha um pouco de bom gosto, o problema é seu. A comédia não disfarça que faz do humor negro seu destaque e que não evita o que a moçada chama de trash. Aliás, mergulha. A diferença é que, ao contrário de outras produções que se esquecem de um mínimo de inteligência, o resultado até que não chega a ser tão ofensivo.
Porém, é claro que não se recomenda a pessoas mais sofisticadas —— ou que se fazem de elegantes. É indicada para quem curte rir sem compromisso. Os "heróis" são dois estudantes nerd em crise de identidade e de rumo na vida. O gordinho Fletch (James Corden) perdeu o emprego e o tímido Jimmy (Matthew Horne) a namorada.
Com as férias chegando e sem ter o que fazer, a dupla decide apssar um final de semana no campo tomando cerveja e respirando. Acontece que dão de cara com uma van empacada e com quatro lindas mulheres a bordo. Vão salvar as meninas, crente que se darão bem. Mas nem imaginam que elas pertencem à cruel linhagem das vampiras lésbicas assassinas. Leve a sério se for capaz. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Os Vigaristas

Adrien Brody, Rachel Weisz e Mark Ruffalo: trio aventureiro
Foto: AllMovie Photo

Filmes que falam sobre a vida de trapaceiros têm de ter reviravoltas, com golpes em que um passa a perna no outro, certo? Por isso não adianta reclamar que essa produção, que não teve muito sucesso nos cinemas e chega agora em DVD, tenha um final um tanto lugar-comum. Não é isso que a gente espera? E não se quer também um roteiro esperto, ótimos atores e locações bonitas? Então, a produção cumpre o que promete.
A história fala sobre dois irmãos, Bloom (Adrien Brody) e Stephen (Mark Ruffalo). Órfãos, eles são criados juntos de casa em casa, passam por vários lares e só conservam o afeto um pelo outro. Acabam entendendo que não existe outra maneira de sobreviver do que dar golpes em pessoas ricas. O problema é que Bloom entra em crise, parece cansado dessa vida, mas Stephen quer prosseguir.
Ao lado de uma parceira que não fala mas age demais, Bang Bang (Rinko Kikuchi), eles escolhem a vítima ideal: Penelope (Rachel Weisz), herdeira cheia de problemas. O trio acompanha a moça por vários locais, como Grécia, Montenegro, Romênia e República Checa, até que chega a hora de os irmãos acertarem suas diferenças. Com Bloom apaixonado por Penelope, eles dão ou não o golpe? (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 23 de março de 2010

Lula, o Filho do Brasil

Rui Ricardo Dias: protagonista sem brilho
Foto: Google Image

O filme que estreou no primeiro dia deste ano foi o campeão na categoria "não vai e não gostei" em boa parte da imprensa. Tudo porque foi considerada muito suspeita a forma como o produtor (o onipresente Luis Carlos Barreto, o Barretão) conseguiu arrecadar dinheiro por conta da renúncia fiscal. Mais que isso, acharam que o drama seria uma forma de manter em alta o nome do presidente e ajudar na eleição. É fácil classificar essas acusações de bobagem, acontece que mesmo assim fica difícil elogiar o filme.
Não se trata de dizer que é oportunista, chapa-branca. Mas sim que é fraco, que o retrato que pintam de Luiz Inácio Lula da Silva, além de soar falso, é pequeno. Lula parece ser uma pessoa muito maior do que aquela que apareceu na tela. E o fato de a base ser a biografia autorizada da jornalista Denise Paraná, muito reverente, não ajuda em nada.
Para complicar, a direção de Fábio Barreto é sem inspiração, enche a tela de clichês que supostamente emocionariam a platéia (o que não aconteceu). Rui Ricardo Dias não brilha na pele do protagonista, o que não chega a surpreender. E nem mesmo uma estrela como Glória Pires consegue dar uma dimensão maior a Lindu, a mãe de Lula. Foi fracasso nos cinemas, resta esperar o que acontece em DVD. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Lembranças

Emilie de Ravin e Robert Pattinson: história de amor frágil
Foto: AllMovie Photo

Atual queridinho das adolescentes por causa da saga Crepúsculo, o inglês Robert Pattinson não vai ser um galã de verdade se continuar escolhendo filmes como esse. Vamos dar um desconto por ser sua primeira escorregada fora da saga. O fato é que o drama romântico não seduz as adolescentes que vibram com o vampiro Edward e muito menos o público que não liga para o fenômeno adolescente.
O primeiro porblema é que seu personagem, Tyler, parece ser um rebelde sem causa e sem mais o que fazer além de reclamar da vida. Briga com o pai milionário (Pierce Brosnan), curte depressão por causa do irmão que se matou, vive numa espelunca apesar de ser rico, fuma e bebe como ninguém. Um dia aparece em sua vida Ally (Emilie de Ravin, a Claire de Lost).
Ele decide seduzir a garota por causa de uma aposta com seu amigo Aidan (Tate Ellington), pois ela é a filha do policial que o prendeu. O problema é que vira amor de verdade. Tudo acontece de forma fria e sem marcar o espectador. O final ainda tenta emocionar com um acontecimento marcante na época em que se passa a história (setembro de 2001), mas nem isso reverte o quadro. (Ronaldo Victoria)

domingo, 21 de março de 2010

Perseguindo um Sonho

Algenis Perez Soto encara o desafio do beisebol
Foto:
Você sabia que a República Dominicana, país da América Central, é um dos maiores “fornecedores” de craques para os times de beisebol norte-americanos? Tanto é assim que muitas equipes mantém centros de treinamento no local, preparando os rapazes não só para o esporte, mas para a vida nos Estados Unidos. Deve ser difícil saber, já que nós, brasileiros, temos pouco ou nenhum interesse pelo esporte. O que diminui o interesse por esse drama, que fica apenas na linha de louvar a superação de obstáculos.
O personagem principal, verídico, é Miguel Santos (Algenis Perez Soto), conhecido como Sugar, título original do filme. O apelido se deve às bolas “açucaradas” que manda para os parceiros de time.
Sua chance de ouro acontece quando é contratado por uma pequena equipe de Iowa, o que poderá chamar a atenção dos clubes da liga principal. São bacanas as cenas de choque cultural entre ele e o casal de fazendeiros caipira que o acolhe. Mas a jornada de Sugar será mais dura do que imaginava. Ou seja, ele enfrentará problemas nada doces... (Ronaldo Victoria)

sábado, 20 de março de 2010

Fúria pela Honra

Meryl Streep e Liu Ye: tragédia na universidade
Foto: Google Image
A primeira coisa que chama atenção nesse drama é entender porque a estrelíssima Meryl Streep, para muitos a atriz mais conhecida hoje em dia no cinema americano, aceitou fazer um papel tão secundário. Nem mesmo o enorme talento e o inegável carisma de La Streep fizeram com que sua atuação brilhasse.
Sua personagem é Joanna Silver, socialite e espécie de patronesse de uma a universidade americana que serve de guia para jovens estudantes estrangeiros. Ela se torna apoio de Liu Xing (Liu Ye), o chinês que é o verdadeiro astro do filme. Ele começa otimista seus estudos sobre a origem do Universo, ampliando a teoria do Big Bang, e chega às tais “matérias escuras” (Dark Matter é o título original).
Porém, esbarra em algo muito sério no meio acadêmico em qualquer parte do mundo, e principalmente nos Estados Unidos: a inveja, a competição desenfreada. De amigo no início, o chefe de departamento Jacob Reiser (Aidan Quinn), passa a ser seu inimigo. O que desencadeia o final trágico, previsto pelo título nacional bobo. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 19 de março de 2010

O Segredo do Vale da Lua

Dakota Blue Richards enfrenta perigosa maldição
Foto: Google Image

Enquanto não chega às telonas a esperadíssima versão de Tim Burton para Alice no País das Maravilhas, esta fantasia infantil pode ser uma alternativa. Claro que vamos guardar as devidas proporções: está longe de ser uma superprodução nem tem um décimo do carisma de Alice, mas tem lá seu encanto. A heroína também é uma menina perdida entre a descoberta do mundo dos adultos, e o resultado tem tudo para agradar públicos de todas as idades.
Conta a história de Bella (Dakota Blue Richards), órfã de 13 anos que precisa abandonar sua casa luxuosa depois de descobrir que o pai irresponsável perdeu tudo no jogo. Acostumada com mordomias e luxo, a típica patricinha inglesa do século 19 vai parar na casa do tio, Benjamin (Ioan Gruffud, de Quarteto Fantástico). Ele é um homem amargurado e ranzinza que perderu seu grande amor, Loveday (Natasha McElhone).
Na nova casa, Bella descobre a maldição do Vale da Lua, que atingiu duas famílias durante muito tempo. Só que o feitiço durará 5.000 luas cheias, período que está perto de terminar. Para romper o feitiço, a menina só contará com apoio de um cozinheiro maluco e de sua babá solteirona. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Aprendendo a Amar

Til Schweiger vive um fútil repórter sensacionalista
Foto: Google Image

É uma raridade no mercado brasileiro a chegada de uma comédia romântica alemã. Isso porque para a gente o cinema da Alemanha está mais identificado com filmes densos e sérios, principalmente aqueles que falam sobre o nazismo, um fantasma que teima em não morrer. Esse filme, que tem um título estranho —— no original é Keinohrsen, traduzido para o inglês com Rabbit Without Ears, ou seja, coelho sem orelhas ——, é estrelado e dirigido pelo galã Til Schweiger, que alguns já chamaram de Brad Pitt alemão. Curioso que os dois trabalharam juntos em Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino.
Na história, ele vive Ludo Decker, fútil repórter sensacionalista que mora em Berlim. Sua rotina diária é espionar e descobrir fofocas das celebridades para um tablóide. Ludo também se aproveita do seu trabalho para conquistar as mulheres, além do fato de ser bonitão. Quando Ludo e seu fotógrafo espionam uma festa de noivado, eles quebram o domo de vidro da casa por acidente e caem em cima do bolo. Ludo é condenado a prestar 300 horas de serviço comunitário em uma creche.
Lá ele conhece Anna (Nora Tschriner), ex-amiga de infância, sempre ridicularizada por ele. Como vingança, ela o escolhe para os mais humilhantes trabalhos. A menina de quem ele toma conta, Cheyenne-Blue, é feita por Emma Schweiger, uma gracinha filha do diretor. Todo mundo sabe o que acontece no final, mas não impede o prazer de assistir. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Zumbilândia

Jesse Eisenberg e Woody Harrelson: sátira brilhante
Foto: AllMovie Photo

Para se fazer uma sátira, é fundamental inteligência. Não é possível ironizar vários gêneros cinematográficos no mesmo filme se não houver no mínimo um olho questionador e atento. Por isso, Zumbilândia é uma indicação certeira para quem está cansado de lugar-comum. A comédia de humor negro mistura vários elementos, mergulha sem medo no trash, sem nunca cair no mau gosto.
A história fala de um mundo à beira do caos, em que sobreviventes de um vírus maligno (do qual o roteiro não dá muita explicação), saem à caça de quem não foi atingido. O herói é o adolescente Columbus (Jesse Eisenberg) que, como muitos jovens atuais, vive à margem de contato humano direto, trancado em seu quarto entre chats e viodeogames, sonhando com uma garota bacana. Seriam esses os zumbis em que estamos nos tornando? A comédia até provoca reflexões neste sentido.
Fugindo das ameaças, Columbus acaba encontrando o matador de zumbis Talahasse (Woody Harrelson). A dupla acaba se cruzando com duas irmãs malandras, Wichita (Emma Stone) e Litlle Rock (Abigail Breslin). O quarteto entra em várias frias e termina na casa de Bill Murray, o ator que faz o papel dele mesmo e dá um banho. Não perca. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 16 de março de 2010

Idas e Vindas do Amor

Bradley Cooper e Julia Roberts em cena da comédia romântica
Foto: AllMovie Photo
É provável que à saída da projeção de Idas e Vindas do Amor, em cartaz nos cinemas, o espectador o defina com algumas dessas três expressões: fofinho, bonitinho ou meiguinho. Pode até ser os três juntos, mas é forçoso reconhecer que se trata de um filminho. Isso no sentido de não acrescentar muita coisa a tudo que a gente já viu em termos de comédia romântica. Pior é que desperdiça grandes astros como Jamie Foxx e Julia Roberts, lendas vivas como Shirley MacLaine e promessas atuais como Anne Hathaway e Bradley Cooper.Tudo porque o diretor Garry Marshall, que há 20 anos realizou Uma Linda Mulher, resolveu fazer aqui uma espécie de mosaico sobre o amor, ambientando a história no Dia dos Namorados americano (Valentine's Day é o título original). Juntou uma série grande de personagens e histórias que parecem soltas no começo e acabam se ligando a maioria delas no final. Tudo bem, mas Marshall está longe de ser um Robert Altman, que sabia fazer isso como ninguém em obras-primas como Nashville, Cenas da Vida e Pret-à-Porter.Nas mãos dele, as histórias não deslancham o suficiente e poucas escapam do lugar-comum, como a da secretária bonita que não se acerta no romance, da mãe que procura o filho ou da garota que esconde do namorado o fato de ser atendente de tele-sexo. Mas se você deixar de lado o espírito crítico, pode se divertir e até achar que o filme é... uma gracinha! (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ilha do Medo

Leonardo DiCaprio vive detetive em missão espinhosa
Foto: AllMovie Photo
Mesmo um filme menor de um cineasta como Martin Scorsese, já vale muito mais a pena que boa parte da produção cinematográfica atual. No caso, Ilha do Medo, que está em cartaz nos cinemas, não pode ser incluído entre as obras-primas deste cineasta que já fez belezas como Táxi Driver, Os Bons Companheiros, Cassino e Os Infiltrados. Porém, ninguém de bom gosto pode reclamar após a projeção. Só que ficará difícil incluir entre os filmes inesquecíveis.
O problema é que Scorsese parece estar distante de seu habitat, que são as histórias urbanas ambientadas em Nova York e que retratam a vida e os crimes dos mafiosos ítalo-americanos. Ele mesmo declarou que se sentiu um peixe fora d’água ao desenvolver a profissão fora de sua amada cidade e filmar em locações externas.
Esse desconforto até que passa para o espectador, que sente certa frieza e não consegue se emocionar muito. A história fala sobre Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio, ator-fetiche de Scorsese), detetive que vai a uma espécie de asilo atrás de uma paciente perigosa que afogou os três filhos. O final é surpreendente. (Ronaldo Victoria)

domingo, 14 de março de 2010

Gamer

Gerard Butler encara ação futurista
Foto: Google Image
Nos últimos anos, Gerard Butler tem se revelado um cara pau pra toda obra. E, por favor, isso não é uma brincadeira de mau gosto a respeito das suas estripulias no último Carnaval carioca. É sobre carreira mesmo. É que o escocês bonitão, de 40 anos, estrela épicos como 300, as comédias românticas A Verdade Nua e Crua e P.S. Te Amo, ou o policial Código de Conduta.
E ainda sobra tempo para ser o astro dessa ficção que não tem nada de original, E nem o charme dele consegue salvá-la da mesmice. O roteiro é triste de tão lugar-comum. Vejam só: num futuro próximo um revolucionário videogame on-line vai ser a mais revolucionária forma de diversão. Toda semana, milhões de espectadores assistem condenados lutando de verdade por suas vidas. Novo, né?
Butler vive o prisioneiro Kable. Apesar da história fraquinha, o elenco é muito atraente. Michael C. Hall, o Dexter, faz o vilão. O menino que joga com Kable é Lohan Lerman, de Percy Jackson e o Ladrão de Raios. A mocinha é a bela Amber Valleta. E a atriz cult Kyra Sedgwick, mulher de Kevin Bacon, vive a megera. Com tanto charme, quem fica pedindo inteligência? (Ronaldo Victoria)

sábado, 13 de março de 2010

O Arrebatamento 2

David White fica dividido entre a fé e a ciência
Foto: Google Image
Essa aventura apocalíptica faz parte de uma nova tendência no cinema, em moda principalmente nos Estados Unidos, que a gente poderia chamar de cine messianismo, ou tela crente, se for o caso de ser mais irônico. São produções de baixo orçamento, quase sempre com atores pouco conhecidos, e cujos roteiros transmitem mensagens sobre como este mundo está perdido e como estamos precisando de Deus. Para quem se liga em religião, é uma boa pregação. Já para quem curte cinema, é um castigo.
É a segunda edição de uma sére de grande sucesso. E um terceiro já foi lançado. Se você perdeu o número um, pode ver esse, já que as histórias são independentes. Mas se quiser passar batido, não vai para o inferno... O enredo mostra ao exército sendo colocado em alerta máximo após o desaparecimento inexplicável de milhões de pessoas em todo mundo.
Quem investiga o sumiço é a dupla de agentes Riley (David White) e Baker (Kevin Downes). Os temperamentos são opostos, o primeiro é religioso e o segundo cético. Não parecem Mulder e Scully de Arquivo X. O final, claro, mostra que o governo americano está escondendo alguma coisa. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vício Frenético

Nicolas Cage e Eva Mendes: parceiros de barra-pesada
Foto: AllMovie Photo

Quem leu a biografia de Tim Maia, lembra como ele definia a carreira, dividida entre canções românticas e balançadas: "metade das minhas músicas é mela-cueca, metade é esquenta-suvaco". O ator Nicolas Cage parece seguir essa linha: uma parte de seus filmes é de ação, de fácil digestão, outros são sombrios e difíceis. Este aqui pertence claramente à segunda categoria. Para começar, o tema é totalmente heavy: a história de um policial viciado em drogas.
Para dar um clima ainda mais sombrio, tudo é ambientado na cidade de Nova Orleans logo após o enorme estrago causado pelo furacão Katrina. O detetive Terence (Cage) salva um prisioneiro e é promovido a tenente. Com as costas machucadas, passa a depender de analgésicos para agüentar a dor e é aí que começa sua descida ao inferno.
Logo ele está dependente de cocaína e fazendo coisas como achacar casais em saída de boate apenas para ficar com alguns papelotes. Quando uma família africana é assassinada, sua investigação acaba sendo prejudicada pelo envolvimento escuso. E sua namorada, a garota de programa Frankie (Eva Mendes), é parceira de barra-pesada. O diretor, o alemão Werner Herzog, que adora gente esquisita, contribui com sua mão pesada. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Um Amor de Verão

Anton Yelchin e Eva Amurri: conflitos da adolescência
Foto: Google Image

Há vários fatos que podem atrair o público para essa comédia romântica que não entrou em cartaz nos cinemas brasileiros e saiu direto em DVD. O primeiro, e mais evidente, é o elenco charmoso. Susan Sarandon, estrela de reconhecido talento, faz o papel de mãe de sua filha na vida real, Eva Amurri, fruto de seu relacionamento com o cineasta italiano Franco Amurri. O galã é o magrinho e bonitinho Anton Yelchin, nascido na Rússia mas radicado nos Estados Unidos, e muito talentoso. A história também foge do lugar-comum desse tipo de produção.
Dorian (Yelchin) é um adolescente mimado e rebelde que é mandado pelos pais para passar as férias numa pequena cidade. Lá conhece Grace (Eva), jovem estudiosa que pensa em ser médica e trabalha enquanto isso como instrutora de natação num resort.
O problema de Grace é a mãe, Rhonda (Susan), uma perua irresponsável. Os papéis entre elas são invertidas, porque Grace tem de tomar conta de Rhonda e freqüentemente precisa abrir mão do que deseja por causa de seus excessos. Então, Dorian aproveita para sugerir à garota uma maneira de conseguir dinheiro fácil. A princípio indecisa, ela aceita para poder pagar a faculdade. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Acima de Qualquer Suspeita

Michael Douglas encarna um promotor ambicioso
Foto: Google Image

É a refilmagem de um suspense realizado em 1956 pelo grande diretor Fritz Lang e que no Brasil recebeu o título de Suplício de uma Alma (aqueles tempos eram românticos, estilo samba-canção....) Agora, quem ficou atrás das câmeras foi Peter Hyams, cineasta irregular que já fez uma versão fracassada de 2001 Uma Odisséia no Espaço, chamada 2010, o Ano em que Faremos Contato, e trabalhou com Van Damme em filmes de ação como Timecop e Morte Súbita.
Portanto, não espere brilhantismo da nova versão, e sim uma narrativa correta. O tema é a relatividade da justiça que, como todos sabemos, não é tão cega assim. Nos Estados Unidos até que é menos lenta, mas existem "buracos negros" por onde os bandidos podem escapar e pessoas decentes irem para a cadeia. Um desses caprichos da lei se chama evidência circunstancial, por meio do qual um inocente pode ser condenado.
Para provar essa questão, um jornalista, C. J. Nicholas (Peter Metcalfe), bola um plano arriscado, de "plantar" provas falsas contra ele mesmo num caso de assassinato. O objetivo é mostrar que o promotor, Mark Hunter (Michael Douglas), manipula a lei de acordo com sua ambição. Mas tudo dá errado quando seu amigo, Corey (Joel Moore), que iria inocentá-lo, aparece morto. E até sua namorada, Ella (Amber Tamblyn), passa a duvidar de sua inocência. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 9 de março de 2010

Tudo por Você

Chris Noth e Renée Zellweger: encontros e desencontros
Foto: AllMovie Photo

Renée Zellweger é uma atriz que parece ter admiradores e detratores em igual proporção. Ou seja, muita gente adora a loira de vozinha fina, enquanto outros tantos não a suportam. O que é prova de carisma. Por isso esse drama romântico não é muito recomendado para quem a acha chata, já que depende totalmente do carisma da moça que se tornou estrela após viver a inglesa neurótica Bridget Jones. Já quem gosta dela vai achar uma delícia.
O roteiro é bem nostálgico, ambientado nos anos 50, e tem um charme a mais: conta a vida de George Hamilton, um galã do cinema americano sempre criticado pelas atuações fracas em comparação com a pose de galã e o cabelo arrumadinho. Um Roberto Justus em dólares. Renée vive a mãe de George (Logan Lerman), Annie Deveraux.
Depois de flagrar o marido, Dan (Kevin Bacon), com outra na cama, ela cai na estrada com os dois filhos. O outro é Robbie (Mark Rendall), cuja homossexualidade gritante desde a infância não a incomoda. Ela tenta se casar com Harln (Chris Noth, o Mr. Big de Sex and the City), mas ele se revela um carrasco. A saída é Hollywood, onde Robbie tenta ser ator mas vira figurinista. A vaga de astro, claro, fica para George. Divertido e original, é programa atraente. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ação Imediata

Dolph Lundgren encara perigo na Europa Oriental
Foto: Google Image

O tempo passa para qualquer ator, sabemos disso. Para a gente também passa, não? Mas enquanto alguns quarentões continuam Tom Cruise ou George Clooney, o que dizer de Dolph Lundgren? Aos 52 anos, o sueco ainda é mais lembrado por ser adversário de Stallone em Rocky 4 e inimigo de Van Damme em Soldado Universal. Ou seja, não se pode dizer que ele está decadente. Para isso, deveria ter experimentado o auge.
Hoje ele continua com as feições duras, praticamente sem expressão, e seu potencial de ator é bastante limitado. Estrela fitinhas como essa, feitas para consumo imediato e rapidamente descartadas. Para o público masculino que curte adrenalina, tem algumas cenas de ação. Para a parcela mais crítica da população, pode ser interessante pelo humor involuntário de algumas cenas e para captar erros de continuidade.
Lundgren vive Mike Riggins, ex-soldado das forças americanas que está preso em algum lugar da Europa Oriental. Ele tem a chance de ser libertado ao aceitar a missão de resgar uma garota americana, Ana Gale (Gina May), que estaria em poder de mafiosos russos. Mas logo ele e a moça descobrem que caíram numa cilada. (Ronaldo Victoria)

domingo, 7 de março de 2010

American Pie - O Livro do Amor

Eugene Levy (ao centro) ensina segredos aos jovens amigos
Foto: Google Image
É muito fácil falar mal de um filme como esse, concorda? Afinal, a série cômica American Pie parece só pensar “naquilo” (sexo, claro) e tem umas piadas de muito mau gosto. Porém, não dá para esconder que em algumas provocam boas gargalhadas, até pelo seu lado tosco. E se o objetivo é falar de iniciação sexual masculina, como ser “fino”?
Enfim, deixe um pouco o mau humor de lado. Esta é a sétima reedição e não traz o número no título. O elenco é todo novo, e apenas Eugene Levy continua, com seu jeito sério, em destaque. Ele vive Levenstein, professor e bibliotecário que tem o segredo do tal “livro do amor”.
É atrás dele que vão três amigos que não conseguem dar uma dentro com as garotas, ou ficam babando ou são usados. Rob (Bug Hall), Nathan (Kevin Horton) e Lube (Brandon Hardesty) tentam seguir à risca as dicas, mas se esquecem que o tempo passou de lá pra cá. Prova é a garota que encontram numa boate, e que consta nas páginas. Esqueça um pouco o senso crítico se resolver alugar. (Ronaldo Victoria)

sábado, 6 de março de 2010

A Pedra Mágica

William H. macy com o elenco infantil: cidade de pernas para o ar
Foto: Google Image

A velha história do gênio da lãmpada, que atende três pedidos, e da tentação de se conseguir dinheiro fácil, está por tràs do roteiro deste filme destinado ao público infantil. Não é nada muito original, mas até que diverte. A direção fica a cargo do mexicano Robert Rodriguez, amigo de Quentin Tarantino que já fez alguns trabalhos com ele, e tem experiência na área para o público menor, pois idealzou Pequenos Espiões.
O problema de Rodriguez, que foi fenômeno há mais de 10 quando dirigiiu A Balada do Pistoleiro com pouquíssima grana, é um tom pretensioso, que colocou a perder a parceria com Tarantino em Grindhouse e aqui também se faz presente. O diretor parece não ter a pureza necessária para contar a história, entende? A trama fala sobre Toby Thompson (Jiimmy Bennet), garoto de 11 anos que é o saco de pancadas preferido da vizinhança da comunidade de Balck Falls. Na cidadezinha, quase todo mundo trabalha numa fábrica que produz o Black Box, aparelho faz-tudo que alcança grande sucesso no país (espécie de iphone).
Tudo mundo quando cai do céu uma pedra colorida que realiza dos desejos de quem a encontrar. A cidade fica de pernas para o ar, com todos os habitantes querendo se apoderar dela. No elenco, tem destaque o ator William H. Macy na pele de um cientista maluco. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Sótão

Elisabeth Moss na pele da irmã fantasma
Foto: Google Image

Quantos filmes de terror você assistiu que fala sobre uma pessoa aparentemente normal que se muda para uma casa, ou explora um cômodo da casa em que vive, passa a ser atormentada por um espírito maligno e pira de vez? Dezoito? Vinte e seis? Quarenta e sete? Eu, sinceramente, perdi a conta, já que é clichê do clichê deste tipo de produção.
Este filme tem como personagem principal Emma (Elizabeth Moss). Adivinhe o que acontece com ela? Ela é aparentemente normal, mas sente algo estranho na casa nova de sua família. Passa a ser assediada pelo espírito que acredita ser de sua irmã gêmea. E pira de vez. Bingo! Não falei? Os pais da moça, Graham (John Savage, que foi galã em Hair nos anos 80) e Kim (Catherine Mary Stuart), também parecem sofrer com o ambiente. O único amigo é o irmão Frankie (Tom Malloy), mas ele tem problemas mentais.
Não demora para Emma encanar que os pais estejam fazendo magia negra para trazer a mana perdida de volta à vida. O roteiro é confuso, os atores não estão em momento bom e os efeitos deixam a desejar. E a originalidade, também, não apareceu. Será que você ainda se arriscaria? (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ligações Criminosas

Riccardo Scamarcio, Claudio Santamaria e Pierfrancesco Favino
Foto: Google Image

É bom não confundir com uma produção americana bem mais barata e que ganhou o mesmo título no Brasil, uma aventura de segunda estrelada por atores decadentes como Michael Madsen e o rapper DMX. Esta aqui é italiana, realizada em 2005, e que nunca foi exibida no circuito comercial de cinema brasileiro. O nome original é Romanzo Criminale, dando uma idéia clara de que amor e bandidagem andam bem juntos em qualquer parte do mundo. É o que gente mais descolada (ou chata) chama de opção cult.
A história fala de um período agitado na história da lei italiana. Foi entre os anos 1970 e 1990 que um grupo de bandidos, jovens e violentos, conquistaram o submundo do país. O gângster conhecido como Libanês (Pierfrancesco Favino) monta um grupo bastante ousado e impetuoso, que passa a dominar a cena. São incluídos na turma Fredo (Kim Rossi Stuart), Dandi (Claudio Santamaria) e Nero (Riccardo Scamarcio).
Ao mesmo tempo, o roteiro mostra o comissário Scialoja (Stefano Accorsi, o galã da comédia romântica O Último Beijo), tentando perseguir o grupo e a bela Patrizia (Anna Mouglalis) pagando o preço por ter se envolvido com eles. Movimentado e interessante, tem também uma carga de violência que pode incomodar os mais sensíveis. Para ser descoberto nas locadoras. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Psicólogo

Kevin Spacey perde a noção no mundo das celebridades
Foto: Google Image

Parece que o cinema americano adora fazer filmes que falam sobre Hollywood. Que mostram o lado meio louco das celebridades, as manhas e manias daquela gente que a gente acha perfeita por fora e nem tanto por dentro. O problema é que o público parece não gostar tanto assim. Essa comédia dramática, que nem entrou em cartaz nos cinemas, é mais uma prova disso. Só que até que vale uma olhada.
O papel principal é feito por Kevin Spacey, com seu jeito cínico característico. Depois de ganhar dois Oscar (por Os Suspeitos e Beleza Americana), ele parece estar em baixa na carreira. Aqui vive Henry Carter, psicólogo de celebridades em Los Angeles. Em sua lista de clientes estão uma famosa atriz, Kate Amberson (Saffron Burrows), um jovem escritor descontrolado e inseguro chamado Jeremy (Mark Webber), e um agente obsessivo-complusivo, Patrick (Dallas Roberts).
Decepcionado com a profissão e a vida pessoal, Henry vê como única saída encontrar seu primeiro caso fora desse hall da fama. Ela é uma bela moça, Jemma (Keke Palmer), e bastante neurótica. Porém, levando em conta seu atual estado de espírito, Henry não parece muito preparado para viver num mundo mais real que o da cidade das ilusões. Talvez ele seja mais problemático que seus clientes... Destaque no elenco para a participação luxuosa do famoso escritor Gore Vidal. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 2 de março de 2010

Código de Conduta

Gerard Butler interpreta o mocinho vingador
Foto: AllMovie Photo

Falar de justiça (ou da procura por ela) parece ser sempre um campo minado para as produções hollywoodianas. Dificilmente os filmes conseguem evitar questões espinhosas como a defesa de acertar as contas de forma individual. Hoje, claro, a questão se amenizou, em função também da moda (ou da praga) do politicamente correto. Não se vê mais um Charles Bronson detonando a bandidagem em Desejo de Matar ou Clint Eastwood como Dirty Harry em Perseguidor Implacável. E é preciso falar de Stallone Cobra?
Por isso esse filme parece ficar no meio termo. A história até que começa bem. Jamie Foxx vive Nick Rice, um promotor americano daqueles que se acham o máximo. Ele adora achar "brechas da lei" pelas quais escapam bandidos perigosos. Numa dessas, os marginais que mataram a mulher e a filha de Clyde (o galã folião Gerard Butler) saem ilesos.
Aí começa o maior problema. Clyde vira um brucutu sanguinário que extermina todo mundo que julga culpado pelo fato, e das formas mais violentas possíveis. As execuções incluem detonação de bomba num celular, esquartejamento e mutilação com osso de filé. O cara vira supergênio do crime e todo clima elegante da primeira parte vai para o espaço. Duro de aguentar. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Simplesmente Complicado

Meryl Streep e Alec Baldwin: comédia para gente madura
Foto: AllMovie Photo

Não é nem um pouco complicado entender por que essa comédia romântica vem fazendo sucesso. O primeiro motivo tem nome e sobrenome: Meryl Streep. Não só uma grande atriz, ela é uma estrela que vem conseguindo o milagre de parecer mais nova e vibrante sem plástica ou botox. Aos 60 anos, Mery leva mais gente ao cinema que atrizes mais jovens como Angelina Jolie ou Sandra Bullock (aliás, qual das duas ganhará o Oscar?). Por falar nisso, Meryl chegou a um ponto que não precisa mais de Oscar. Poderosa!
Talvez sem ela o filme dirigido por Nancy Meyers, sua amiga de longa data, fosse menos bem resolvido. Há algumas passagens de humor duvidoso, mas que ela segura sem problema. Aliás, uma qualidade é que se trata de uma comédia romântica dedicada a um público maduro, nicho de público cada vez mais esquecido por Hollywood.
Conta a história de Jane (Meryl) e Jake (Alec Baldwin, que melhorou como ator quando desistiu de ser galã), que estão separados há 10 anos e têm três filhos. Ele a trocou por uma mulher mais jovem, mas um dia, na festa de formatura do filho, os dois ficam juntos. Logo começam a ter um caso, justamente quando entra em cena Adam (Steve Martin), arquiteto que se interessa por ela. Garantia de boas risadas. (Ronaldo Victoria)