quinta-feira, 30 de junho de 2011

Gnomeu e Julieta

Anões de jardim vivem romance proibido
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Incrível, mas a quantidade de pessoas que têm medo de anão de jardim não é tão desprezível assim. Será que foi por isso que essa encantadora animação, com peças em massinha, não teve a sorte que merecia no Brasil? Além do roteiro obviamente inspirado na clássica obra de Shakespeare, a produção tem assinatura de Elton John e vários sucessos do hitmaker inglês podem ser ouvidos.
Talvez por causa de Elton, o elenco que faz as vozes na versão original é também bastante expressivo, com James McAvoy dublando Gnomeu e Emily Blunt fazendo a voz de Julieta. Ícones do cinema inglês como Michael Caine e Maggie Smith fazem os líderes da turma inimiga. E até mesmo Ozzy Osbourne está na lista.
Ó roteiro é como se espera. Fala de anões de jardim de duas turmas e que não se suportam. Até que Gnomeu e Julieta se encantam. O problema é que ele é da galera de gorrinho azul, enquanto a menina usa gorrinho vermelho. Diversão garantida. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Demônio

Quinteto fica preso no elevador
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O nome do diretor desse suspense é John Erick Dowdle, mas pouca gente prestou atenção nessa informação. O que foi comentado mesmo é o fato de o autor do roteiro ser M. Night Shyamalan, que despontou para a fama com O Sexto Sentido, em 1999, e de lá para cá não tem acertado muito. Alguns críticos questionaram a razão de ele não ter ido para trás das câmeras.
Isso porque a história e a produção de Demônio são bastante simples. Tudo gira em torno de cinco personagens que ficam presos num elevador de um prédio comercial. Eles vão morrendo um por um, e o que se sabe de antemão é que um deles é o demônio personificado.
Nenhum dos personagens tem nome. Há o mecânico (Logan Marshall-Green), a mulher jovem (Bojana Novakovic), a mulher idosa (Jenny O'Hara), o guarda (Bokeem Woodbine) e o vendedor (Geoffrey Arend). Tudo é investigado pelo detetive Bowden (Chris Messina). Claro que não faz muito sentido, mas é divertido. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Justin Bieber Never Say Never

Adolescente virou mania em todo o mundo
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 Para os quarentões (ou menos até), em vez de musical, esse filme poderia ser classificado como suspense. Afinal, para eles fica um tanto difícil entender por que o garoto canadense faz sucesso em todo o mundo e virou mania. Pode ficar mais fácil se o pessoal lembrar que nos anos 80 berrou pelos Menudos e nos 90 saracoteou pelos Backstreet Boys.
E isso aí: linha de produção teen. Sabe-se lá se o menino vai ser um fenômeno duradouro ou peça de marketing passageiro, como os grupos citados. Tanto faz, enquanto isso o garoto manda ver. E ele prova que há um jeito novo de fazer sucesso, usando a internet, já que Justin foi antes um êxito no YouTube.
O filme mostra as músicas do garoto, apresentadas durante shows com aquele jeito que parece mistura de música com aeróbica. Há as inevitáveis cenas com garotas chorando e os pais sem entender. Quanto aos "velhos" de Justin, eles não escondem o orgulho. E tinha como ser diferente. Para quem tem mais de 40 anos, parece sim uma tortura. Ainda bem que dura pouco. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Senna

Piloto brasileiro é mostrado em cenas inéditas
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A morte trágica de Ayrton Senna, há 17 anos, fez com que sua figura ganhasse contornos trágicos e de heroísmo. O problema é que, logo depois do choque, a forma como se falava dele sempre se deixava pautar pelo exagero e por uma certa pieguice. Talvez tenha sido bom o tempo passar para que Senna seja retratado de forma humana (no melhor sentido da palavra).
Não que o documentário dirigido pelo inglês de ascendência árabe Asif Kapadia traga fofocas ou escândalos, algo de que Senna sempre tentou se afastar (a não ser por conta das namoradas famosas, Xuxa e Adriane Galisteu, e da história do filho que se comprovou depois não ser mesmo dele). O filme tem várias cenas inéditas e mostra, claro, ele brilhando nas pistas e em seu refúgio em Angra.
Os depoimentos também são mais serenos, e até mesmo Galvão Bueno não se contamina pelo exagero. O detalhe precioso para nós fica por conta da trilha sonora. Nas cenas de natureza, o diretor inglês escolheu uma versão instrumental do hino de Piracicaba, devidamente confirmada nos créditos finais. (Ronaldo Victoria)

domingo, 26 de junho de 2011

Rebelde com causa

Portia Doubleday e Michael Cera: dupla personalidade
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Com seu jeito de cachorro que caiu do caminhão de mudança, Michael Cera vem tendo cada vez mais destaque no cinema fazendo sempre papéis, claro, de garotos inteligentes e sem muito atrativo. Nerds, como diz o rótulo. Na maior parte das vezes ele acerta (É Hoje, Juno e Scott Pilgrim), em outras derrapa feio (Ano Um). Nessa comédia ele bate na trave, fica no meio termo.
A história é até interessante. Cera interpreta Nick Twisp, adolescente que não tem nenhuma habilidade especial, é solitário e virgem. Um dia durante as férias com a família conhece Shenni Saunders (Portia Doubleday), que é em tudo diferente dele: ou seja, bela, descolada e a sensualidade em pessoa.
Para conseguir chamar a atenção da beldade, Nick inventa um duplo, um cara chamado François, que tem sotaque francês, usa bigode, fuma e diz coisas interessantíssimas. Será que ele consegue? Tudo gira em torno dessa situação, o que cansa um pouco, mas não é descartável. (Ronaldo Victoria)

sábado, 25 de junho de 2011

Vovó... zona 3

Brandon T. Jackson e Martin Lawrence: tal pai tal filho
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Esta comédia é o tipo de filme que "pega mal" gente que se considera culta "confessar" que assistiu. Gostar então, nem pensar. Mas sabe qual o nome disso? Preconceito. E não é? Tudo bem que se trata de algo que não vai acrescentar absolutamente nada a sua vida, mas não precisa ser uma diversão tão desprezada assim. É apenas isso: uma diversão sem nenhum compromisso.
Neste terceiro episódio, Malcom (Martin Lawrence), o agente do FBI, está as voltas com Trent (Brandon T. Jackson), seu enteado cheio de ginga. O rapaz só pensa em fazer sucesso como rapper, e um dia acaba atrapalhando as investigações do padrasto, testemunhando um assassinato.
Aí a dupla precisa se esconder e o melhor jeito é dizer que a Vovozona arranjou uma sobrinha, Charmaine.
Para fugir dos bandidos e tentar encontrar um pendreve que tem as provas contra os crimininosos, "as duas" vão até uma escola de arte para garotas e aprontam mil confusões. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Solteirão

Michael Douglas e Susan Sarandon: solidão a dois
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Se for levar ao pé da letra, o título dessa comédia amarga (ou drama cômico) é inexato, já que o estado civil do personagem principal, vivido com cinismo e classe por Michael Douglas, é divorciado. Faz mais sentido o título original, que se traduz como Um Homem Solitário, isso apesar de ele ser um mulherendo incorrigível, daqueles que não podem ver um rabo.
Mas Ben Kalmen, o personagem de Douglas, é ainda mais difícil. Dono de uma concessionária de carros usados, está a beira da falência e tenta se reerguer, pedindo empréstimo. Porém, feito o escorpião da lenda, não foge à sua natureza e ferra com quem não devia.
Com a ex-esposa, Nancy (Susan Sarandon), vive às turras, e o curioso é que ela não consegue se livrar de seu charme destrutivo. Ben tem uma namorada fixa, mas põe tudo a perder ao ir para a cama com a filha da mulher. Só quem tenta entendê-lo é Daniel (Jesse Eisenberg, de A Rede Social), que parece ter se conformado em ser pupilo. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Bruna Surfistinha

Deborah Secco dá vida a ex-garota de programa
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A melhor coisa que se pode dizer a respeito desse filme brasileiro é que ele não é tão ruim quanto se temia. Mérito maior do diretor Marcus Baldini, que conseguiu evitar duas armadilhas perigosas. Primeiro, não fez uma obra sensacionalista, baseada apenas no escândalo, e com toque moralista. E também não ficou naquela de enaltercer demais a pessoa, o que no caso seria glorificar a prostituição.
Deborah Secco também surpreende, e está bem melhor do que em suas estereotipadas personagens em novelas de Gilberto Braga. Ela dá conta de mostrar a rebeldia da adolescente Raquel, nome real de Bruna, que morava no Interior e decide vir a São Paulo ser garota de programa.
Logo Bruna se sobressai em meio ao mundo barra pesada da prostituição, mas há um momento em que ela conhece a decadência, em que se pergunta o sentido de tudo. E também descobre o amor na figura do primeiro cliente, vivido por Cássio Gabuns Mendes, o marido da Raquel verdadeira até hoje. Quanto a cenas pesadas de sexo, se alguém souber uma maneira de contar a história de uma garota de programa sem esse tipo de cena, é um gênio... (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Segredos de um Funeral

Robert Duvall e Sissy Spacek: amor contrariado
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Imagine como é uma pessoa que passa boa parte da vida pensando no próprio enterro. Na ficção, a gente lembra da peça A Falecida, de Nelson Rodrigues, Na vida real não há como não lembrar de Dercy Gonçalves, que já tinha o túmulo pronto. Mas Dercy viveu demais, e este não é nem de longe o caso do personagem principal deste drama.
Felix, interpretrado com força pelo sempre intenso Robert Duvall, é o rabugento de plantão de uma pequena cidade. Ele mora isolado, como um ermitão, cultiva uma grande barba e não quer saber de amizade com ninguém do lugar.
Aos poucos, porém, a gente vai entendendo o que existe por trás da ranzinzice de Feliz. E todo o seu passado tem ligação com Mattie (Sissy Spacek), um amor que não se concretizou. E logo se entende que amor contrariado pode significar rancor guardado. É indicado aos mais maduros, até pelo estilo e o tema. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Amor por Acaso

Dean Cain e Juliana Paes: casal sem química
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 A comédia romântica marca a estreia de Marcio Garcia como diretor. Ambicioso, ele quis realizar uma produção bilíngue, rodada nos Estados Unidos, com atores dos dois países. Visava, claro, os dois mercados. Parece ter fracassado duplamente. Os daqui acharam a história meio primitiva. Os de lá não devem ter se interessado por uma história com vários atores hoje de segunda linha.
Garcia, muito criticado como ator na época em que viveu o Bahuan de Caminho das Índias, agora merece as críticas como cineasta. O fraco roteiro conta os problemas de Ana (Juliana Paes, que se esforça), uma supervisora de loja que perde o pai e descobre que herdou uma grande dívida.
Sabe depois que o velho tinha uma casa nos Estados Unidos, transformada em pousada por Jake (Dean Cain, ex-Superman em fase decadente). Vai para lá e a resolução da história, além de esperada, é boba. Marcos Pasquim paga mico com um personagem sem pé nem cabeça. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Uma Viagem Inesquecível

O viajante busca sempre novas descobertas
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O clássico O Céu que Nos Protege, de Bernardo Bertolucci, já fazia a diferenciação entre turista, aquele que quer ver paisagens e ir embora, do viajante, o que deseja uma experiência maior. É o que acontece com o personagem principal deste pequeno e interessante filme, Conner (Christoper Masternson). Ele é claramente um viajante.
Nem ficou assim por descisão própria, mas por descobrir, às vésperas do casamento, que a noiva o traía com seu melhor amigo (clichê que sempre acontece). Então, resolve aproveitar uma lua-de-mel sozinho, para aproveitar.
Vai a América do Sul, conhece um casal de malucos, é assaltado, perde o dinheiro acumulado, mas se descobre mais forte. Indicado para mochileiros de todas as idades. (Ronaldo Victoria)

domingo, 19 de junho de 2011

Alexandria

Rachel Weisz luta pelo conhecimento
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É um drama histórico bastante interessante, em que o tema principal é a busca, e a luta, pelo conhecimento. Fica ainda mais original porque a personagem principal é uma mulher, Hipatia, vivida com intensidade por Rachel Weisz. Tudo se passa na cidade egípcia no século 4, tempo em que ficou famosa por ter a maior biblioteca de todos os tempos.
É na cidade que vive e se dedica aos estudos a brava Hipatia. Ela se dedica inteiramente a suas aulas de filosofia e história, pouco se importando com a atração que exerce sobre os homens a sua volta, ou que assistem a suas aulas.
Tudo se complica naquele tempo, pois as religiões que pareciam estar em um equilíbrio delicado, acabam entrando em choque. Com o crescimento do poder romano, surge uma campanha contra o poder de Hipatia sobre o prefeito, e ela termina acusada de bruxaria. A biblioteca também não demora a ser vitimada. Vale a pena conhecer. (Ronaldo Victoria)

sábado, 18 de junho de 2011

Santiago

O mordomo em seu refúgio: talvez num tempo da delicadeza
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É mais fácil esperar alguma exibição especial ou uma sessão de cineclube para ver esse belíssimo documentário de João Moreira Salles. Isso porque as locadoras (as que sobraram) não parecem ter interesse, nessa época de downloads e piratas. O filme fala justamente de uma época que passou, mas é bem mais profundo e intenso.
Começa que o autor também se posiciona. Santiago é o mordomo que durante 30 anos serviu sua família num casarão da Gávea, bairro tradicional do Rio de Janeeiro. Salles começou o trabalho em 1992, mas não sentiu que o filme dava "ligava".
Muito tempo depois, quando Santiago já havia morrido, é que ele voltou a ver o material. E fez algo emocionante. Santiago vivia isolado num pequeno apartamento. Vivia no passado, escrevendo páginas sobre nobres de todos os tempos e países, falando de filmes antigos, pensando em arranjos de flores e tocando castanholas. Era infinitamente triste, mas não assumia a tristeza. Não se importava com qualquer mudança, pois vivia no passado. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Cabeça a Prêmio

Alice Braga e Fúlvio Stefaninini) são pai e filha
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Ator de reconhecido talento, Marco Ricca estreou na direção com este drama de tintas fortes, com texto de Marçal Aquino. Tudo se passa num pedaço pouco conhecido do Centro Oeste, onde a falta de fiscalização e a proximidade com as fronteiras fazem com que os negócios escusos prosperem sem problema.
É disso que vivem dois irmãos, Miro (Fúlvio Stefanini) e Abílio (Otávio Muller). O primeiro tem forte ligação com a esposa Jussara (Ana Braga, irmã de Sônia que estava há muito tempo afastada) e a filha Elaine (Alice Braga, filha de Ana). E não gosta quando a moça passa a se relacionar com Dênis (o argentino Daniel Hendler), piloto que usa para o transporte de material suspeito).
Tudo se complica quando Abílio, homossexual enrustido, passa a assediar Dênis. Há também a história de dois matadores de aluguel (Eduardo Moscovis e Cássio Gabus Mendes), que esperam o contato para o próximo serviço. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um por Todas e Todas por Um

Sam Rockwell encarna um técnico da pesada
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Filmes que falam de redenção, nova chance, por meio do esporte são tantos que até já podem formar um subgênero cinematográfico. Portanto, não espere originalidade dessa comédia com toques dramáticos. Só que a história pode soar clichê, mas prende a atenção e faz a gente pensar. Desconte também aquela velha história de americano dividir a humanidade entre vencedores e perdedores.
O personagem principal, Bill (vivido com intensidade por Sam Rockwell), pertence claramente ao segundo time. Ele é um fracasso ambulante, não para em nenhum emprego, acabou com seu casamento e nem se entende com a filha adolescente. Até que um amigo, Terry (o engraçado Robb Cordry) o convida para ser técnico de um time de basquete.
Só que não explica que é um time feminino, de garotas rebeldes que não conseguem ganhar um jogo. Unindo as frustrações, Bill começa a entender melhor o universo das garotas. E logo descobre que é possível mudar. O final até emociona. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mãos que Curam

Eduardo Noriega e Belen Rueda: capa de indiferença
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Este drama espanho toca com talento numa questão importante: até que ponto os profissionais que lidam com vidas humanas acabam se tornando frios por defesa? É o que acontece com o brilhante médico Diego Sanz (intensamento interpretado pelo galã Eduardo Noriega). De tão acostumado a lidar com situações-limite nos prontos socorros e salas de cirurgia, ele se torna como que imune à dor dos outros.
É claro que isso o afeta em todos os pontos da vida, principalmente em família, já que a esposa Isabel (Belén Rueda) apenas o sente de corpo presente. Diego acredita em sua missão de salvar pessoas, cumpre essa sina com a maior competência. Mas logo descobre que tudo isso não basta.
É o que acontece quando tem uma arma apontada contra ele. Logo depois, sem muita consciência, percebe que foi vítima de muito mais que um disparo. Uma experiência inquietante, para médicos fazerem uma reflexão, e também para pacientes. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Santuário

Aventura é ambientada em cavernas submarinas
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Fica difícil convencer a assistir essa aventura dois tipos de público: os claustrofóbicos e os que têm medo de água. Afinal, toda a ação se passa em cavernas no fundo do mar. Mas é bom lembrar que a fantasia do cinema, quando bem conduzida, faz superar esses problemas. E o filme, se não é nenhuma obra-prima, consegue divertir e provocar suspense ao mesmo tepo.
A história fala sobre o experiente mergulhador Frank McGuire (Richard Roxburgh), que já havia explorado as cavernas do Pacífico Sul. Mas ele retorna com uma nova equipe à altura de Papua Nova Guiné. Leva junto seu filho Josh (Rhys Wakefield) e o economista Carl (Ioan Gruffudd, de Quarteto Fantástico), que se dedica à atividade nas horas vagas.
Acontece que a rota precisa ser alterada, por causa de uma tempestade, fazendo com que eles vão cada vez mais fundo no mar, em cavernas subaquáticas, na busca pela sobrevivência. O que, claro, nem todos conseguem. E a cada hora um acaba sendo vitíma. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

De Pernas pro Ar

Maria Paula e Ingrid Guimarães invadem a sex shop
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Não há mais dúvida de que a Globo Filmes adotou o critério de popularização total para as suas produções. Até porque já está havendo um caminho reverso nessa história: tanto os filmes da produtora parecem cada vez mais programas de televisão, o fato é que alguns deles (Divã, A Mulher Invisível) terminaram na telinha, talvez seu lugar original.
Porém, tem outra coisa: se está dando tão certo, e essa comédia bateu recordes, fica parecendo  chatice botar defeito, né? Mas, viva a democracia!, vamos lá: De Pernas pro Ar é muito ruim. É de se perguntar por que tanta gente saiu de casa, enfrentou filas, para ver algo que mais parece um quadro do Zorra Toral.
Ingrid Guimarães vive a personagem principal, Alice, uma executiva estressada que é abandonada pelo marido (Bruno Garcia) por causa disso. Até que descobre, por meio de uma vizinha (a insuportável Maria Paula) o ramo de sex shop. Para quem gosta... (Ronaldo Victoria)

domingo, 12 de junho de 2011

Amor e Outras Drogas

Anne Hathaway e Jake Gyllenhall: a paixão é uma doença?
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Para não dizer que não falei de Dia dos Namorados, a dica é esse filme que mistura comédia romântica com drma. Talvez o roteiro misture muitos estilos e seja difícil classificar numa categoria ou outra, mas o resultado é bastante charmoso. "Culpa" do casal principal, Jake Gylenhaal e Anne Hathaway, que esbanja charme e talento. Por falar nisso, o filme é diferente da média do reprimido cinema americano, já que a nudez acontece bastante e as cenas de cama dispensam o lençol.
Gylenhaal vive Jamie, um vendedor safado que é despedido de um emprego por seduzir clientes. Até que encontra uma chance numa poderosa indústria farmacêutica, a Pfizer (que não deve ter gostado do merchan meio negativo). Ele faz de tudo para empurrar remédios, principalmente a droga do momento, o tal Viagra.
Até que conhece Maggie, a personagem de Anne. Aos 26 anos, ela tem mal de Parkinson e não pensa em casar. Até porque quando conta, os candidatos saem correndo. Então propõe a Jamie uma relação baseada apenas em sexo. Claro que ele aceita. Só que o inevitável acontece: os dois se apaixonam. (Ronaldo Victoria)

sábado, 11 de junho de 2011

Homens em Fúria

Robert DeNiro e Milla Jovovich: sedução criminal
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No último Globo de Ouro, quando foi o homenageado especial, Robert DeNiro agradeceu mas reconheceu que trabalhou demais e ultimamente tem feito muita porcaria. Assistindo a esse drama, a gente concorda plenamente com o grande ator. Porque é uma decepção total, nada funciona. Nem mesmo o segundo encontro dele com Edward Norton (o primeiro foi há dez anos, com A Cartada Final, em que Marlon Brando também atuava).
Em cena DeNiro parece apático, como se não fizesse muita questão de atuar. Já Norton exagera, compõe um tipo esquisito, com cabelo estranho. Perdida entre os dois, Milla Jovovich quer mostrar serviço, já que nos últimos tempos só vem atuando com elenco de segunda linha.
Na história sem surpresa, DeNiro é um agente de condicional que só pensa em aposentar. Por isso, um preso esperto quer se aproveitar de sua ingenuidade e usa a mulher sensual para seduzi-lo e fazer com que diminua sua pena. Perda de tempo. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Hurricane Season

Forest Whitaker interpreta o técnico obstinado
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Este drama americano chegou ao mercado de DVD americano sem tradução para o título. Passando para o português, seria algo como temporada de furacão. E um enorme furacão, apelidado de Katrina, que arrasou a cidade de New Orleans em 2005.
A história, baseada em fatos reais, é ambientada justamente nos dias seguintes à tragédia. O personagem principal, Al Collings (vivido com intensidade por Forest Whitaker), é um técnico de basquete de uma escola secundária da Louisiana. Ele enfrenta muitos problemas tanto na profissão quanto na família, com a mulher e a filha pequena.
Collings, porém, é daquelas pessoas que não desistem. E é disso que fala o filme: superação, algo que os americanos adoram. E nós também, por que não? Collings injeta confiança em seus garotos, junta time de cinco escolas, e monta um time poderoso no campeonato de basquete. Emociona. (Ronaldo Victoria)

Um Motoboy em Apuros

Michael Yaoun encara bandido da pesada
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Existe profissão mais polêmica que a de motoboy? Talvez a de jornalista ou de político... E essa comédia mostra um desses bravos profissionais, o gente-boa Sam (Michael Yaon) - sim, eles são gente boa, pare de preconceito! - como um cara que anda como louco com sua moto pelas ruas de Paris e faz todo tipo de irregularidade para cumprir o prazo da entrega.
Ou seja, é um filme bem real, se bem que pouco original. E mostra que em qualquer parte do mundo a situação a mesma. O problema é que Sam recebe uma encomenda que vai lhe render uma belíssima grana, mas tem de ser despachada voando.
Além de tudo, acontece justamente no dia do casamento da irmã de sua noiva Nadia (Geraldine Nakache), uma megera que o ama, mas não para de falar e reclama que ele não tem ambição. Personagem totalmente irreal, não? Acontece que quando a esmola é demais, o santo deve desconfiar e tudo está ligado a uma gangue da pesada. Mostra que os franceses também sabem fazer comédias despretensiosas. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Mentira

Emma Stone brinca com a fama de vagabunda
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É uma comédia adolescente, mas vai além dos rótulos. Porque seus personagens, embora pareçam se encaixar nos rótulos deste tipo de produção, vão um pouco além. É o caso de Olive, a garota central e vivida com classe e empenho por Emma Stone. No começo da história, ele parece estar acomodada com sua fama de nerd e isolada da turma.
Até que resolve mentir para sua amiga que teve uma noite quente com um calouro da faculdade. Não tarda para que o boato se espalhe por meio das redes sociais e de insossa Olive vira a vagabunda do pedaço. Ela até começa a brincar com isso e anda pela escola com a letra A escarlate, referência a um clássico da literatura americana sobre as mulheres adúlteras marcadas (o título original, aliás, é Easy A).
Com isso o roteiro acaba brincando com uma coisa muito séria, que é o desejo de os adolescentes (não apenas americanos, mas de todo mundo) de serem comentados, por bem ou por mal. Até que Olive se apaixona e não sabe como contar para o cara que é tudo mentira. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Entrando numa fria 3

Robert de Niro e Ben Stiller: sogro e genro tentam se entender
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Essa terceira edição da série (o título da exibição nos cinemas foi o muito longo Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família) mostra que as desavenças entre sogro e genro ficaram mais amenas. E deram lugar a outras trapalhadas, com a chegada de uma nova geração. Mas a impressão que fica é de uma comédia mais insossa, sem aquelas cenas como a da cortada do vôlei e das cinzas da vovó, que garantiram gargalhadas.
Ben Stiller e Robert de Niro continuam em grande sintonia. Só que Frank, o sogrão, parece mais contido na implicância com o genro. Talvez porque a outra filha, que casou com um príncipe aparente, levou o maior chifre e foi abandonada.
Enquanto isso, Greg está mais preocupado com os filhos gêmeos, uma menina e um menino, pois eles parecem ter nascido com os sexos trocados. Barbra Streisand e Dustin Hoffman tem poucas chances de brilhar, e Jessica Alba faz uma vilã sensual. De Niro só deita e rola mesmo na cena em que por pouco não é soterrado. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Velocidade Mortal

Andrew Keegan enfrenta perseguição
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Já não se fazem mais heróis como antigamente. É a primeira coisa que a gente pensa ao assistir essa aventura de segunda classe. Isso porque os personagens principais são claramente fora da lei, e têm as suas vidas glamurizadas. Algo parecido com o que acontece com Velozes e Furiosos, que na sua quinta edição invadiu o Rio com sua moral dúbia. Aliás, esse filme copia descaradamente essa matriz.
Aqui se fala de um grupo de amigos, liderados por Strayger (Andreww Keegan), que conta até com jatinhos para fazer tráfico de drogas do México para Los Angeles. Tudo isso para sustentar seu estilo hollywoodiano de ser e seu jeito de levar vantagem em tudo.
Porém, até para justificar que é necessário ao menos um pequeno castigo, lá pelo meio da trama se descobre que uma das namoradas do herói (?) é uma agente federal disfarçada. Tirando a implicância com o jeito do filme, o fato é que o roteiro também não acrescenta nada de útil. (Ronaldo Victoria)

domingo, 5 de junho de 2011

Um Jantar para Idiotas

Paul Rudd e Steve Carell: bobo por acaso
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O maior problema de comédias como essa é forçar a mão na falta de noção do personagem, quase sempre um panaca total que não percebe nada um palmo à frente do nariz. O risco é a gente ter pena do cara e não rir. Ou seja, o que se pretendia cômico acaba virando uma coisa muito sério. Para complicar, o roteiro é algo que se pode chamar de "genuinamente americano", e isso é uma crítica.
Na pele de Barry, um dos idiotas do título, Steve Carell segura as pontas. Porque é um ótimo ator, tem senso de limite e não ultrapassa a linha do bom gosto. Paul Rudd faz uma boa parceria, na pele de tim, um executivo em ascensão que recebe uma missão do chefe: encontrar um bobo para ser o convidado bem trapalhão de um jantar da firma.
Ele cruza por acaso com Barry, um cara fora do mundo real que faz quadros com ratinhos empalhados reproduzindo cenas como A Santa Ceia. Acha que se deu bem, mas logo pinta o remorso. Zach Galifianakis, o gordinho de Se Beber não Case, vive outro maluco. (Ronaldo Victoria)

sábado, 4 de junho de 2011

Pânico na Neve

Emma Bell, Kevin Zegers e Shawn Ashmore: trio numa fria
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O que se espera de um filme de suspense? Que deixe o público tenso, roendo as unhas a ansioso ao saber que não existe a menor possibilidade de ajudar os personagens e que a desgraça é iminente. Pois então, se for mesmo assim, Pânico na Neve é ótimo. Pouco importa se a produção seja modesta, com atores pouco conhecidos e centrado apenas numa história. No caso, isso só funciona a favor.
O roteiro traz uma história bem simples. O casal de namorados Parker (Emma Bell) e Dan (Kevin Zeggers), junto com o amigo Joe (Shawn Ashmore), decide ir para uma estação de esqui aproveitar um fim de semana. O improvável acontece: quando eles estão, domingo, no final da tarde, sozinhos naqueles carrinhos de teleférico, um funcionário desatento desliga tudo e vai embora.
O trio não tarda a descobrir o que aconteceu e o pânico vem da constatação de que só irão ser descobertos na próxima sexta-feira, quando a estação reabrir. Dan é o primeiro que dança, e isso não é contar o final, pois acontece antes da metade. A tensão é garantida. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Lado a Lado com um Assassino

Olga Kurylenko enfrenta bandidos da pesada
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Este policial israelense é quase todo ambientado num velho prédio de Jerusalem. Lá, em apartamentos vizinhos e às vezes no mesmo, se encontram duas mulheres caçadas por bandidos. A primeira, Elinor (Ninete Tayeb), é uma garçonete que luta para se sustentar e acaba de descobrir que está grávida. A outra, Galia )Olga Kurylenko), é uma assassina profissional que caiu em desgraça com seus antigos chefes.
No início do filme, a trajetória das duas corre paralela, mas com a proximidade elas acabam se juntando e uma serve de apoio para a outra. Os homens, como em boa parte dos filmes em que mulheres são retratadas como duronas, são todos uns canalhas.
O triste é que a violência das gangues, especialmente as que vêm do leste europeu, não parece exagerada. As atrizes convencem e a matadora sexy é interpretada pela bela bond girl de Quantum of Solace, que atuou no filme logo após a produção de destaque internacional. Descubra. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Twelve - Vidas sem Rumo

Chace Crawford vira traficante em escola
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O "twelve" do título original não é apenas o número, mas sim o nome de uma nova droga que passa a ser consumida nos colégios da elite novaiorquina. A base do filme é um romance de Nick McDonell que chegou a fazer certo sucesso na mesma época de Hell, obra que relatava a mesma falta de rumo nas altas rodas parisienses. Passado o boom, parece que o objetivo era mesmo o escândalo.
Na passagem para o cinema, o diretor Joel Schumacher (que adora o exagero, embora parece ter talento em escassez), destaca que tudo é como um livro, com uma irritante narração a cargo de Kiefer Shuterland (não por culpa do ator). O resultado é que o espectador logo de cansa.
O personagem principal é White Mike (o modelo Chace Crawford), que vira traficante não por alguma razão melhor, mas por que perdeu a mãe e está entediado. O assustador 50 Cent faz um traficante barra-pesada, que recebe favores sexuais das patricinhas doidas por uma droga. Nem é tão bonitinho, mas parece bastante ordinário. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Vencedor

Christian Bale e Mark Wahlberg: irmãos em crise
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É o filme que rendeu dois Oscar de interpretação: para Melissa Leo e Christian Bale, vencedores como atriz e ator coadjuvante. Mas, além disso, é um drama que chama a atenção por mostrar uma família exagerada, brega até não poder mais e que arma um barraco a cada cena. Melissa, a matriarca, dá um show, sempre com um cigarro e vários palavrões na boca. E o galã Bale perdeu vários quilos para viver um cara drogado e sem rumo.
O produtor porém é Wahlberg, que desta vez não compromete como ator. Ele vive Mick, um lutador que tem a carreira agenciada pela mãe maluca, mas decide encontrar um novo caminho na carreira. É aí que a leoa materna mostra as garras, principalmente porque ela acredita que existe a influência da nova namorada de Mick, Charlene (Amy Adams, também candidata ao Oscar).
É baseado numa história real e mostra também a tentativa de Dick (Bale), que já lutara até com o campeão mundial Sugar Ray, em se sentir importante novamente por meio da ascensão do irmão. Vale a pena e comove em muitos momentos. (Ronaldo Victoria)