terça-feira, 30 de agosto de 2011

Kung Fu Panda 2

Po enfrenta novos perigos na segunda aventura
Google Image
O desenho é a prova de que não é preciso nivelar por baixo, muito menos apelar, para fazer sucesso em desenho animado. Depois da primeira aventura, que fez grande sucesso, a segunda consegue ser ainda mais interessante, se for levado em conta que o roteiro ficou um pouco menos infantil e mais trabalhado. Foi um sucesso escolher um tema como o kung fu, popularizado desde os anos 70, e ao mesmo tempo escolher um hetói gordo e atrapalhado.
Desta vez, depois de passar pelo batismo de fogo, e se tornar guerreiro, Po vive ao lado de seu mestre e dos Cinco Furiosos. Mas eis que surge uma nova ameaça, na pele de lorde Shen, um vilão que quer simplesmente acabar com o kung fu, criando uma arma capaz de eliminar o poder da arte marcial.
A graça do enredo desta vez não está apenas nos tombos e na aparente inabilidade de Po para a luta, o que já foi explorado no primeiro filme. Há também a história da origem dele, que traz surpresa para o público. Divertido para todas as idades. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Trabalho Sujo

Amy Adams e Emily Blunt: encarando a sujeira
Google Image
É o que se pode chamar de um filme desglamurizado, que não apresenta pessoas chiques, aliás, muito ao contrário. Aliás, mostra gente como a gente... não gostaria de ser. São pessoas perdedoras, rótulo que a sociedade americana adora colocar em quem não conseguiu concretizar as promessas que pareciam ser claras na juventude.
É o que acontece com Rose (a ótima Amy Adams, candidata ao Oscar por Dúvida e O Vencedor). No colégio ela era líder de torcida, namorado do capitão do time de futebol. Hoje ele é amante do cara, intepretado por Steve Zhan, casado com outra. E sobrevive como diarista.
Até que por causa da profissão do amante, que é delegado, descobre como pode ser lucrativa a tarefa de limpar cenas de crimes violentos. Para isso, inclui a irmã Norah (Emily Blunt), outra perdida na vida, mas elas logo descobrem que é bem mais difícil do que imaginavam. O resultado é bem interessante. (Ronaldo Victoria)

Amor e Ódio

Jean Reno tenta salvar vidas
Google Image
Tem gente que deve se perguntar o seguinte: até quando a Segunda Guerra Mundial vai render assunto para o cinema? Parece que não para de acontecer isso, e Quentin Tarantino deu uma renovada há dois anos, com Bastardos Inglórios, mostrando os nazistas sendo caçados. Esse drama tem como característica retratar a visão exclusivamente francesa do conflito.
No caso, o principal da história é uma vergonha que demora para ser apaagada: o governo colaboracionista de Vichy. Tudo aconteceu em 1942, quando o chefe do governo francês, após a invasão da França pelas tropas de Hitler, preferiu se entregar e deixar o espaço livre para os nazistas agirem.
O roteiro, bem escrito, se fixa no dia 16 de julho daquele ano, data em que ocorreu a maior prisão em massa de judeus e consequente deportação para os campos de concentração. Foram 13.152 prisões, número suficiente para lotar um estádio, o Velôdrome de L'Hiver, destruído em 1959 para evitar as amargas lembranças. O elenco é ótimo, com destaque para Jean Reno. (Ronaldo Victoria)

sábado, 27 de agosto de 2011

O Noivo da Minha Melhor Amiga

Kate Hudson interpreta a noiva mimada
Google Image
O gênero comédia romântica, e sua progressão no cinema, por vezes lembra um velho ditado: quando mais muda, mais parece a mesma coisa. Ou seja, as comédias de vez em quando se atualizam, levando em conta a mudança dos costumes, mas a receita parece ser rigorosamente igual. Isso faz com que tenha um público cativo, mas ao mesmo tempo, não evolua.
É o que acontece aqui, num filme de resultdo mediano. Até há algum tempo, não se conceberia a história da melhor amiga e madrinha ir para a cama com o noivo logo após a despedida de solteira. Ms é o que acontece. Se antes ela seria acusada de infiel (ou galinha), aqui, para amenizar o deslize, pinta-se a noiva como uma patricinh futil.
A loira Darcy (Kate Hudson), sempre teve tudo o que quis, incluindo o belo Dex (Collin Egglesfield). Mas ele estuda com Rachel (Ginnifer Godwin), com quem tem algo mal resolvido. Para completar, há o amigo nerd, Ethan (John Krasinski) para apimentar a receita. Diverte, e nada mais. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Burlesque

Christina Aguillera estreia no cinema musical
Google Image
Não tem como não dizer que esse musical apresenta uma coleção de lugares-comuns. Coisas do tipo a menina que chega como não quem não quer nada e consegue se tornar uma grande estrela. Ou a história da estrela madura, uma mulher amarga, ver na jovem uma ocasião para rejuvenescer. Ao mesmo tempo, é muito gostoso de se assistir.
Contraditório? Nem tanto, já que os musicais não primam mesmo pela originalidade. No caso de Burlesque, a mocinha é Christina Aguillera, que estreia no gênero musical exibindo voz potente, mas dotes dramáticos ainda limitados. Já Cher, na pele da madura Tess, está contida.
Christina interpreta Ali, que sai do interior em busca de uma chance em Los Angeles. Consegue vaga de garçonete numa boate com o título do filme, de propriedade de Tess. Stanley Tucci tem destaque como o coreógrado afetado e Cam Gigandet faz o galã. (Ronaldo Victoria)

Piratas do Caribe 4

Johnny Depp ataca novamente
Google Image
A quarta edição da saga tem o subtítulo Navegando em Águas Perigosas e marcou uma troca de diretor: saiu Gore Verbinski e entrou Rob Marshall, de Chicago e Nine. Isso não mudou tanto o resultado, e nem mesmo a saída de Keira Knightley e Orlando Bloom afetou tanto assim. Para compensar, a espanhola Penélope Cruz, no início da gravidez, deu o ar da graça.
Penélope vive Angelica, uma ex-namorada de Jack Sparrow (aí não tem jeito, não se concebe o personagem sem a presença magnética de Johnny Depp). Ela é filha do Barba Negra (Ian McShane) e ambos se envolvem numa mistura perigosa: a procura pela Fonte da Eterna Juventude.
Nesse caminho, há outros destaques como as sereias malditas que tomam conta da região e muitos outros perigos. É tudo que se espera: ritmo ágil (um pouco menos agitado que os outros, o que melhora), história atraente e muitos efeitos visuais. Resumindo: diversão garantida. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Se Beber Não Case 2

Zach Galifianakis em cena na Tailândia
Google Image
É sempre polêmica a continuação de um grande sucesso cinematográfico, principalmente se ele for surpreendente, como aconteceu há dois anos com a comédia Se Beber Não Case. E é bom que se diga que além de surpreendente, foi um sucesso mais do que merecido, pois há muito tempo não se via um roteiro tão engraçado e atuações tão inspiradas.
A segunda parte sempre corre o risco de encontrar aquelas crtíticas já prontas, aqueles senões do tipo "ah, eles querem mesmo é faturar". E por que não? Aqui o resultado ficou muito bom também e dizer de qual se gostou mais é só uma questão de gosto.
Os três amigos (Bradley Cooper, Zach Galifianakis e Ed Helms) dessa vez vão para a Tailândia no casamento do útlimo. A escolha do lugar, onde existe uma vida noturna borbulante, ajuda bastante a dar um realce no clima. A diversão, mais uma vez, é garantida. (Ronaldo Victoria)

O Retorno de Tamara

Gemma Arterton é a sedutora de plantão
Google Image
A primeira dica de que esse filme não fica no lugar-comum é o fato de ser dirigido por Stephen Freas, o inglês que já nos deu Ligações Perigosas e A Rainha, entre tantas outras boas produções. Talvez seja um filme menor dele, mas grandes cineastas quase nunca fazem filmes pequenos, é uma questão de escolha. E o clima é claramente rural.
Afinal, tudo se passa num vilarejo inglês onde aparece a sensual Tamara (Gemma Arterton), que fez carreira como artista, e volta para a cidade natal após receber uma casa de herança da mãe. A chegada da moça, claro, provoca um terremoto no pedaço.
O ex-namorado Andy (Luke Evans) acha que é a chance de reconquistá-la, mas Tamara parece aliar a beleza com a inconstância. Ela se envolve com um roqueiro complicado (Ben Seargent) e um escritor casado e egoista, Nicholas (Roger Allam). Com quem ela fica? (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O Mafioso

Ray Stevenson é o procurado
Google Image
Filmes sobre a máfia começaram a fazer sucesso mesmo nos anos 70, especificamente pelas mãos de Francis Ford Coppolla. Foi ele quem dirigiu a saga de O Poderoso Chefão,  obra-prima considerada por muitos a melhor trilogia já realizada pelo cinema mundial. Claro que esse filme dirigido por Jonathan Hensleigh nem chega perto do mesmo patamar, mas não passa vexame.
Tudo acontece nos anos 70 também (a história é baseada em fatos reais), na cidade americana de Cleveland. Acontece que o mafioso irlandês Danny Greene, interpretado por Ray Stevenson, se desentende com a máfia italiana local e passa a ser perseguido.
Ele quer buscar independência, sair das asas dos italianos, mas logo compreende que isso é bem mais difícil do que imagina. As cenas de perseguição são bem sacadas e no fim é legal saber o que aconteceu com cada envolvido na trama. (Ronaldo Victoria)

O Garoto de Liverpool

Aaron Johnson vive o jovem John Lennon
Google Image
É muito interessante esse filme que conta história dos jovens anos de John Lennon, mesmo por quem não curta os Beatles. Aliás, creio que eles sejam  poucos, não? A produção, assinada por uma mulher, Sam Taylor- Wood, conta a vida dele antes de integrar o fenônemo que mudou toda a história da música pop mundial.
Tudo começa quando John ainda é um garoto da escola fundamental de Liverpool, no norte da Inglaterra. A vida dele está longe de ser considerada comum, já que foi abandonado pela mãe, Julia (Anne-Marie Duff) e ele é criado pela tia, Mimi (Kristin Scott Thomas).
O garoto fica dividido entre essas duas forças femininas. A mãe é o lado roqueiro, livre, sem amarras. Já a tia é a porção disciplinada e ambiciosa. Lados que Lennon exibiu ao longo da carreira. Mas uma tragédia interrompe essa divisão. Informação de bastidores: Johnson, 21 anos, começou a namorar a diretora, de 44 anos, e ela está grávida do segundo filho. (Ronaldo Victoria)

sábado, 20 de agosto de 2011

Os Pilares da Terra 3

Personagens da minissérie reunidos
Google Image
A minissérie inglesa vem alcançando grande sucesso no Brasil e já foram lançados mais dois episódios no país. Ainda não se sabe da possibilidade de exibição em TV aberta, o que pode ser uma boa opção. Afinal, o roteiro é envolvente, não se trata de nenhuma obra "cabeça". E o elenco é também bastante atraente.
Esta terceira parte traz como fato principal uma decisão da família Hamleigh, que domina a cidade britânica de Kingsbridge, onde se passa a história no tempo medieval, e que traz sérias consequências: todo comércio é proibido no local. O que leva à revolta os moradores, provocando caos e tragédia.
Nesse meio tempo, a jovem Aliena (Hayley atwell) precisa escolher entre seu amor por Jack (Eddie Redmayne) e a sua promessa de devolver o título de nobreza para o irmão Richard (Sam Caflin). Além disso, a briga dos dois clãs pela coroa continuam. (Ronaldo Victoria)

Os Pilares da Terra 2

Tony Curran interpreta o novo rei
Google Image
O romance épico escrito por Ken Follett deu origem a uma minisssérie apresentada com sucesso pela televisão inglesa. Aqui a obra foi dividida em vários DVDs e cada um une dois cápítulos. É possível até acompanhá-los separadamente, mas é claro que só aproveitará tudo quem assistir desde o início. É uma boa para quem curte obras ambientadas na Idade Média, com disputas políticas e religiosas.
Essa segunda parte é centrada na ascensão do novo rei, Stephen (Tony Curran), que enfrenta intrigas da família para se manter no poder. Enquanto isso, o cínico cardeal Waleran (Ian Mc Shane) continua fazendo o que mais sabe: conspirar para satisfazer suas próprias ambições.
Mais uma vez ele age contra o prior Philip (Matthew Macfayden) e a construção da catedral. Porém, Philip se alia a Jack (Eddie Redmayne) e Richard (Sam Caflin) e juntos vão pedir ao rei a manutenção do projeto do tempo. É aí que as coisas se complicam mesmo. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Futuro Perdido

Filme mostra sobreviventes de desastre
Google Image
O tema dessa produção modesta, realizada em parceria entre a Alemanha e a África do Sul, não pode ser chamado de original. Fala sobre pessoas que sobreviveram a um apocalipse e tentam se adaptar a novas situações, apesar dos perigos que rondam a todo momento. Como se sabe, é algo que o cinema vem mostrando desde O Planeta dos Macacos, no mínimo, talvez até antes.
Se não ganha em originalidade, há uma certa simpatia e personagens com os quais nos identificamos. A grande questão é que, com a nova realidade, tudo voltou a ser parecido com os primórdios da civilização. As florestas, pântanos e desertos são os mesmos da pré-história. E os animais também, com feras há muito extintas, como os dinossauros, voltando a ameaçar os humanos.
É nesse clima que acontece a aventura. O elenco também não é muito conhecido, sendo o mais famoso Sean Bean, normalmente escalado para papel de vilão em dramas policiais. Você pode até curtir, se não estiver esperando muito... (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Thor

Chris Hemsworth cai na Terra
Google Image
Esste parece ser o ano dos super-heróis no cinema (também teve Capitão América, Lanterna Verde e até o Besouro Verde) e essa aventura foi uma das mais bem-sucedidas. Na verdade, mais para o lado artístico, já que a bilheteria não foi assim um estoruo. Chamou atenção por equilibrar o lado fantasioso com algo mais sério.
Thor (Chris Hemsworth), todo mundo sabe, é o deus dos nórdicos, que tem como arma aquele famoso machado. O problema é que ele vem se tornando cada vez mais arrogante, o que faz com que seja banido de seu planeta e caia na Terra.
Aqui ele conhece uma estudiosa de arqueologia, interpretada por Natalie Portman. Natalie é um grande destaque do filme. Após ganhar o Oscar por Cisne Negro, ela prova que também consegue se dar bem em produções mais comerciais. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Pior Trabalho do Mundo

Jonah Hill e Russel Brand: fama e chiliques
Google Image
A maior característica das comédias, isso desde os tempos de Charles Chaplin, é que dependem totalmente do carisma de seus atores. É comum que algumas pessoas não gostem dos filmes de Jim Carrey, por exemplo, por causa de seus excessos de caretas. Se for assim, o que dizer de Russel Brand, que estrela essa comédia, ao lado de Jonah Hill?
Brand, marido da cantora Katy Perrey, tem uma persona que parece intragável para grande parte do público (eu incluído, claro). O que dificulta a adesão. O roteiro conta a história de Aaron (Hill), um executivo que se encontra num grande momento de sua carreira.
Até que decide aceitar um desafio: ser segurança de Aldous Snow (Brand), um astro de rock neurótico e paranóico. A barra é tão pesada que o título nacional do filme fica plenamente justificado. Mas é duro aguentar os exageros de Brand em cena. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Dilema

Dois casais em calma aparente
Google Image
Não fez muito sucesso essa comédia dirigida por Ron Howard, cineasta que teve seu melhor momento com o oscarizado Uma Mente Brilhante. A história até que possibilita ao espectador se colocar dentro do "drama" proposto, mas no resultado final parece ter faltado "liga".
O roteiro é centrado na vida de dois amigos, que se conhecem há muito tempo e trabalham juntos numa empresa de design automobolístico. Para dar tempero, os dois são bastante diferentes. Ronny (Vince Vaughn) é atirado e simpático, casado com a compreensiva Betty (Jennifer Connely). Nick (Kevin James) é mais discreto e tem uma esposa perua, Geneva (Winona Ryder).
Tudo acontece quando Ronny descobre que a mulher do amigo tem um caso com o playboy Zip (o galã em ascensão Channing Tatum). Claro que ele enfrenta o que expressa o título do filme. Mas a gente fica se perguntando se era necessária tanta enrolação. Queen Latifah faz uma aparição discreta na pele de uma executiva. (Ronaldo Victoria)

domingo, 14 de agosto de 2011

Matemática do Amor

Jessica Alba perdida entre números
Google Image
É uma comédia romântica com resultado mais curioso do que bem-sucedido. Mesmo assim, merece ser conhecida, por sair do lugar-comum. E traz a bela Jessica Alba tentanto convencer como uma esquisitona, uma criatura perdida no mundo. A sua personagem parece ter uma espécie leve de autismo, o que a impede de se relacionar de forma natural com as pessoas.
Isso acontece com Mona Gray desde criança, quando já começa a usar os números como bóias de salvação, válvulas de escape quando não consegue entender alguma situação. Tudo se complica por ser filha única e ter um pai de quem parece ter herdado essa característica e uma mãe que quer controlar tudo.
Mona acaba conseguindo um emprego como professora de matemática, mas o relacionamento com as crianças é mais difícil do que esperava. Também não consegue aceitar o amor que desperta em outro professor, vivido pelo charmoso Chris Messina. A curiosidade é que a mãe é vivida pela brasileira Sonia Braga e várias vezes é dito que as duas são muito parecidas. (Ronaldo Victoria)

sábado, 13 de agosto de 2011

Em um Mundo Melhor

Mikael Persbrandt em cena: médico com os dois filhos
Google Image
Esse drama dinamarquês foi o grande vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro neste ano. O fato nem foi tão comentado, já que o filme fez uma carreira discreta nos cinemas. O lançamento em DVD é a oportunidade de conhecer uma produção belamente dirigida por uma mulher, Susanne Bier, que lança um olhar humanista sobre um mundo em crise.
O título é um tanto dúbio, se deixa clara uma visão otimista, ao mesmo tempo parece dizer que esse "mundo melhor" está longe de nosso alcance. É o que sente um médico, intensamente interpretado por Mikael Persbrandt. Dinamarquês de nascimento, ele trabalha numa missão humanitária na África, onde precisa também lidar com a cultura local.
Vê costumes que sua visão europeia considera errados, mas como impor sua visão branca? Ao mesmo tempo, em seu país natal, o filho mais velho, um pré-adolescente, enfrenta problemas com bullying e tudo de que precisaria é de uma presença paterna mais constante. Para fazer refletir. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Jogo de Poder

Naomi Watts e Sean Penn nos bastidores da política
Google Image
A dupla Naomi Watts e Sean Penn deu certo há alguns anos no dramático 21 Gramas, dirigido pelo mexicano Alejandro Iñarritu. Eles repetem a parceria neste filme dirigido por Doug Liman, que fez o primeiro Identidade Bourne. O clima é diferente e tem mais a ver com suspense. É baseado numa história real que mostra as sujeiras da poítica.
A personagem principal é Valerie Plame (Naomi), que tem sua identidade de agente secreta da CIA colocada a descoberto. Tudo acontece porque seu marido, Joseph Wilson (Penn) ter escrito no New York Times que era falsa a alegação de George Bush de que o governo iraquiano teria armas de destruição de massa.
A partir daí, a vida do casal vira um inferno. O resultado é bastante satisfatório e fica ainda melhor quando aparece uma gravação com a verdadeira Valerie Plame dando um depoimento oficial. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Lixo Extraordinário

Tião em sua pose para Vik Muniz
Google Image
Este documentário causou sensação no Brasil quando foi anunciado, no começo deste ano, como candidato ao Oscar em sua categoria deste ano. No final, Trabalho Interno, a respeito da crise financeira americana (que realmente é bem melhor), acabou vencendo. Mas durante uns meses ficou aquele clima de "Brasil! Brasil!", como se fosse uma vitória do país.
O personagem central é o artista plástico Vik Muniz, artista plástico que está desde os anos 80 radicado nos Estados Unidos. Muniz se descobriu artista por lá, e descobriu também uma nova forma de expressão, utilizando materiais descartados para as suas obras. Engraçado é o fato de ele ser intensamente criticado por aqui, onde não se gosta muito de quem tem cartaz lá fora.
O fato é que Vik Muniz sabe vender sua obra (que apareceu até na abertura da novela Passione). Aqui ele retrata os catadores de lixo do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O bonitão Tião e a desiludida Isis ganham destaque com suas trajetórias emocionantes. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

VIPs

Wagner Moura tem múltipla personalidade
Google Image
É uma história sobre um personagem real, e que tem uma personalidade fascinante, no bom e no mau sentido. Melhor seria dizer múltiplas personalidades, já que Marcelo Nascimento da Rocha, hoje na cadeia, sempre pareceu não ter um perfil próprio e gostar de entrar em peles alheias. Tanto pode ser um piloto de avião, sem nunca ter voado, ou o dono de uma companhia aérea;
A trajetória de Marcelo teve seu auge no Carnaval de 2001, em Recife, quando convenceu todos do fato de ser o dono da Gol. Até mesmo o apresentador Amaury Jr., que o entrevistou como se ele fosse Nenê Constantino.
Numa prova de bom humor, Amaury vive ele mesmo e repete a cena real. Na pele do camaleão, Wagner Moura mais uma vez tem um ótimo trabalho. O elenco está bem, com destaque para Gisele Fróes como a mãe, Roger Gobeth na pele de um galã de novela (na verdade Ricardo Macchi, o cigano Igor) e Juliano Cazarré vivendo um bandido. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os Cavaleiros do Rei

Yannick van de Velde luta pela vida
Google Image
A aventura holandesa se passa na Idade Média e tem como personagem principal um cavaleiro. Ele é Tiuri (Yannick van de Velde), que é quase um cavaleiro. O garoto só precisa passar num teste para ser condecorado e poder usar o título. Para isso, precisa dormir uma noite em uma capela, sem falar e sem abrir a porta.
Só que no meio da noite alguém bate e o raoaz, mesmo arriscando seu título, decide saber quem é. Logo descobre que precisa entregar uma carta importante para um rei aliado. Tiuri hesita entre o desejo de ser corajoso e enfrentar a missão e a prudência de não arriscar o que almeja.
Então a aventura começa. A produção tem bons efeitos, a história prende a atenção e é uma indicação diferente para adolescentes que talvez já se cansaram de Harry Potter (até porque já acabou) e Crespúsculos da vida. (Ronaldo Victoria)

Aparecida o Milagre

Murilo Rosa interpreta um frio empresário
Google Image
Foi uma decepção nas bilheterias este novo filme de Tizuka Yamasaki. É provável que os produtores, em tempos em que tanto produções de padre Marcelo Rossi quanto outras de temática espírita fazem sucesso, esperassem um bom resultado. Foi um tiro na água. Primeiro pelo excesso de pieguice e de açúcar tomando conta de todas as cenas. Depois porque parece mais dramalhão que uma novela da Globo.
O roteiro é centrado em Marcos (vivido por Murilo Rosa na fase adulta). Ele tem um pai amoroso, quase um santo, que morrer nas obras da basílica de Aparecida. Depois disso, Marcos prefere ser criado pelo tio rico e se esquece de suas origens.
Aí a história fala também de Lucas (Jonatas Faro), o filho de Marcos que tem orgulho de ser idealista e acha o pai uma pedra de gelo. Marcos também se divide entre a ex-mulher Sônia (Leona Cavalli) e a namorada Beatriz (Maria Fernanda Cândido), mas parece só gostar dele mesmo. Até que uma tragédia acontece e é preciso apelar para a fé. Uma sucessão de clichês. (Ronaldo Victoria)

O Vigarista

Russel Peters se vira no mundo da arte
Google Image
A comeédia americana é centrada no mundo da arte e tem como personagem principal um cara que entra de gaiato no navio das grandes exposições. O título brasileiro, como se percebe, já deixa claro uma condenação ao caráter do rapaz. Mas não é bem assim. E também não espere um grande passatempo, pois o resultado fina fica bem na linha do mediano.
A história fala sobre Vince (Russel Peters), que é preso depois que uma tentativa de roubo dá errado. Quando consegue a liberdade condicional, é forçado por Kranski (o veterano Donald Sutherland) a trabalhar novamente para a quadrilha.
Passa a atuar como funileiro que deixa como novos os carros roubados, mas não tarda a descobrir que tem talento para a escultura. Daí para ser considerado um novo nome do circuito chique das artes é um salto. Quanto tempo, porém, ele vai conseguir esconder o seu passado? (Ronaldo Victoria)

sábado, 6 de agosto de 2011

O Amigo da Onça

Matthew Modine (à frente): amizade em crise
Google Image
Poucos filmes merecem tanto o rótulo de "propaganda enganosa" como essa comédia que não provoca risos. Começa pelo título escolhido, que só faz sentido para quem conhecia um personagem humorístico do passado. E depois há o fato de colocarem na capa com destaque Zach Galifianakis, o gordinho barbudo de Se Beber Não Case, como se ele fosse o grande destaque.
Não é, Galifianakis faz um papel bem secundário. Mas o fato pior mesmo é, como já disse, que a trama não tem graça. O personagem principal, chamado de Senhor Jack, é vivido por Matthew Modine, ator que teve popularidade há algum tempo mas agora está um tanto decadente.
Tudo acontece quando um grupo de amigos descobre que escapou de um crime terrível, e que um deles foi assassinado. Aí começa uma série de reflexões a respeito da morte e dos problemas mentais, e tudo em tom de farsa, o que atrapalha ainda mais. Resumindo: quem te recomendar é "amigo da onça". (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Você vai conhecer o homem dos seus sonhos

Anthony Hopkins e Naomi Watts: encrencas em família
Google Image
É engraçado (e bacana) ver como Woody Allen enfrenta todos os percalços da carreira e se mantem atual. Há alguns anos ele era dado como decadente, não encontrava produtores e mudou-se para Londres. Ambientou algumas de suas comédias em cidades européias, a pedido, enfrentou críticas de estar se vendendo, mas os resultados (Vicky Cristina Barcelona e Meia-noite em Paris) calaram a boca dos críticos.
Sempre dizem que Allen alterna filmes menores com outros mais ambiciosos. Este aqui foi considerado da safra menor, mas nem por isso irrelevante. O roteiro é uma ciranda de amores. Começa quando um aposentado inglês (Anthony Hopkins) anuncia que vai deixar a mulher (Gemma Jones) para ficar com uma ex-prostituta muitos anos mais jovem.
O casal tem uma filha (Naomi Watts), casada com um escritor em crise (Josh Brolin), que conhece uma garota indiana (Freida Pinto) e também se enamora. O elenco é charmoso e a história flui com classe. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Clínica

Tabrett Bethell (centro) cai numa cilada
Google Image
É um filme de suspense, com um certo ar trash, o que em muitos casos é garantia de diversão, ainda que mórbida. A linha em que ele se situa vai um pouco na de Jogos Mortais ou O Albergue, ou seja mostra pessoas que perderam todo tipo de compaixão e uma humanidade, agindo em nome de instintos, e considerando o próximo apenas como alguém que deve satisfazer seus desejos.
Quem sente isso na pele é o casal Beth (Tabrett Bethell) e Cameron (Andy Whitfield). Eles decidem viajar de carro para a cidade onde vivem os pais do rapaz. Um dia Beth acorda e encara uma situação totalmente inusitada: ela está sozinho, sem seu bebê, que foi sequestrado.
Beth se vê numa estranha clínica, onde existem mais seis jovens mães que também tiveram suas crianças aprisionadas. Então precisam compreender o que está acontecendo, quais são os interesses da quadrilha e o que elas podem fazer para se libertar. Para quem tem sangue frio. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Telepata

Nick Stahl e o poder do pensamento
Google Image
Não precisa ser lei, mas deveria haver uma regra de bom senso que diria o seguinte: quem não tem muito dinheiro para arcar com uma boa produção que se contente em fazer um filme mais simples. Simples assim.
Porque já que temos um cinema comercial, e ele é uma grande indústria, grana, money, fazem falta. É o que se sente nessa aventura de segunda linha.
O tema até que é interessante: o poder de prever o futuro. É o que acontece com Joshua Lazarus (Nick Stahl, que começou em Exterminador do Futuro). Ele tem o dom da telepatia e, por isso, vive sob a proteção da Agência de Segurança Nacional americana.
Ele usa as suas habilidades especiais para ajudar o governo. Não tarda a descobrir que nem todos são confiáveis naquele meio. E talvez nem precisasse ser telepata para desconfiar disso, não? Então, tenta cair fora, o que, claro, será bem difícil. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Como Você Sabe

Owen Wilson e Reese Witherspoon: romance complicado
Google Image
Fica complicado você embarcar no clima de uma comédia romântica quando não se envolve com os personagens, quando não dá vontade de torcer por eles. Torcer, aliás, é verbo fundamental para o cinema comercial. Deve ser por isso que não fez sucesso nos cinemas, apesar do belo elenco. Tirando o fato de que o título não diz absolutamente nada...
A personagem principal é Lisa (Reese Witherspoon), atleta que de repente é cortada de seu time e fica sem chão. Ela acaba se envolvendo com Matty (Owen Wilson), um jogador mulherengo. Ao mesmo tempo, conhece George (Paul Rudd), um executivo inseguro.
A coisa caminha sem envolver a gente. Com quem Lisa vai ficar? Sinceramente, tanto faz. O que é péssimo para se dizer de um filme. É também um desperdício dos atores. Sem contar que Jack Nicholson é coadjuvante. Ele só deve ter topado por que foi com o diretor, James L. Brooks, que ganhou dois de seus três Oscar (em Laços de Ternura e Melhor Impossível). (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Rápida Vingança

Dwayne Johnson entre a crise e o crime
Google Image
Cedo ou tarde, os atores que fazem o tipo musculoso acabam querendo mostrar que são mais do que belos bíceps. Então acham que podem fazer comédia. Aconteceu com Scharzenneger, que ao menos conseguiu sucesso com Irmãos Gêmeos e Um Tira da Infância, e com Stallone, que quase colocou a carreira a perder. Com Dwayne Johnson foi a mesma coisa, e parecia que ele tinha se encontrado na linha humorística.
Porém, chega a hora em que eles (e o público) sentem que estão vestindo um santo para desvertir outro. Deve ser por isso que Johnson (que agora não se assina mais como The Rock) estrelou essa aventura. O resultado foi mediano, e saiu direto em DVD no Brasil.
Ele interpreta um ex-prisoneiro (que não tem como nome identificado e é conhecido apenas como Driver, ou Motorista). Logo se descobre que, durante um assalto, ele e o irmão foram traídos pela quadrilha. Agora livre, ele vai se vingar de todos. (Ronaldo Victoria)