terça-feira, 31 de maio de 2011

Scott Pilgrim Contra o Mundo

Michael Cera tenta se acertar na música e no amor
Google Image
Notou como os nerds (que têm até um dia de orgulho, 25 de maio) andam cada vez mais em alta no cinema americano? Nos últimos anos, apareceram várias comédias em que os caras feios porém sensíveis, ruins de esporte mas ótimos em QI, tem sido considerados opções bem melhores para mulheres que parecem ter desistido do príncipe encantado.
E entre os jovens atores, ninguém melhor que Michael Cera, com sua cara de bobo de bom coração, para retratar os geeks. Ele já foi marido da Juno e estrelou Superbad. Agora, nessa divertida comédia, ele se transforma até em super-herói.
Cera vive o Scott Pilgrim do título, um cara tão de bem com a vida e desencanado que divide apartamento (e a cama de casal) com um amigo gay, sem rolar nada e no respeito. Mas tudo muda quando, durante uma apresentação de sua banda, ele conhece Ramona (Mary Elisabeth Winstead), uma gata que muda de cor de cabelo com a mesma frequência com que troca de namorado. Aí ele precisa enfrentar os ex da garota. Descubra. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um Caminho de Luz

Nerea Camacho interpreta a menina moribunda
Google Image
É um filme espanhol triste até demais, que mostra o sofrimento de uma criança acometida por um tumor maligno. Para complicar, há outras desgraças envolvendo a família, ligada à Opus Dei, e que tem um tal fervor religioso que aceita tudo. A mãe chega a irritar com seu exagero, a filha mais velha virou freira sem ter vontade e o pai fica meio perdido entre as mulheres.
A menina é Camino (Nerea Camacho), que aos 11 anos fica dividida entre duas emoções, se apaixonar e enfrentar a morte. O menino que desperta seu amor se chama Jesus e é tudo assim alegórico, pois o diretor não teve autorização da família que tem sua história apresentada.
Ela era Alexia Gonzáles-Barros, falecida em 1985 na cidade espanhola de Pamplona e a Opus Deis vem lutando desde então por sua canonização. É um drama sem medo de exageros, de parecer derramado, e que por isso mesmo pode resultar polêmico. (Ronaldo Victoria)

domingo, 29 de maio de 2011

Você de novo

Galera feminina unida, ou não?
Google Image
Não é nenhuma maravilha (nem tem essa pretensão), mas trata-se de uma comédia que diverte ao falar de tema que pode ser mais sério do que parece: a rivalidade feminina. Afinal, marcar território e se impor junto a outras mulheres é um caminho indispensável para se atingir a maturidade. É que mostra o roteiro, abordando três gerações.
A história começa quando Marni (Kristen Bell) chega em casa, após vários anos cuidando da carreira bem-sucedida, para assistir ao casamento do irmão. Só que tem uma grande surpresa ao descobrir que a noiva é Joana (Odete Yustman), a garota que tornou a sua vida na escola um inferno.
Marnie não se conforma e pensa em alertar o mano sobre assunto, até porque não acredita na transformaçao da fera em boazinha. Além disso, a mãe de Marnie, Gail (Jamie Lee Curtis) teve uma disputa grande na adolescência com Ramona (Sigourney Weaver) e logo se instala outra saia-justa. Até as avós eram inimigas. As atrizes, principalmente as maduras, seguram as pontas e garantem o interesse do público. (Ronaldo Victoria)

sábado, 28 de maio de 2011

Eu e meu guarda-chuva

Victor Froman, Rafaela Victor e Lucas Cotrim em cena
Google Image
Essa aventura infanto-juvenil é baseado num livro do titã Branco Mello, que fez sucesso também no teatro mas não repetiu o feito no cinema. Como quase toda obra de quarentã falando de infância, o tom é bastante nostáligico e talvez por isso não tenha chamado tanto a atenção da criançada. Mas tem bons momentos e talvez os mais maduros curtam mais.
O personagem principal é Eugênio (Lucas Cotrim), que está triste por que chegou o último dia de férias e ele precisa voltar à escola onde quase não tem amigos. Seu melhor amigo é Cebola (Victor Froman), um loiro de bom coração mas péssimo português. Eugênio se encanta por Frida (Rafaela Victor), mas ela o vê apenas como um colega.
Quando invadem um colégio desativado, entram em apuros mas Frida não consegue fugir. Então ele busca uma saída com o auxílio do guarda-chuva que herdou de seu avô. Daniel Dantas tem boa participação como o barão que obriga os meninos a entender gramática. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Besouro Verde

Seth Rogen e Cameron Diaz unidos contra o crme
Google Image
O grande problema dos filmes baseados em heróis de história em quadrinhos é que quase sempre são levados a sério demais. A ponto de o Batman parecer realmente um super-homem e não um cara complicado de uniforme de morcego. Coisa de nerd sissi, que se sente incompreendido, com o perdão do psicologismo barato. Ainda bem que deste mal O Besouro Verde não padece.
Isso porque o tom bem humorado dá liga à trama. O personagem é Britt, feito por Seth Rogen, humorista que tem um certo ar pretensioso, mas se conteve. Ele é filho de um magnata da imprensa, interpretado pelo ótimo Tom Wilkinson. Um dia o pau morre em circusntâncias suspeitas e Britt, um irresponsável, precisa tomar conta dos negócios.
Acaba contando com a parceria do funcionário Kato (Jay Chou), que vira seu parceiro também nas aventuras heroicas. Cameron Diaz como a secretária bonita e Christoph Waltz na pele do vilão também garantem o interesse. Passatempo agradável. (Ronaldo Victoria0

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Caça às Bruxas

Ron Perlmann e Nicolas Cage: das trevas à luz
Google Image
É mais um filme de Nicolas Cage, ator que acumula trabalhos e que nos últimos anos vem aumentando a expressão de carrancudo nas telas. Será que ele anda estressado? O fato é que essa aventura de clima medieval não fez tanto sucesso nos Estados Unidos, mas compensou com uma boa bilheteria no Brasil. O resultado não é ruim, mas fica distante do brilhantismo.
Cage vive o cavaleiro Behmen, que já está cansado do clima de perseguição religiosa que domina a Inglaterra naqueles tempos. Apesar de já ter lutado em várias Cruzadas, Behmen está cansado de guerra. Mas é convocado para uma nova missão ao lado de seu amigo Felson (Ron Perlmann).
Eles precisam levar uma jovem acusada de bruxaria, interpretada por Claire Foy, para um monastério distante. Além de o caminho ser cheio de perigos, ele precisa ficar imune aos apelos da jovem, por liberdade. Será que ela é mesmo uma bruxa? A resposta surpreende. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Atração Perigosa

Ben Affleck e Jeremy Renner: parceiros de crime
Google Image
A crítica adora pegar no pé de Ben Affleck e dizer que, como ator, ele é um belo canastrão (isso porque, aos 39 anos, seu charme continua inquestionável. Acontece que o moço que ganhou o Oscar ao lado do amigo Matt Damon há 12 anos por Gênio Indomável (o que talvez explique a implicância contra ele), tem se saído bem melhor na direção. Seu primeiro filme, Medo da Verdade, baseado em livro de Dennis Lehane, foi uma surpresa ao mostrar o lado sombrio de Boston.
Esse continua a ser rodado na cidade, onde Affleck nasceu e morou boa parte da juventude. Dessa vez, o roteiro parte de uma estatística: a de que em Boston acontecem 300 assaltos a banco por ano. Ele vive Doug, o chefe de uma impiedosa quadrilha que assalta com fantasias de freira.
Doug tem de lidar com os chiliques de James (Jeremy Renner, que foi outra vez candidato ao Oscar depois de Guerra ao Terror). E também com o fato de que Claire (Rebecca Hall, de Vicky Cristina Barcelona), advogada que fez refém durante um assalto em que estava mascarado, virou o que diz o bobo título nacional. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Zé Colméia

Catatau e Zé Colméia tentam salvar o parque
Google Imagem
Ninguém é louco (ou chato) de querer que um filme como esse, dedicado ao público infantil, tive uma trama mais complexa. Mas também a história não precisava ser tão "básica" (no sentido de preguiçosa assim. Faltou um pouco mais de charme para fazer com que os personagens, adorados pelas gerações anteriores, fossem curtidos pela garotada de agora. E os efeitos dos bonecos também não são lá essas coisas.
A produção mistura atores reais com personagens animados, igual ao que fez Scooby Doo há uns anos. Zé Colmeia e Catatau (que no original são conhecidos como Yogi Bear e Boo) ganham as vozes de Dan Aykroyd e Justin Timberlake.
O herói mesmo é o guarda Smith (Tom Cavanagh), que luta contra o fechamento do Jelystone Park, ameaçado por um prefeito ambicioso. Zé Colméia, gorducho e sempre de olho nas cestas de piquenique, mais atrapalha do que ajuda. Não é nada especial, mas diverte. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Busca Sangrenta

Ryan Kwanten interpreta policial em apuros
Google Image
Parece um policial despretensioso, mas por trás de Busca Sangrenta há uma questão séria e delicada: até que ponto fazer justiça com as próprias mãos, sem esperar a burocracia e as amarras da justiça constituída. É uma pergunta difícil, mas o que se perecebe é que a maioria dos filmes que a fazem parecem conduzir o público a dizer que sim, vale a pena fazer. Perigoso, não?
A história fala sobre Shane Cooper (Ryan Kawanten), jovem policial policial que deixa a cidade grande para ficar na pequena cidade de Red Hill (título original do filme), com a esposa grávida, correndo do estresse e em busca de uma nova vida.
Acontece que ele chega bem no dia em que estoura uma rebelião no presídio, e o chefe dos amotinados, o sinistro Jimmy (Tommy Lewis) anda louco em busca de vingança. Em meio ao banho de sangue, ele terá de decidir se passa por cima da justiça para sobreviver. (Ronaldo Victoria)

domingo, 22 de maio de 2011

O Estudante

Jorge Lavat volta aos bancos da escola
Google Image
Este drama mexicano poderia ser descberto e ter exibição garantida para os grupos de terceira idade (detesto a expressão melhor idade!). Por dois motivos; porque mostra que é possível recomeçar em qualquer tempo e que nunca é tarde para aprender. Coisas que parecem óbvias, mas das quais muita gente se esquece pelo caminho. Mas é claro que pode ser curtido também pelos jovens.
O personagem principal é Chano (o carismático Jorge Lavat). Depois de aposentado, ele resolve que vai fazer o que não pode. Entra num curso de literatura e começa a se relacionar, às vezes de igual para igual, com jovens de 20 e poucos anos. Seu lema de vida é baseado no Dom Quixote, obra que faz os novos amigos lerem e seguirem.
Um dia, porém, acontece um drama na vida de Chano (é melhor não falar, embora pinte na metade do filme). A partir daí, ele verá se realmente vai conseguir colocar em prática seu lema de recomeçar. Mas talvez seus novos amigos possam dar uma lição de maturidade. Reparou como tem tudo para  ser comovente? (Ronaldo Victoria)

sábado, 21 de maio de 2011

Abutres

Ricardo Darin e Martina Guzman: cheiro de sangue
Google Image
O título do drama argentino faz referência àqueles profissionais (ou não) que ficam sondando locais de acidente, clínicas ou necrotérios tentando convencer as vítimas (ou parentes, em caso de morte) a entrar com processo. São uma variação dos tais advogados de porta de cadeia, seriam na verdade de porta de hospital. Tem direção segura de Pablo Trapero, um dos maiores nomes do atual cinema argentino, que tem conseguido com maestria mostrar todo tipo de problema do país.
O impacto foi tão grande que fez com que na Argentina se preparasse uma lei que muda a forma de acionar as seguradoras em caso de acidente. O personagem principal, Sosa, o típico urubu, é vivido por Ricardo Darin, hoje o maior ator de seu país, perfeito tanto em comédias quanto em dramas. Seu trabalho é viver atrás de possíveis clientes para conseguir indenizações.
Porém, seus representados nem imaginam que ele está envolvido até o pescoço com fraudes e corrupção. Sosa se envolve com a jovem socorrista Lujan (Martina Guzman, boa atriz e mulher do diretor), mas com o tempo ela acaba desconfiando, não sem razão, que está sendo usada pelo malandro. O problema é que a essa altura Sosa se apaixonou de verdade. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Centurião

Michael Fassbender vive o romano Quintus Dias
Google Image
Produções com essa temática (que antigamente em Holywood eram chamados de "filmes de saiote e sandália", por causa do figurino dos atores) devem muito para O Gladiador, que em 2000 tirou esse gênero do limbo. Esta aventura não teve tanto sucesso assim, mas merece ser vista. A produção é boa, os efeitos também. Exagera um pouco na violência, e talvez esse seja seu único defeito.
A história se passa em 117, em Roma, quando chega a notícia de que a nona companhia do exército romano se perdeu, ou foi dizimada, na Inglaterra. O que se comentava era a ferocidade dos inimigos ingleses. O fato, contam os livros, realmente aconteceu, mas acontece que nunca se soube o destino da tal companhia.
Aqui se cria uma explicação para o sumiço, com a missão dada a Quintus Dias (Michael Fassbender) de resgatar os romanos. A expedição, claro, é cheia de sobressaltos, para justificar a história. Chama a atenção uma inimiga particularmente poderosa, uma espécie de bruxa vivida pela russa Olga Kurylenko, a bondgirl do mais recente filme de 007. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os Pilares da Terra

Ruffus Sewell interpreta o construtor da igreja
Google Image
Não é um filme independente, mas uma minisssérie em oito capítulos feita para a televisão inglesa. A base é o livro de Ken Follett, de mesmo nome, ambientado na Idade Média, o que em mãos talentosas rende histórias que misturam fé e pecado e deixam o espectador ligado. É o que acontece aqui. De cara dá para se enredar na trama e ficar esperando os próximos capítulos.
O roteiro fala sobre a construção de uma igreja na Inglaterra do século 12. Erguer o templo é o sonho do humilde construtor tom (Rufus Sewell) e este primeiro episógio gira basicamente sobre esse desejo.
Mas há vários outros personagens atraentes, como a família do pedreiro, que também tem uma amante fogosa. Há Jack (Eddie Redmayne), que se junta ao grupo. Existem os nobres e reis, além de representantes opostos da Igreja Católica: o ambicioso cardeal Waleran (Ian McShane) e o sensato prior Philip (Matthew Macfayden). É fácil de assistir, e de gostar. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

127 Horas

James Franco vive o alpinista azarado
AllMovie Photo
Houve notícias de pessoas que desmaiaram ao assistir esse filme. Pode até soar como exagero (ou marketing), mas há uma cena que tem tudo para deixar o espectador com vontade de fechar os olhos. Melhor não contar, embora este fato já tenha sido bastante comentado que hoje a maioria deve saber do que se trata. A questão é que o filme é ótimo e não precisa de escândalo.
É a volta de Danny Boyle atrás das câmeras, depois de ter recebido o Oscar por Quem Quer Ser um Milionário. Boyle faz da narrativa uma história de superação, mas não cai em nenhum momento na pieguice, o que detesta e já mostrou isso várias vezes. O filme tem um estilo que flerta bastante com a comédia, em momentos em que o personagem, Aron, brinca como se apresentasse um programa de rádio ou TV, isso apesar de viver um drama.
Acontece que ao tentar explorar umas rochas, cai num buraco e fica preso por uma pedra que imobiliza seu braço. Será que você adivinha o que ele é obrigado a fazer, após mais de cinco dias isolado? No papel James Franco dá um banho e foi candidato ao Oscar. Boyle só permite mesmo a emoção solta nas cenas finais, com o verdadeiro Aron. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Micmacs

Dany Boom vive incrível aventura em Paris
Google Image
O subtítulo desta comédia francesa é Um Plano Complicado, o que não ajuda muito a convencer o públicoa assistir. Mas e se eu disser que é dirigido por Jean-Pierre Jeunet, o mesmo autor de O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain, melhora? E que, ainda por cima, segue o mesmo estilo de seu filme mais famoso? Ajuda bastante a convencer de que se trata de uma diversão muito legal.
Alguns críticos disseram que Jeunet vem se repetindo, seguindo a mesma fórmula, mas não é assim que fazem os grandes cineastas? Todo mundo sabe o que esperar de um filme de Spielberg ou Scorsese. Então... Jeunet faz de seus filmes uma fábula, em que as pessoas buscam seu destino e demonstra uma crença muito grande no ser humano. Talvez Amèlie Poulain seja uma projeção feminina dele, vá saber...
Aqui o herói é Bazil (Dany Boon), como sempre alguém à margem da sociedade. Quando ele leva um tiro na cabeça e fica com a bala alojada, une-se a uma tribo que vive nos subterrâneos de Paris para se vingar do fabricante de armas. Diversão garantida. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cherry Bomb

Rupert Grint em cena de cama com Kimberley Nixon
Google Image
Este drama ambientado em Belfast, na Irlanda, pode chamar a atenção dos fãs de Harry Potter, principalmente por que o astro é Rupert Grint, e ele vive cenas bem ousadas. Está certo que há alguns anos ele viveu um rapaz que se envolvia com uma mulher madura (interpretada por Laura Linney) em Lições de Vida. Mas aqui a história é bem mais ousada, com cenas de cama que nem lembram o Ronnie.
Grint vive Malachy, rapaz sensato e que segue os padrões, filho de um professor de ginástica que toma conta de um centro esportivo. É diferente em tudo de Luke (Robert Sheehan), o típico bad boy, que convive numa família maluca à beira da criminalidade.
Apesar de tudo, os dois mantém a convivência, mas tudo pode ir por água abaixo quando aparece no caminho a sensual Michele (Kimberley Nixon), por quem ambos se apaixonam. Para complicar, a garota é do tipo manipuladora e adora saber que está sendo disputada e colocando a amizade deles em questão. O final, claro, é dramático. (Ronaldo Victoria)

domingo, 15 de maio de 2011

Um Caminho para Recomeçar

Jeff Bridges encara os aeroportos da vida
Google Image
Este é o tipo do filme que consegue público por conta do elenco. Afinal, o astro é Jeff Bridges, que finalmente consegue a valorização que sempre mereceu, depois do Oscar no ano passado. No papel de filho dele está Justin Timberlake, sem dúvida um astro da música pop, embora ainda não tenha chegado lá como ator. Os papéis femininas são de Mary Steenburgen (atriz sempre marcada) e Rony Mara (em ascensão depois de A Rede Social e que deve estourar de vez na versão americana de Os Homens que não Amam as Mulheres).
Ou seja, tudo isso é para dizer que você não vai se aborrecer, mas também não vai encarar uma história muito original. O roteiro é a clássica história de pai e filho separados que tentam se entender. O filho é Carton, que virou atleta como o pai, apesar da ausência. O pai é Kyle, que é uma celebridade esportiva mas abandonou a família.
Um dia a mãe descobre que está com uma doença séria e quer que pai e filho voltem a se falar. Quer a família reunida, nem que seja pela última vez. Claro que a viagem tem mais percalços do que se imagina, mas é exatamente isso que garante o interesse. (Ronaldo Victoria)

sábado, 14 de maio de 2011

Enterrado Vivo

Ryan Reynolds passa o tempo todo num caixão
Google Image
Imagine o desafio de fazer um filme de aventura em que aparece apenas um ator. É certo que o elenco credita vários nomes, mas todos os outros têm apenas a voz em destaque. Para complicar, só existe um cenário e é um caixão apertado onde o astro fica o tempo todo, quase sem poder se mexer. Pois, acredite: o desafio foi vencido e resultou num filme a que se assiste com as unhas roendo de tensão.
Claro que existe o contexto político, pois o herói é um americano no Iraque, mas isso é secundário. O que importa é que consegue prender a atenção. O heroi é Paul Conroy (o galã Ryan Reynolds) que de uma hora para outra acorda caixão. A seu dispor, ele tem apenas um isqueiro e um celular.
Enquanto luta para vencer o cansaço, o desespero, e a falta de ar, ele tenta entrar em contato com o governo americano, a CIA e sua família. Até que os sequestradores exigem um resgate milionário, e Paul tenta argumentar que é apenas um caminhoneiro em missão no país. Mas um vídeo seu cai no YouTube e prejudica ainda mais as negociações. Será que ele consegue escapar? (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Megamente

O vilão azul quer mudar de perfil
AllMovie Photo
Não foi o sucesso que se esperava no Brasil este desenho animado muito divertido. Para que você tenha uma ideia, numa cidade como Piracicaba (com um circuito cinematográfico apenas dedicado a profissões comerciais), nem foi exibido. Talvez o problema tenha sido uma certa complexidade do roteiro, o que faz com que as crianças menores não entendam. E os pais não vão sozinhos.
A ideia do roteiro é trabalhar, ou cortar, essa divisão entre bonzinhos e maldosos, mocinhos e bandidos. O que é ousado, já que desenhos da Disney fazem questão de deixar isso bem claro. O tal vilão, que tem uma cabeçona azul, pe o Megamente (voz de Will Ferrel no original). Ele deseja eliminar seu rival, Metro man (dublado por Brad Pitt).
Com ajuda de um serviçal, consegue seu objetivo, mas logo descobre que sua vida se tornou tão chato que precisa de algo: um adversário contra quem lutar. O resultado é muito divertido, e gente grande pode curtir o desenho sem culpa. (Ronaldo Victoria)

Em Busca de Redenção

Hugo Weaving e Tom Russel: pai e filho na estrada
Google Image
O título nacional não chama em nada a atenção, mas a capa do DVD ajuda um pouco mais com a foto de um homem e um menino perdidos numa praia. Sinal que é uma história sobre reencontro entre pai e filho. E, para quem gosta de um bom drama, só existe outro tipo de filme mais atraente que esse: o que fala de reencontro entre mãe e filho.
É uma produção australiana, simples mas de bom efeito. No papel principal está Hugo Weaving, ator do país que começou fazendo sucesso como uma das drags de Priscilla, depois estourou em Hollywood em Matrix e V de Vingança. Aqui ele retorna à terra natal, e encara um personagem bastante sombrio.
Kev é o nome dele, um homem de passado conturbado que um belo dia acorda Chook (Tom Russel, ator mirim talentoso e sem os tiques comuns à idade) para uma viagem de carro em busca de acertar a relação. O final tem uma surpresa. O retrato dos personagens não é amenizado, o que tem um bom efeito dramático. Tanto que em algumas horas a gente tem vontade de pedir que o menino dê um murro na cara daquele chato. Quer coisa mais real? (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Além da Vida

Matt Damon enfrenta a maaldição da mediunidade
Google Image
Para uma parte do público foi uma surpresa saber que o novo filme do ícone Clint Eastwood falar sobre a vida após a morte. Afinal, o ator e diretor sempre teve fama de durão e materialista. Será que os 80 anos pesaram e ele agora pensa em questões menos terrena? Pouco importa, o que conta é que mais uma vez ele saiu do lugar-comum e conseguiu um feito ao abordar o tema: evitou a pieguice.
O roteiro do drama costura, de forma muito talentosa, três histórias. Começa centrado na trajetória da jornalista francesa Marie (Cecile de France), que sai do hotel onde está na Indonésia justamente quando acontece o tsunami (as cenas são impressionantes). O fato muda sua vida, a ponto de repensar a carreira e querer escrever sobre a experiência.
Logo se mostra a vida de George (Matto Damon), que se descobre médium, o que para ele se torna uma maldição. Isso porque as pessoas, principalmente as mulheres, o acham esquisito e fogem dele. E depois há o drama de dois irmãos gêmeos, separados pela morte. No final a gente descobre que Eastwood fala na verdade de algo que entende muito bem: a vida. Não perca. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bravura Indômita

Jeff Bridges e Haylee Steinfeld: crise no Oeste
AllMovie Photo
Sempre quando há um lançamento dos irmãos Coen (Joel e Ethan), geralmente há uma divisão. A crítica adora, enquanto o público em geral torce o nariz. Dizem até que eles são a mais perfeita tradução da expressão "ame ou odeie". Desta vez, porém, não parece tanto assim. É que o resultado ficou mais morno, sem dar chance a grandes paixões ou implicâncias.
Talvez por que seja um material de segunda mão, ou seja, é uma adaptação de um faroeste dirigido no final dos anos 60 e que deu o primeiro Oscar para John Wayne. Quem viu a obra original (como eu), não entende a razão de ter sido refeita.
Só se for para dar mais uma chance para Jeff Bridges brilhar na bele de Cogburn, o xerife caolho e beberrão que é contratado pela adolescente Mattie (Haylee Stanfield) para encontrar o assassino de seu pai. Josh Brolin e Matt Damon também estão no elenco, mas pouco têm a fazer. A sensação final é de frieza, e não ligada à neve dos cenários. (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ladrões

Turma de gatunos charmosos se reúne para golpe
Google Image
Talvez exista uma explicação psicanalítica para o fato de muita gente gostar de filme de roubo... e torcer para os ladrões. É até fácil entender, já que, por mais careta que seja a pessoa, há no fundo um desejo de ir contra as regras. Nesse caso, fica até fácil torcer, porque o elenco masculino é bastante charmoso e prende a atenção.
Estão na aventura Chris Brown (tentanto se reerguer após os sopapos na Rihanna), Paul Walker (o loiro de Velozes e Furiosos), Hayden Christensen (de Star Wars),  Michel Ealy (nome da nova geração) e Idris Elba (galã black e maduro). Eles formam um grupo que confunde a polícia com seus audaciosos assaltos a banco.
Um dia resolvem tentar um golpe ainda mais alto, mas surge uma pedra nos sapatos dos rapazes. Eles passam a ser perseguidos por Jack Welles (Matt Dillon, veterano e sempre com atitude), que não quer ser feito de bobo pelos criminosos. É fácil de ver e de passar o tempo. E você, torce para a polícia ou para os ladrões? (Ronaldo Victoria)

domingo, 8 de maio de 2011

Um Presente de Grego

Vince Colosimo e Nick Giannopoulos viram atração em Mykonos
Google Image
É mais um exemplar típico daquelas comédias que tem como personagem principal um cara tão sem noção, tão errado, que a gente acaba torcendo por ele. É assim desde Carlitos, e por que a garotada da geração passada gostava tanto de Didi Mocó e Chaves? Aqui se fala de um trapalhão grego, o que é novidade.
Na verdade Steve (Nick Giannoppulos) mora atualmente em outro país e está cansado de enfrentar a maré de azar. Ele acaba de perder seu único bem, um carro de 1969, por confiar no cara errado. Seu melhor amigo, Frank (Vince Colosimo), também está num momento ruim, pois acabou de se divorciar e não tem mais contato com mulheres.
É quando recebe a notícia de que um tio grego, do qual ele não tinha nem notícia, morreu e deixou para ele uma ilha no páis, perto da badalada Mykonos. Os dois vão pra lá crente que vão levar vida de milionários. É claro que não é bem assim, pois a tal ilha está sendo cobiçada pelo poderoso do local, que quer construir um condominínio. Simplesinho, mas diverte em alguns momentos. (Ronaldo Victoria)

sábado, 7 de maio de 2011

Jogada Certa

Quuen Latifah e Paula Patton: a amiga e a sedutora
Google Image
Copiando o título nacional desta comédia romântica, talvez fosse mesmo uma jogada certa se o roteiro não seguisse todos os clichês do gênero. No final (calma, não vou contar) a gente fica se perguntando se não seria melhor a mocinha fazer tudo diferente. Fica tudo no lugar-comum, e os personagens parecem chapados. A talentosa Queen Latifah mereceia coisa melhor.
Ela vive a fisioterapeuta Leslie, que nunca dá certo no amor, porque logo os namorados a veem como uma amiga. Em compensação, sua prima Morgan (Paula Patton) é a sedutora de plantão, que coleciona relacionamentos e faz o que quer.
Um dia aparece na vida de Leslie a chance de recuperar a carreira do jogador de basquete Scott (Common). Entre os dois começa a pintar um clima, apesar de ele ser noivo de uma perua mais condizente com o figurino de namorada de astro da NBA. Mas logo, claro, a prima entra na jogada. É o tipo de filme que não acrescenta a sua vida muita coisa, aliás quase nada. (Ronaldo Victoria)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Possuída

Kevin Costner tenta salvar a filha
Google Image
Alguns galãs não tem envelhecido bem, e esse parece ser o caso de Kevin Costner. Não que ele se envolva em escândalos, apesar daquele divórcio milionário. É que há uns 15 anos ele estrelava blockbuster que faziam bonito na bilheteria. Hoje é o astro de produções como essa, que nem entrem no circuito DVD e vão direto para o mercado de DVD.
Não é que seja um filme ruim. É um trabalho honesto, mas isso quase nunca significa brilhante. Costner vive John James, escritor que é abandonado pela esposa e fica com a guarda dos dois filhos: adolescente Louisa (a espanhola Ivana Banqueiro, de Labirinto do Fauno, muito bem em cena) e o menino Sam (Gatlin Griffith, o filho de Angelina Jolie em A Troca).
Eles se mudam para uma casa numa pequena cidade, e de cara a garota começa a ter um comportamento estranho em algumas ocasiões e insuportável em outras. Logo ela muda totalmente de personalidade e passa a ter atração por um túmulo. O final não é forçado. Arrisque. (Ronaldo Victoria)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Inju - O Despertar da Besta

Lika Minamoto e Benoît Magimel: mistérios da gueixa
Google Image
O subtítulo dada no Brasil para este drama francês parece viagem, mas na verdade o original tem La Bête Dans L'Ombre, ou seja também se refere à besta. No sentido do lado escuro de uma pessoa aparentemente do bem. Ou seja, os mistérios de uma mente criminosa. A produção é bem feita e o diretor Barbet Schroder para criar clima. Mas não se pode dizer que o final seja tão surpreendente.
Tudo começa quando o escritor francês Alex (Benoît Magimel), famoso por seus dramas de suspense, resolve ir ao Japão para pesquisar sua próxima obra. Descobre muito mais do que esperava. É que se envolve com uma gueixa,  Tamao (Lika Minamoto).
Acontece que ela é perseguida por um ex-amante, que não aceita sua recusa. A moça pede ajuda a Alex, mas paira sempre no ar a suspeita de que ela esteja envolvendo o moço para resolver os seus problemas, no melhor figurino mulher fatal. (Ronaldo Victoria)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Corrida Mortal 2

Jason Statham banca o herói novamente
Google Image
O inglês Jason Statham parece já ter se firmado na posição de novo mocinho de filmes de ação, sucedendo a geração de Stallone, Schwarzenneger, Bruce Willis, Van Damme e outros brucutus. Em Os Mercenários, de Stallone, teve posição de destaque. Agora, para provar mais uma vez seu status crescente na indústria, o careca bombado que nunca ri tem a chance de outra continuação (o mesmo aconteceu com Adrenalina).
O primeiro filme da série era melhor, com uma produção mais cara e um elenco mais charmoso, com destaque para Joan Allen na pele da diretora de prisão mau caráter. Essa segunda edição não é ruim, mas padece do mesmo mal da maioria das continuações: ter sido criada mais de olho na bilheteria do que na parte artística.
O personagem de Statham, Luke, volta à prisão e descobre que o vilão maior, apelidado de Frankenstein, continua vivo. E, claro, tem de novamente disputar uma corrida. O elenco tem várias figurinhas carimbadas do gênero, como Ving Rhames e Danny Trejo. Vale como diversão. (Ronaldo Victoria)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Contra Corrente

Joseph Fiennes encara o rio de peito aberto
Google Image
A primeira dificuldade para encontrar esse filme é o excesso de coincidência de títulos. Há pelo menos três outros filmes com o mesmo título: um suspense de 2004, um drama recente com temática homossexual e uma produção peruana. E nam foi assim um grande sucesso. Porém, quem arriscar não vai ficar entediado.
O personagem principal é Paul (Joseph Fiennes, irmão mais novo de Ralph e astro de Shakespeare Apaixonado). Ele mora em Nova York e está vivendo uma fase depressiva, após a morte da esposa. Um dia avisa aos amigos Jeff (Justin Kirk) e Liz (Elizabeth Reaser) que vai encarar uma prova pessoal de enfrentar a travessia do rio Hudson, que corta a metrópole.
Porém, os dois logo acabam desconfiando que essa poderia ser a maneira de Paul colocar um glorioso ponto final a uma vida marcada pela tragédia. O suicídio é o tema principal, o que pode arrepiar alguns. Mas o que se coloca é que trata-se de uma decisão pessoal, que envolve coragem. Será que ele se afoga ou não? (Ronaldo Victoria)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Skyline - A Invasão

Scottie Thompson e Eric Balfour fogem dos ETs
Google Image
Filmes como esse são sempre uma aposta arriscada. Acontece que não é todo mundo que curte aventuras sobre invasões extraterrenas. A chance, aliás, de cenas aparentemente sérias cairem no deboche é muito grande. E, para convencer, é necessário muita grana e produção de primeira para os efeitos especiais. Pena, não é o que acontece aqui. O resultado parece bem mambembe.
A trama é o básico: quatro jovens, dois casais, curtem uma festa até altas horas da madrugada. Quando estão dormindo, descobrem que luzes começam a cair do céu e sugar as pessoas, e a s levam para estranhas aeronaves. Logo um dos rapazes é abduzido e o pânico se instaura entre a turma.
É com esse fiapo de roteiro que se desenvolve a história, que não acrescenta muita coisa. Parece que os diretores, os irmãos Strause (Colin e Greg), ficaram mais preocupados com o visual do que com a empatia com o público. De coisas boas só o fato de não haver sangue em excesso e o casal central (Scottie Thompson e Eric Balfour), ser bem bonito. (Ronaldo Victoria)

domingo, 1 de maio de 2011

Atividade Paranormal 2

Suspense agora inclui um bebê
Google Image
Quando acontece um fenômeno de bilheteria, Hollywood logo resolve fazer uma continuação. Foi assim com o primeiro exemplar da série, dirigido pelo israelense Oren Pelo, que gastou a bagatela de 15 mil dólares e ficou famoso no mundo todo. Até Speilberg resolveu ajudar o moço, sugerindo que deixasse um pouqinho mais explícita a cena final.
Aqui, o criador original caiu fora e foi substituido por Tod Williams, outro jovem cineasta mas que já dirigiu estrelas como Jeff Bridges e Kim Basinger, em Provocação. O elenco não tem gente muito conhecida, senão seria descaracterizar o tom. E talvez seja esse o maior problema: tudo parece estudado para dar a impressão de que não se traiu o original. Aí a originalidade dança.
Porém, quem curte uns bons sustos não vai ter do que reclamar. A história fala sobre Kristi (Sprague Grayden), irmã da personagem do primeiro filme, que acabou de ter um filho. Ela e o marido, que tem uma filha adolescente de outro casamento, instalam câmeras de segurança para ver por que acontecem coisas estranhas. E aí tudo acontece. (Ronaldo Victoria)